Honra ao Mérito
Essa é a folha de rosto da minha primeira Carteira de
Trabalho, onde no dia 12 de setembro de 1973 foi assinada pela primeira vez.
Comecei cedo, muito cedo e até hoje estou na trincheira
mostrando todos os dias que, para mim, esse documento é o mais importante de
todos. Mais importante até do que a Certidão de Nascimento.
Não pedi para nascer, mas como nasci, logo que pude pedi para
trabalhar. Essa carteira tem a minha história, em siglas, iniciais, códigos,
uma espécie de DNA de meus valores.
Folheei e as outras duas dando uma olhada em minha trajetória.
Muita história. Lembro de muitas, não lembro de várias, mas sempre soube e sei
que o trabalho simbolizado por essa carteira é minha essência de vida.
Por isso digo, repito, bato na tecla que prefiro que me esculachem
do que ao meu trabalho. Apesar de modesto, até demais (há quem confunda com servidão)
sempre busco a quase perfeição quando me é entregue uma missão. Para mim trabalho
é uma missão que quando é cumprida é devidamente paga. Dinheiro é a única ferramenta
que do capitalismo para reconhecer o trabalho. Medalhas, títulos, faixas, troféus?
Não pagam o IPTU e muito menos o plano de saúde.
Quando olhei para essa e outras Carteiras de Trabalho senti
orgulho. Lendo aqueles documentos vejo que não fiz pouco e pela
quantidade/qualidade de promoções funcionais acho que mandei muito bem em áreas
como o jornalismo, produção de rádio, TV, etc.
De vez em quando é bom bater palmas para o espelho. Bom para
a auto estima.
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