Páscoa, ressurreição, pontos de restauração, “re existências”
Quem usa o sistema operacional Windows certamente conhece o “ponto
de restauração”. Quando há algum problema mais complicado podemos ativar o “ponto
de restauração” e a máquina volta a trabalhar em uma data do passado. (https://bit.ly/2KQZdlT )
Por exemplo hoje, 19 de abril de 2019, você vai ao “ponto de
restauração” e escolhe a data de 10 de dezembro de 2018. Em questão de minutos
o Windows volta até esta data e trabalha como se não tivesse existido futuro, funciona
como se estivesse na “encarnação” de 10 de dezembro e ignora tudo o que
aconteceu a partir daí: programas instalados, aplicativos, etc e, logicamente,
os defeitos.
Se ainda assim o problema persistir, podemos formatar o HD. É
quando a máquina “morre” temporariamente e, depois do HD formatado, nasce
outra. Vazia, literalmente zerada. Que nós vamos preencher instalando
programas, aplicativos.
A ideia de poder voltar ao passado e viver uma outra vida é
sedutora para muitos, como se existisse em nós um “ponto de restauração” ou,
mais radical, a possibilidade de reformatação da nossa existência. Ignorar tudo
o que passou e viver de novo a partir de uma data escolhida.
Você toparia ativar seu “ponto de restauração”? Ou iria mais
fundo, reformatando o seu HD, deletando essa vida e iniciando uma outra, nova,
também cheia de surpresas? Afinal, o conceito de que o homem é uma flecha
atirada ao infinito sem plano de voo pré-estabelecido continua valendo em
qualquer “ponto” da nossa vida. A imprevisibilidade é lei.
Mas se você tivesse o poder de escolher os caminhos a partir
do zero, baseado nas vivências que acumulou, você o faria? Mudaria muita coisa?
Mudaria decisões, atitudes, ações?
Outro pitaco que o Windows dá (falo nele porque é o que uso,
mas os outros sistemas oferecem opções semelhantes) é reiniciar o computador
para resolver pequenos problemas ou bugs. Muita coisa é corrigida, ou deletada,
a partir de um simples reinício da máquina, como dar uma dormida para acordar
de novo. O cara acorda de manhã, dá uma topada, bate com o a porta do armário
na testa, recebe uma péssima notícia. Decide dormir de novo para acordar mais
uma vez. Diferente.
A Páscoa marca a ressurreição de Jesus, três dias após a
crucificação no Calvário. É a data mais importante dos Cristãos, ao lado do
Natal, e simboliza o renascimento, renovação, reposicionamento para quem crê em
tudo o que aconteceu lá no Ano Zero.
Crer em Deus e Jesus é um milagre pessoal. Não tem receita,
não tem fórmula, não tem sistema operacional. A fé vem do nada e se instala.
Vou citar de novo o Darcy Ribeiro que pouco antes de morrer, em fevereiro de
1997, falou sobre a fé com Roberto D’Avila em seu programa na TV Manchete:
Na Páscoa podemos pedir a Deus que redirecione a nossa vida,
ou que deixe como está. Já comentei aqui que aprendi que Deus adora os nossos
fardos. Ele diz que devemos colocá-los sob ele e ter fé de que tudo será
resolvido, a maneira Dele e não do
nosso jeito. Sejamos modestos pelo menos nessa hora.
Desejo a todos uma Feliz Páscoa, em especial a meu irmão Fernando César Mello (para mim César para todo mundo Fernando) que
é o aniversariante do dia. Feliz Pascoa a família, aos amigos, colegas,
leitores, ouvintes.
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