O que é que a boiada tem?
Minha única incursão na pecuária é quando me atraco com
uma picanha ou mignon num bom restaurante. Desde que não seja Friboi ou
qualquer bosta produzida pela JBS. Por motivos alheios a minha boca cheia d’água
desde janeiro estou longe das carnes, de qualquer tipo.
Tentei até arriscar no mercado de ações, muitos anos
atrás, quando fui um dos 20 mil babacas que comprar Certificados de
Investimento Coletivo (CICs)* de uma empresa que vendeu mais boi de papel do
que boi de fato, o que chamei numa reportagem que publiquei em São Paulo de
“Boi sem mugido”.
O presidente das Fazendas Reunidas Boi
Gordo, o empresário Paulo Roberto de Andrade, jura que vai pagar a todo mundo.
Todos, menos a mim cujo certificado estava naquela Kombi que fazia uma mudança
minha, foi roubada no caminho e depenada. Os ladrões levaram meus discos,
livros, títulos de cidadania, e meu diploma de conclusão do Jardim de Infância,
a fase mais feliz que vivo nas escolas.
Curiosamente os pan corruptos irmãos sertanojos Joesley e Wesley Batista
chupam grana de bois. Chupam, lavam, fraudam.
O Grão Mor da corrupção no Estado do Rio, o procriador da
família Picciani (curte uma prisão domiciliar), professor de roubalheira
generalizada de Sérgio Cabral (em cana), comparsa de Paulo Melo( em cana) e do
quase membro vitalício do Tribunal de Contas do Estado, escrotóide Edson
Albertassi(em cana), também é cafetão do gado.
Quer dizer, o Grão Suíno Picciani usava o seu exército de
chifrudos, espalhados em várias e milionárias fazendas para todo o tipo de
tramoias, inclusive presidir a Alerj, um puxadinho que mantinha no centro do
Rio, habitado por suínos de várias espécies que trabalham pelo mal do serviço
público. Um puteiro (no mau sentido) de verbas púbicas como revelou a. Mediante
algumas dezenas de milhões de reais, Picianni, Paulo Melo e o escrotóide Edson
Albertassi empresas deram um rombo de bilhões ao Estado do Rio.
Conclusão: o estado faliu.
Mas e o fascínio pelo boi que os corruptos tem? O que
será? O que é que a boiada tem?
* Minha única aventura no cassino chamado
bolsa de valores foi quando, assistindo TV, vi Amaral Gurgel perguntando: “Se
Henry Ford te chamasse para ser sócio, você seria?”. E convidou para a compra
de ações para financiar o carro BR 800.
Eu e meu saudoso amigo Alex Mariano, fera
também em mercado financeiro, compramos.
O BR 800 foi lançado. Dias depois a Fiat
acabou com ele lançando o Uno Mille. A Gurgel faliu e minhas ações foram para
Bicas, MG. Nunca mais olhei nem para o site da bolsa de valores.