Desordem desnatural das coisas
Estação de Tamoios e Cancun
Transformar a região da Estação Ecológica de Tamoios numa
Nova Cancun é uma ideia tão insana quanto construir usinas nucleares num
santuário ambiental.
Nos dois casos, o palco escolhido como depositário de
atrocidades, com a grife dos rufiões, foi Angra dos Reis, que se afirma como importante polo do narcotráfico latino americano.
Pensou-se que a política ambiental do novo governo fosse mesmo
mexer naquela área. Por exemplo, ativar e dar ares decentes aquele lixo largado que é a Estação
Ecológica em si que, como tudo que é ambiental, foi escarrado pelos governos
petistas.
Mais: em nome do ambiente, achei que o atual governo fosse acabar
logo com a crescente e acelerada favelização da Ilha Grande, que já abriga
quadrilhas de facções criminosas em suas matas. Coisa que o desgovernador, com
aquele jeitão gogo boy de ser, prefere dizer que é miragem, entre uma formatura
de escoteiros e outra.
Ao virar Cancun aquela região ganhará o seu cataclisma
personalizado, com grife de presidente. O deboche acha tosco quem pensa que o
governo vai massacrar Tamoios porque foi lá que o presidente foi multado há sete
anos por pescar em local proibido.
O deboche pede para pararem com essa chacota de dizer que o Brasil está sendo
governado pelo ódio, vingança, e rancor, o trio ternura do fascismo. O ministro do meio ambiente já disse que
a Nova Cancun vai ser lá porque a Estação de Tamoios está abandonada. Ponto.
O governo acha mais simples destruir tudo do que fazer uma
nova e barata estação, deslocar alguns técnicos e preservar a região. Aliás,
que curioso, o ministro do meio ambiente defende a destruição ecológica, o
ministro das relações exteriores defende guerra com a Venezuela, enquanto os
militares pedem paz.
Caso raro.
O chefe da diplomacia quer porrada e os militares acenam com
bandeira branca. É a desordem desnatural das coisas.
Enquanto isso, a Amazônia...melhor parar por aqui.
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