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Mostrando postagens de abril, 2014

Escrever para ninguém é coisa de eunuco

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Muita gente pergunta porque quase não tenho mais postado vídeos no Facebook. De fato, tive uma fase em que postava direto, compartilhava o prazer da música com todas as pessoas que estão lá. Só que, de uma hora para a outra, ficando mais tempo na rua, na chuva, na fazenda, meio que abandonei o hábito de entrar na internet de madrugada. Mas as pessoas continuam perguntando. Lembrei do amigo Miguel Aranega que, como eu, também postava muitos vídeos musicais em sua página. Um dia, ele escreveu um longo texto dizendo que iria parar de postar por uma série de razões e eu até deixei uma mensagem para ele protestando. Depois foi o Lula Tiribás, Sonia Toledo, Débora Dumar, enfim, todos os meus amigos (reais, conheço há anos) pararam de postar músicas. Não sei se a falta de contato com eles durante a postagem, a troca de comentários e informações sobre as músicas, foram me desestimulando ou se a rua, a chuva e a fazenda, por alguma razão, se tornaram mais interessantes. Mas, fato é, ...

Enfim, ação. Por Antonio José Barbosa da Silva, Presidente da OAB de Niterói

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Hoje quem sai  às ruas  em Niterói  já sai dizendo "que Deus me proteja". A razão dessa demonstração de fé é simples. A população está se sentindo completamente insegura diante do aumento da criminalidade. A bandidagem não respeita nem mais o trabalhador que ganha  salário mínimo. Parece que está matando cachorro a grito e adota aquele ditado: o que cair na rede é peixe.  Assaltos e assassinatos já estão se tornando uma triste rotina, desde que começou o cerco aos criminosos pela polícia carioca. A migração de marginais para cá foi crescendo na medida em que  o combate aos marginais se intensificava na  Capital do Estado e ocorria a  redução de PMs na cidade  para atender à demanda do lado de lá.  A OAB de Niterói vem pedindo providências no combate aos  marginais e  um aumento efetivo e duradouro. Nada de vapt vupt. Mas parece que, agora, o grito de SOS da entidade e da soc...

Outono/inverno: brisa da beleza e das agudas reflexões

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A massa polar que frequenta o outono e o inverno no Brasil traz o azul mais profundo do céu infinito, realça o verde das árvores e nos convida para visitar a oca de nossas reflexões. Mesmo os chamados antireflexivos, sem saber, refletem sim. Ou, na pior das hipóteses, contemplam a vida com um olhar levemente crítico do tipo “o que é que estou fazendo nesse filme?”. Sou do time cujas reflexões são profundas e, muitas vezes, se tornam crises existenciais. Como o mar de marolas que vai engrossando, engrossando e de repente vira trazendo as ressacas. Mas, alguém disse, que viver é fundamental. Refletir, idem. Em muitos momentos meus pensamentos mergulham em trilhas muito duras e sofridas, mas, graças à luz do outono/inverno, chegam a alguma conclusão saudável. Outono e inverno parecem jogar a nosso favor. Não, não tenho nada contra a primavera e o verão, mas penso que o calorão não combina com reflexões plácidas. Você teme alguns pensamentos? Confesso que já temi, especialmente ...

Ayrton Senna

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Vinte anos atrás. Domingo. Como sempre eu assistia a corrida de F1 pela TV e, sem mais nem menos, Senna seguiu reto com sua Williams. Bateu violentamente no muro, mas apesar da gravidade da batida, como todo mundo, eu esperava que ele fosse sair do carro. Afinal, a segurança dos carros atingira um ponto semelhante a blindagem. Mas, não foi isso o que aconteceu. Senna não se moveu. Numa imagem feita de um helicóptero, vimos sua cabeça tombar para a esquerda, suavemente. Só. Sozinho, angustiado, sem conseguir chorar, diante daquela tragédia que crescia na TV, larguei tudo e peguei meu carro. Fiquei rodando pela cidade (vazia), com vontade de ligar para meu amigo Hilário Alencar que, com certeza, devia estaria arrasado em algum lugar. Dos meus amigos, Hilário é o que mais ama e conhece automobilismo. Mas, também não sei porque, não liguei para ele e fui parar em casa de outros amigos na Região Oceânica de Niterói. Não, não dava para passar aquele 1 de maio de 1994 sozinho, apesa...

"Circo Voador - A Nave". Um livro fundamental de Maria Juçá

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Muito em breve vou devorar as 700 páginas do livro “Circo Voador – a Nave”, escrito com o coração por minha queridíssima amiga Maria Juçá. Pelo que já li (fragmentos publicados na mídia) o livro vai me provocar saudade do futuro, já que o Circo Voador está sempre um passo a frente dos tempos. Todos os tempos em especial o meu tempo. Maria Juçá, como perfeito Fortuna, simboliza não só aquela lona que revolucionou (e revoluciona) o país no Arpoador e depois na Lapa mas a alma de várias gerações que foram apresentados ao Brasil livre durante a abertura política. O Circo Voador tem praticamente a mesma idade da Rádio Fluminense FM e ambos só puderam existir porque a abertura política inundou a nação. Fundamental “ouvir” o texto de Maria Juçá. Crucial saber tudo, absolutamente tudo, sobre a vinda do Circo Voador ao mundo, essa nave delirante e genial que há mais de 30 anos nos faz mais felizes, atentos, lúcidos. Aqui, uma sinopse publicada no site da Livraria Travessa ...