Parágrafo único
Encerra-se à força o ignóbil escárnio da distopia e de
suas amásias próximas. Finda-se à bala a suruba da hediondez, escrotidão amontoada, lamaçal de bílis expelida como se sêmen fosse. Cerra-se a
faca os portais da inimaginação, *infeliz moribunda/A vida lhe esvai,/Corre
arredia,/ Indômita,/ A cavalgar no alazão do tempo,/ Sem rédeas, sem rumo, sem
direção... E a poesia,/ Por covardia/ Faz companhia,/ Num vagar vadio,/ Sem
rima, sem graça, sem inspiração.../. Acede à força o gozo do amor clandestino
incondicional, degolando o tergal do onanismo desardido. Há de arder. Há de
arder para todo e sempre /; apertar, inchar, tocar, dedilhar, vibrar, brandir, estremecer.
Enforque-se em público lupanar o desalento e o fatalismo. Abra-se o mundo dos
sóis orgásticos, faça-se felicidade eterna o grito esfuziante do cabaço
dizimado, felícia dos prazeres. **Aqui/ onde foi abolido o hímen/ úmido
hífen/ Aqui/ onde a língua é dinâmica/ e dedos são talheres/ Aqui/ onde o grelo/
destrona o falo/ É rijo/ É lindo/ É talo. Faz-se plena felicidade.
Revogue-se a faca, bala e canivete, todas as disposições em contrário.
* Gelci Agne
**Simone Teodoro
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