No cinema, as 54 vidas dos Rolling Stones
Clique aqui e ouça o UIVO 8: http://luiz-antonio-mello.podomatic.com/entry/2016-10-17T07_35_09-07_00
No fim de semana, o genial Festival do Rio me jogou no
colo dois filmaços: “The Rolling Stones Olé Olé Olé!: A Trip Across Latin
America”, e “Havana Moon: The Rolling Sones Live in Cuba”, ambos de Paul
Dugdale, ambos deste ano. Assisti aos dois nas salas da Reserva Cultural –
Niterói, sensacional, áudio 5.1 e tudo mais.
“Olé, Olé...” é um road movie que reafirma o poder
revolucionário do rock; estimulante e vivo. O filme narra com emoção a excursão
que detalha todos os vínculos emocionais dos latino-americanos com os Stones,
banda que toca há 54 anos. O filme é o retrato do grupo ainda no topo, que
já viu tudo, mas permanece faminta como os grandes predadores, disposta a
não largar o osso, seguir em frente até a erupção final.
O documentário detalha a rota: os Stones explodiram o
planeta nesta turnê, exploraram novos horizontes com performances alta octanagem desaguando
no Uruguai, Peru e Colômbia, cidade de Porto Alegre, e, claro, Cuba, pela a
primeira vez. Os fãs veem Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e
Ronnie Wood hipnotizarem pirâmides de gerações seduzidas por clássicos como,
"(I Can not Get No) Satisfaction", "É Só n Rock ' roll
"," Wild Horses "," Mulheres honky tonk "," Paint
It Black "e" Miss You ".
O filme de 105 minutos parece nos arrastar para dentro da tela.
A banda mergulha nas culturas locais das cidades e o espectador aprende sobre a
influência de cada destino na banda e na vida pessoal dos músicos.
Na Argentina, a cultura mega fã Rolingo é analisada; no
Uruguai, o grupo visita uma família de bateristas; no Brasil, Richards e
Jagger recordam que foi numa fazenda em Matão, interior de São
Paulo, 1968, que escreveram "Honky Tonk Women” num andamento folk. Também
em São Paulo, Ronnie Wood pinta com o amigo brasileiro Ivald Granato com quem
conversa sobre a importância da arte em sua vida e começa a esboçar um quadro.
Granato morreu em 4 de julho último, de infarto enquanto dormia.
Em Lima, Peru, a banda “Relógios Dançarinos” se junta aos Stones antes do show; e em Cuba uma viagem pela ilha. Ao longo do
filme o espectador mergulha no desafio que foi fazer o monumental show por lá, através
de entrevistas com o promotor da turnê, produtores, gerentes de logística, e os
próprios membros da banda.
No outro filme, “Havana Moon...” o show gratuito que atraiu
um milhão de pessoas na capital de Cuba na mesma semana em que Barack Obama se
tornou o primeiro presidente dos EUA a visitar Cuba em 88 anos. A CNN em
todo o mundo informou que Obama era "o aquecimento" para os Rolling
Stones. Não havia nada que impedisse a banda e seus fãs ansiosos, nem o
Vaticano que se opôs ao grande show numa sexta-feira santa. Keith
Richards diz “O papa não é meu produtor”. Mick Jagger saudou a enorme multidão: "Finalmente,
os tempos estão mudando" e brincou com os colegas de banda durante o show chamando
de “o revolucionário Ronnie ‘Che’ Wood.
Os críticos concordaram que foi um grande show:
"Os Stones tiveram um desempenho impressionante em
Havana"
New York Times
New York Times
"Espetacular e formidável"
The Guardian
The Guardian
"Eu nunca vi nada parecido com isso"
Sunday Express
Sunday Express
"Noite inesquecível em Havana - os Stones abalaram
o lugar"
The Washington Post
The Washington Post
“Épico e histórico"
Daily Telegraph
Daily Telegraph
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