Led Zeppelin: tento explicar o inexplicável
Texto
restaurado e remixado
É impressionante. A edição do programa ‘CAFÉ PARIS”,
que dirijo e ancoro com o amigo Luiz Erthal na TV O Flu (canal 12 da operadora
SIM e também em www.tvatlantica.com)
precisou cortar um vídeo do Led Zeppelin. Gritaria geral!!! Tanto que vou
reprisar o vídeo em breve.
Toda a vez que posto um vídeo do Led Zeppelin no
Facebook em seguida vem uma chuva de comentários. Não importa a época, seja
1969 na Dinamarca ou 1979 na Inglaterra, quando em agosto, após quatro anos
foras dos palcos, Page, Plant Jones e Bonham explodiam o festival de Knebworth,
na Inglaterra. Em dezembro do ano seguinte, com a morte de Bonham, a banda saiu
de cena. Mas, como os Beatles, Led Zeppelin tem a magia da eternidade, como
outros gigantes da arte.
O gozado dessa história é que, por exemplo, Robert
Plant gravou vários discos sem o Zep, e, vamos ser francos, não aconteceu.
Composições fracas, discos ruins. O mesmo aconteceu com o grande branco de alma
negra Jimmy Page, a meu ver o segundo melhor guitarrista de todos os tempos (em
primeiro permanece o imbatível Jimi Hendrix), cujos discos-solo também não
decolaram e, francamente falando mais uma vez, estiveram muito distantes do que
esperamos dele. John Paul Jones, idem. Não aconteceu. Mas quando Page e Plant
gravaram “No Quarter”, CD/DVD dos anos 90, foi uma bomba. Sensacional, absolutamente
mágico. O DVD com cenas no Marrocos, Page e Plant cantando e tocando no meio da
rua, é demolidor.
Sabemos que Lennon, McCartney, Ringo e George não
conseguiram gravar discos-solo que chegassem aos pés de qualquer um dos
Beatles. Eu sei, muitos leitores vão gritar, mas opinião não é palavrão. No
caso do Zeppelin a magia é mais impressionante porque a biografia da banda mostra
que Page & Plant são a mistura ideal, o caldeirão onde as porções de
genialidade são misturadas. É evidente que a potência devastadora de John
Bonham na bateria e o baixo fraseado de John Paul Jones brilham até hoje a
bordo do Led Zeppelin.
Outro fenômeno: nunca, em nenhum momento, milhões de
fãs (nos quais me incluo) cansam de ouvir qualquer disco do Zeppelin. Do
primeiro ao último. Fãs que sequer eram nascido quando a banda acabou. O que
será isso? Existe uma explicação? Enquanto pensamos e soltamos balões cheios de
interrogações, assistimos ao rápido revival do Zeppelin em 2008. Se reuniram
para um único show com Jason Bonham (filho de John) na bateria.
Assista ao Zeppelin no começo:
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