Otimismo e pessimismo: uma reflexão de médios teores
As
redes socais, cada vez mais anti sociais, estão muito mal humoradas
e pessimistas. Claro que os tempos estão instáveis, mas se
todo mundo, em todos os tempos, fosse pessimista 24
horas por dia
ninguém teria nascido. A começar por nós. O pessimismo crônico,
assim como o mau humor, em
geral são
sintomas clássicos (eu diria óbvios) de depressão e
ansiedade aguda
que, de cara, levam
diretamente a inapetência existencial.
Não
é normal ser pessimista o tempo todo. Não é normal ser otimista o
tempo todo. A leve e harmônica oscilação de humor rege a saúde do
nosso sistema nervoso, ensina a boa medicina. Os negativistas, vulgo
urubus, tem no pessimismo o início, o fim e o meio. O lema deles é
o famigerado “nada será como antes” (cusp! saudosismo) e
reclamar de tudo é a base. Reclamam do calor, do frio, da chuva, da
falta de chuva, do trabalho, da falta de trabalho, do amor, do
desamor, do céu, do inferno sem perceber sua palpável infelicidade.
Sem que ninguém diga claramente “meu chapa, vá se tratar!”,
porque ninguém está a fim de se aporrinhar. E recomendar um médico
para um sujeito nesse estado pode parecer ofensa.
O
otimismo comedido é um exercício, dizem os sábios. Viver com
esperança (favor não confundir com a agoniante expectativa) é
saudável. Enxergar a luz no fim do túnel como porta de saída (e
não de entrada) é uma ginástica mental/emocional fundamental.
Mesmo que ao nosso lado esteja um Hardy Har Har (personagem do
desenho animado lá no alto) dizendo que a luz pode ser de um trem
vindo ao contrário.
Aí
ferrou.
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