No cinema, as 54 vidas dos Rolling Stones



No fim de semana, o genial Festival do Rio me jogou no colo dois filmaços: “The Rolling Stones Olé Olé Olé!: A Trip Across Latin America”, e “Havana Moon: The Rolling Sones Live in Cuba”, ambos de Paul Dugdale, ambos deste ano. Assisti aos dois nas salas da Reserva Cultural – Niterói, sensacional, áudio 5.1 e tudo mais.

“Olé, Olé...” é um road movie que reafirma o poder revolucionário do rock; estimulante e vivo. O filme narra com emoção a excursão que detalha todos os vínculos emocionais dos latino-americanos com os Stones, banda que toca há 54 anos. O filme é o retrato do grupo ainda no topo, que já viu tudo, mas permanece faminta como os grandes predadores, disposta a não largar o osso, seguir em frente até a erupção final.

O documentário detalha a rota: os Stones explodiram o planeta nesta turnê, exploraram novos horizontes com performances alta octanagem desaguando no Uruguai, Peru e Colômbia, cidade de Porto Alegre, e, claro, Cuba, pela a primeira vez. Os fãs veem Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood hipnotizarem pirâmides de gerações seduzidas por clássicos como, "(I Can not Get No) Satisfaction", "É Só n Rock ' roll "," Wild Horses "," Mulheres honky tonk "," Paint It Black "e" Miss You ".

O filme de 105 minutos parece nos arrastar para dentro da tela. A banda mergulha nas culturas locais das cidades e o espectador aprende sobre a influência de cada destino na banda e na vida pessoal dos músicos.

Na Argentina, a cultura mega fã Rolingo é analisada; no Uruguai, o grupo visita uma família de bateristas; no Brasil, Richards e Jagger recordam que foi numa fazenda em Matão, interior de São Paulo, 1968, que escreveram "Honky Tonk Women” num andamento folk. Também em São Paulo, Ronnie Wood pinta com o amigo brasileiro Ivald Granato com quem conversa sobre a importância da arte em sua vida e começa a esboçar um quadro. Granato morreu em 4 de julho último, de infarto enquanto dormia.

Em Lima, Peru, a banda “Relógios Dançarinos” se junta aos Stones antes do show; e em Cuba uma viagem pela ilha. Ao longo do filme o espectador mergulha no desafio que foi fazer o monumental show por lá, através de entrevistas com o promotor da turnê, produtores, gerentes de logística, e os próprios membros da banda.

No outro filme, “Havana Moon...” o show gratuito que atraiu um milhão de pessoas na capital de Cuba na mesma semana em que Barack Obama se tornou o primeiro presidente dos EUA a visitar Cuba em 88 anos. A CNN em todo o mundo informou que Obama era "o aquecimento" para os Rolling Stones. Não havia nada que impedisse a banda e seus fãs ansiosos, nem o Vaticano que se opôs ao grande show numa sexta-feira santa. Keith Richards diz “O papa não é meu produtor”. Mick Jagger saudou a enorme multidão: "Finalmente, os tempos estão mudando" e brincou com os colegas de banda durante o show chamando de “o revolucionário Ronnie ‘Che’ Wood.

Os críticos concordaram que foi um grande show:

"Os Stones tiveram um desempenho impressionante em Havana"
New York Times
"Espetacular e formidável"
The Guardian
"Eu nunca vi nada parecido com isso"
Sunday Express
"Noite inesquecível em Havana - os Stones abalaram o lugar"
The Washington Post
“Épico e histórico"
Daily Telegraph





                                                                               

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