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Mostrando postagens de junho, 2015

A confusão gerada pelos e-mails mal escritos

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Há tempos a colega Cora Ronai, do Globo, uma das maiores autoridades em informática que conheço escreveu que os e-mails estão entrando em extinção. Segundo ela, as pessoas estão optando pelo uso de outras ferramentas mais ágeis como o whatsapp e as mensagens reservadas (inbox) no Facebook. Mas, enquanto isso, segue a barbárie. Um amigo tem horror as chamadas novas tecnologias. Ele é um sujeito de opiniões fortes e sempre muito bem humoradas. Como exemplo desse seu horror ao que chama de “maquininhas” está um fato curioso. Ano passado ele participava de uma reunião, mesa grande, várias pessoas e percebeu que duas delas não paravam de mexer em seus celulares. A reunião acabou e ele, curioso, perguntou o que as duas estavam fazendo. “Estavam trocando mensagens pelos smartphones, ali, um de frente para o outro ”, conta ele entre fulo da vida e achando graça. “Por que não esperaram a reunião acabar e foram bater um papo ao vivo?”, pergunta.             ...

Quadrophenia: ainda há ingressos para este domingo no Royal Albert Hall (Londres): lançamento mundial da versão sinfônica da ópera-rock de Pete Townshend (The Who)

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                     Tem uma grana, bons contatos em agências de viagem que operam para a Europa, em especial Londres? Quer assistir um dos mais importantes concertos sinfônicos do ano do célebre Royal Albert Hall? Então corra porque vai sere no próximo domingo e no site do Albert Hall há pouquíssimos ingressos à venda. O que é, afina? Como parte das comemorações do aniversário de 50 anos do The Who, a consagrada gravadora alemã Deutsche Grammophon vai apresentar o concerto de estreia mundial da nova versão sinfônica da ópera-rock Quadrophenia, escrita por Pete Townshend e gravada por sua banda, The Who que a lançou em 1973. A uma nova versão orquestral deste marco na história do rock foi orquestrada por Rachel Fuller (atual mulher de Townshend), compositora e regente.                                               ...

“Existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência” (Mahatma Gandhi)

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                                          Banda defende Sid Vicious                                                                             Na noite deste domingo assisti o documentário “Who Killed Nancy”, no Canal Bis (devia se chamar TV Oasis) , sobre a morte do ex-baixista da banda punk inglesa Sex Pistols, Sid Vicious ( John Simon Ritchie ), aos 21 anos e de sua namorada Nancy Spungen, 20 . Em outubro de 1978 e la foi encontrada morta n um banheiro e m Nova Iorque a culpa caiu sobre Sid, acusado de tê-la matado. Viciado em heroína e cocaína, Sid raramente foi visto lúcido desde que entrou no Pistols em março 1977 no lugar de Glen Matlock. Fundada em 1975  em Londres a band...

Raul Seixas 70 anos: “não quero ser famoso e duro; não quero ser um mito depois de morto”

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Raul Seixas faria 70 anos neste domingo. Muitas homenagens por todo o Brasil, lembrando o homem que, a meu ver, foi um dos inventores do rock brasileiro ao misturar o som nativo dos Estados Unidos com ingredientes, fazendo uma mágica que o celebrou. Neste domingo, as 22 horas, o jornalista Jamari França vai apresentar uma edição especial de seu programa Jam Sessions na Radio Cult FM Ponto Com, que fica em http://www.radiocultfm.com/ Entrevistei o Raul umas três ou quatro vezes, mas um dos momentos mais marcantes foi em meados 1981. Eu trabalhava como jornalista da consagrada Rádio Jornal do Brasil AM e bati um papo com ele lá mesmo num dos estúdios da rádio no sétimo andar do prédio do Jornal do Brasil na avenida Brasil, hoje sede do Into. Raul estava muito down depois de ter tido seu contrato sido rompido pela gravadora CBS (hoje Sony Music) e falou abertamente, a maneira dele, do tema “fama e dureza”. Ele me disse “não quero ser famoso e duro, não quero ser um mito depoi...

Meu negócio é midia de massa. Escrever para ninguém é coisa de eunuco

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Estou comemorando os 200 mil acessos a esta Coluna por uma razão muito simples. Desde novo, quando a Comunicação me tragou, fiquei fascinado com a possibilidade de falar para milhares, milhões de pessoas, o que os americanos batizaram de mass media, mídia de massa. Gosto, gosto muito porque é bom compartilhar, ouvir opiniões, sugestões, enfim, gosto de escrever no epicentro do caos. Muita gente pergunta porque quase não tenho mais postado vídeos no meu Facebook. De fato, tive uma fase em que postava direto, compartilhava o prazer da música com todas as pessoas que estão lá. Só que, de uma hora para a outra, ficando mais tempo na rua, na chuva, na fazenda, meio que abandonei o hábito de entrar na internet de madrugada. Mas as pessoas continuam perguntando. Lembrei do amigo Miguel Aranega que, como eu, também postava muitos vídeos musicais em sua página. Um dia, ele escreveu um longo texto dizendo que iria parar de postar por uma série de razões e eu até deixei uma mensagem para e...

Viva São João! Fogueira, balões, lembranças e o cover de Danny Devito arrumando a mala pelo celular a bordo do catamarã

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Neste 24 de junho é comemorado o dia de São João, padroeiro de minha cidade, Niterói. Feriado municipal e pouquíssimos arraiais acontecendo. Não sei por que. No entanto dizem que há muitas festas fora da cidade, o que me lembrou um episódio curioso. Tempos atrás almocei com o amigo Eduardo Lamas da “Mais e Melhores Produções Artísticas” ( www.maisemelhores.com.br ) no sempre agradabilíssimo bistrô “Arlequim”, no Paço Imperial, centro do Rio. Muitos papos, ótimos planos, conversa regada a muitos CDs e DVDs raros que frequentam o magistral acervo da loja. Na volta, a caminho do catamarã para Niterói, vi na Praça 15 (não uso algarismos romanos) um cartaz anunciando uma festa junina. Típica e tradicional. O desenho trazia uma fogueira, gente fantasiada e até os perigosos (e hoje inviáveis) balões. Embarquei e a meu lado sentou um sujeito que era a cara do Danny Devito: baixo, gordo, careca, que não largava o celular. Fez várias ligações porque a linha caia. Ele orientava uma mu...

Carta aberta ao inverno, estação romântica, civilizada e a prova de molambos

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Inverno, meu chapa, enfim você chegou como percebo pela chuva fina, pela brisa fria, pelas ruas vazias e pela minha alegria interior que mais parece uma festa junina. Sempre gostei de você. Sempre. Provavelmente porque nasci no alto verão, fevereiro, e desde o berço padeço com o calor, o vento quente, a falsa euforia das pessoas atiçadas pelo marketing que determina que “o verão é a melhor estação”. Não é. Gosto muito de você e de seu primo próximo, o outono, que pegou um ônibus há pouco rumo ao infinito. Inverno, além de gente boa você provou que os lugares mais frios são mais deselvolvidos. Por exemplo, não ouvi falar de arrastões no inverno, de brigas em, praias lotadas no inverno, de barbáries como o carnaval de rua feito nas coxas no inverno, tragédias provocadas por temporais no inverno. É tudo no verão e na primavera. Quando você chega os predadores da cidade - molambada que sai por aí destruindo tudo em nome do tal “verão maravilha, anarquia, que se danem os outros ”- as ...

“Selva do Metal”, um culto aos decibéis

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                         Philippe Mello Neste domingo as 18 horas, meu sobrinho Philippe Mello estréia no rádio.  Administrador de empresas, guitarrista e profundo conhecedor de rock ele produz e apresenta o programa “Selva do Metal” na super webradio Cult FM que fica em http://www.radiocultfm.com . Ou seja, pode ser ouvida em qualquer ponto do planeta. A estréia do programa me lembrou de um artigo (postado aqui há tempos) que escrevi nas páginas amarelas da revista Veja em janeiro de 1985, explicando ao público o que eram os metaleiros que, me explica Philippe, mudaram, criaram novas ramificações, tendências musicais. Trinta anos se passaram e é bem provável que o metaleiro que descrevi na Veja tenha desaparecido do mapa. Título do artigo: Um Culto aos Decibéis. Vamos a ele: Chegou a hora dessa gente esverdeada mostrar seu valor. Finalmente a partir de 21 de janeiro, o day after do rock in Rio, o p...

Coluna chega aos 200 mil acessos

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Esta Coluna está chegando a marca dos 200 mil acessos. Que bom! Comecei a escrever no início de 2013 e venho mantendo a oca aberta até hoje com o apoio dos amigos, do pessoal do Facebook, Twitter, Google Plus, etc. Sinto muito prazer em compartilhar vivências, afetos, opiniões, dilemas, abismos, sonhos, memórias, reflexões, mas o mais gratificante é sentir o retorno dos leitores nos comentários ou via e-mail. Dá para perceber que este ano a indignação em relação ao país é gigante e vem de pessoas que não tem qualquer vínculo político e muito menos partidário. O trabalhismo escroque que tomou o poder, aparelhando o Estado em benefício próprio, não só quebrou o Brasil como devastou sonhos, objetivos, propostas existenciais de milhões de pessoas. É duro chegar aqui, em pleno 2015, reféns da inflação e tendo que dança nas mãos sujas da recessão. A Coluna também mostra que a maioria absoluta dos leitores busca a música de qualidade para ouvir e cada vez que falo de um Led Zeppelin, ...

No auge da violência Prefeitura de Niterói decide maquiar rua de Icaraí

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Um amigo ia se mudar da Tijuca para Icaraí uns meses atrás. Foi convencido de que seria uma tolice quando leu no jornal que a cidade está praticamente (?) sem emergência em hospitais públicos e os poucos particulares que sobraram vivem superlotados. Esse foi só um dos motivos que fez o meu amigo capitular. O outro, a violência em que a cidade está afundada graças a impotência da Prefeitura em conseguir convencer o governador a aumentar o efetivo da PM que, ainda por cima, divide com a cidade de Maricá. Todo mundo sabe que a escória humana do Rio pegou bombas e bagagens e mudou para cá fugindo das UPPs. Niterói está com todas as favelas tomadas por facções da guerrilha urbana que pouca gente quer enxergar, especialmente os políticos de ocasião. Desprestigiado, o prefeito de Niterói pede a população o ajude. Ajudar como? Só pode ser deboche. Diante da crise na saúde, na segurança, no controle urbano, a Prefeitura anunciou que vai fazer uma maquiagem na rua coronel Moreira César, e...

Fernando Brant, Milton Nascimento e o Clube da Esquina em Niterói

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                  Bela e merecida homenagem Beto Guedes, Milton e Lô Borges. Praia de Piratinga, Niterói.         Fernando BRant e Milton Esquerda para a direita: Toninho Horta, Nelson Angelo, Fernando Brant, Márcio Borges, Murilo Antunes e Beto Guedes recentemente. A morte de Fernando Brant, sexta-feira passada, me esmurrou pesado. Todo mundo (?) sabia que ele era o conspirador-mor do Clube da Esquina, aquela entidade informal (que muitos taxaram de imoral) que tomou Minas Gerais na virada dos anos 1960 para 70 tendo à bordo Miltol Nascimento, o Fenando, Beto Guedes, Lô e Márcio Borges, enfim, não vou ficar repetindo. A nova conspiração mineira tomou o Brasil e mostrou ao público uma nova MPB, claramente influenciada pelo rock, pelos Beatles, por François Truffaut (eles viram “Jules et Jim” pelo menos 50 vezes, Milton me disse em entrevista em 1987) pela vanguarda da vanguarda da vanguarda mas movida p...