Um cinéfilo numa locadora sensacional, no show da seleção e nas manifestações de rua
Desde que entrei para sócio da locadora O Cinéfilo, em
Icarai, Niterói, (www.ocinefilo.com.br)
voltei a me encontrar com meus diretores prediletos dos anos 60/70. Diretores
que eu assistia, extasiado, no nosso Cine Art UFF (fechado há quase quatro
anos) e no extinto Cinema Um, na rua Prado Junior, em Copacabana, de onde
saímos para comer aqueles sanduiches mágicos do Cervantes.
Quase estudei Cinema depois que me formei em Jornalismo.
Graças a, por exemplo, François Truffaut, Jean-Luc Godard, Costa Gavras (alguém
não viu a espetacular trama política “Z”?) e mais o bando italiano: Michelangelo
Antonioni, Bernardo Bertolucci, Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini, Roberto
Rossellini, Vittorio De Sica, Paolo Taviani, Giuseppe Tornatore, Franco
Zefirelli.
Isso sem falar dos diretores contemporâneos, como
Steven Spielberg, Sam Mendes, Quentin Tarantino, Robert Zemeckis, Robert
Altmann, etc, etc, etc.
Na locadora Cinéfilo tem um canto reservado para todos esses diretores, independente de época. Filmes em DVD e alguns em Blu Ray (não uso essa mídia), muitos restaurados, perfeitos. Ou seja, para quem gosta de cinema de verdade, numa cidade que praticamente chutou todas as suas salas (mais de 40) para a lixeira da civilização, contar com uma locadora dessas é mais do que luxo. Na terra do “Esquenta” e similares é uma necessidade. Valeu, “O Cinéfilo”. Em breve, vou fazer uma matéria especial no nosso programa de TV “CAFÉ PARIS”, que estreia depois de amanhã, quarta-feira, as 22 horas na TV O FLU, no canal 12 da operadora SIM, e também na webtv Atlantica, pela internet, em www.atlantica.com/cafeparis.
Seleção. Finalmente temos uma seleção de futebol com S
maiúsculo. Há muito tempo não assisto a um jogo tão sensacional quanto a final
deste domingo no Maracanã. Com técnica, estudo e excepcional comando de
Felipão, a seleção do Brasil encaçapou a quase virgem em derrotas Espanha e deu
uma lição de futebol.
Manifestações de rua. Já foi o tempo em que vitória da
seleção fazia o povo lamber a rampa do Palácio do Planalto. Hoje, madura, a
população sabe que futebol é uma coisa e corrupção, má gestão, esculacho
administrativo, arrogância partidária e, também, os tais 20 centavos das
passagens de ônibus são outros 500. Quinhentos mil nas ruas. Até quando?
Ninguém sabe, e isso é muito bom!
Essas manifestações são espontâneas, nasceram na ilha
livre da internet, não tem representantes (quem aparece como representantes são picaretas querendo cafetizar o movimento), não tem comando, não tem partidos, não tem políticos
em muito menos seleção de futebol. O nome disso é liberdade! E a luta continua!
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