Referências
Desde 1.500 vivemos momentos de crise nos serviços no
Brasil. Isso atinge tanto as pessoas jurídicas como as físicas. Há tempos, uma
senhora (leitora aqui da Coluna) perguntou qual é a minha TV por assinatura.
Respondi. Ela emendou com uma segunda pergunta do tipo “você acha boa,
recomentaria?”. Respondi, francamente, que não recomendo serviços a ninguém
porque não confio.
Ela compreendeu mas ficou meio encafifada, por isso
insisti para que não pensasse que eu estava de má vontade. Mais: sugeri (como
sugiro aos leitores) que ela acessasse o site www.reclameaqui.com.br que
concentra boa parte das reclamações sobre empresas de todos os gêneros, de
smartphones a lambanças de prefeituras, passando por supermercados, farmácias,
TVs por assinatura, internet.
No ano passado, um vizinho perguntou qual é a minha
internet em banda larga. Disse, mas também não recomendei porque está cada vez
mais difícil darmos referências numa terra onde a qualidade dos serviços oscila
como montanha russa.
A coisa chegou num ponto que não recomendo, sequer,
colegas para emprego porque o último que indiquei, recém-formado, que trabalhou
como trainee numa empresa onde eu era sênior, e que eu julgava exemplar, foi
para a companhia que indiquei e começou a faltar, chegar atrasado, vacilar no
texto, sei lá o que deu no cara.
Esse caos nos serviços gerou uma situação incomoda,
chata. Temos vontade de ajudar, indicar, mas depois corremos o risco de
estarmos atrapalhando muito mais do que ajudando. Portanto, o negócio é ser
franco e bater o pé: não indico de jeito nenhum.