Canto III (trecho) Álvares de Azevedo

Eu amo a lua pálida, alta noite,
Quando tudo é silêncio —e desgarrado
Vago dos campos na mudez, sozinho,
Ao lânguido palor das luzes dela;
Sentindo o peito se enlevar sorvendo
Os hálitos da aragem que me envolve
Como braços de virgem: — Amo a lua...
Alvíssima passando entre o silêncio
Na fulgência do céu límpido e claro
Semeado d’ estrelas!

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