Rio, uma cidade proscrita
A choradeira das empresas turísticas do Rio tem razão
quando culpam a crise econômica pela baixíssima ocupação dos hotéis. Pelo menos
13 já fecharam e, por exemplo, o Copacabana Palace está com magros 38% de ocupação,
de acordo com o Ancelmo Gois em sua coluna de hoje, no Globo.
Só que as imagens que são geradas do Rio hoje para o
exterior envolvem matança, fuzis, guerra aberta, descontrole da segurança
pública, tudo aliado a uma prefeitura nefasta que largou a cidade a baderna
geral. Crivella está acabando com tudo: hospitais, escolas, organização mínima
do trânsito, áreas que já foram cultuadas como o Boulevard Olímpico.
Não duvido que o setor turístico tenha sido devorado pela
crise econômica, mas vejo que a guerra civil na cidade e no Estado do Rio é a
principal vilã na baixa de visitantes. Afinal, quem iria passar férias em
Damasco, na Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão, etc? Em se tratando de
imagem, o Rio está no mesmo patamar já que todas as notícias de barbárie que
são veiculadas em TVs daqui também são exibidas lá fora, como os ataques terroristas
no Ceará, a batalha entre traficantes e milicianos no Rio, enfim,
boa parte do Brasil está sob o jugo de grupos terroristas.
Mais do que da beleza, o turismo vive da segurança
pública. O turista quer fotografar com segurança sem ter seu equipamento roubado,
quer sair a noite sem ser depenado ou morto, quer ir e vir. O Rio se tornou inviável
turisticamente falando.
A solução seria novos governantes de qualidade, mas
parece que não é isso que o eleitor quer. Vide Romário, líder nas pesquisas
para governador do RJ.