Adoro segundas-feiras

Na infância e adolescência detestava porque nunca gostei muito de ir ao colégio. Aliás, diga-se de passagem, ótimos colégios, ótimos colegas, algumas professoras gostosas (meramente para uso contemplativo) mas a rotina da decoreba, do ter que passar de ano, do ter que tirar boas notas transformou os meses de férias em paraísos.

Logo que comecei a trabalhar, felizmente numa área que amo, a coisa inverteu. Misturando trabalho com lazer desde, sei lá, 16, 17 anos, acabei tendo com a (s) minha (s) profissão (ões) uma relação diferente. Um prazer imensurável embolado com fissura, necessidade de fazer mais, não sei explicar direito. E acho que nem quero.

Muita gente reclama das segundas-feiras, acho até que a maioria esmagadora, mas eu gosto. Gosto de pegar o tacape e cair na savana, caçando minhas coisas, meus sonhos, meus projetos, minhas projeções, um orgasmo infinito que o trabalho (não confundir com emprego) sempre me entregou de bandeja.

Não é que não goste de feriados, fins de semana. Não é isso que estou dizendo. Mas gosto, e muito, dos chamados dias úteis porque a vida/destino/vocação/ e os cacetes me fizeram parte deles. Nunca deixei de me divertir numa segunda-feira, ou numa quarta, quinta. Nunca. Minhas profissões sempre foram ligadas a boemia e sabem como é a boemia, não tem muita (ou nenhum) lógica. A esbórnia é um raio que desaba no meio da trilha, pega pelo pescoço, atira no monte de feno e crau! crau! crau!

Pretendo  pensar mais no assunto, mas por enquanto dou só esse espirro casual, totalmente vadio e 100% digital.

Boa semana!

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