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Mostrando postagens de outubro, 2015

Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, 50 anos de Cinema. Exposição na Sala de Cultura Leila Diniz e Mostra especial no Cine Arte UFF e Cinemateca do MAM

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Luiz Carlos Lacerda, o querido Bigode, é um dos mais importantes cineastas do planeta e está celebrando 50 anos de Cinema em áriuos eventos pelo país. Niterói faz arte.   A Sala de Cultura Leila Diniz, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) abre espaço para a exposição "Luiz Carlos Lacerda, 50 anos de cinema". O evento oficial de abertura da exposição acontecerá no dia 3 de novembro, às 18h, e entre os dias 3 e 12 de novembro, materiais como negativos de imagem e som, cartazes, fotos de cena e filmagens, críticas da imprensa, além de itens pessoais como poemas, desenhos e fotografias de família, poderão ser vistos no espaço cultural niteroiense.     Ao longo de cinco décadas, Bigode construiu sua carreira com o Rio de Janeiro como cenário. Começou a trabalhar aos 19 anos com Rui Santos, no filme "Onde a Terra começa". Também esteve ao lado de novos como Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues, até começar a filmar sozinho. Um de seus trabalhos m...

Esclarecimento sobre “Porque detesto disco de vinil...”

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Colecionar ventiladores alivia a bacurinha Anteontem publiquei aqui o artigo “ Porque detesto disco de vinil, aquele porco redondo ” explicando o que me fez romper com esse tipo de mídia. Várias pessoas se manifestaram, a maioria equivocadamente. Para começar publicaram mensagens anônimas ali nos Comentários o que me impediu de publicá-las. Muitos fizeram comparações entre a qualidade do som dos discos de vinil em relação ao CD tema que não foi incluído em meu artigo, que vocês podem reler em http://colunadolam.blogspot.com.br/2015/10/porque-detesto-disco-de-vinil-aquele.html As questões que levantei são referentes a arranhões, estalos, complicações operacionais em emissoras de rádio mas em momento algum comparei o som das chamadas bolachas com o do CD. Mesmo porque acho que quando os primeiros compac discs saíram em formato AAD e ADD havia, sim, uma enorme diferença de som, principalmente a ausência de graves. Mas quando começaram a lançar em DDD tudo ficou igual. ...

Porque detesto disco de vinil, aquele porco redondo

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Em novembro vai rolar a 15 a . Feira de Discos de Vinil do Rio de Janeiro. Dizem os apaixonados que é a maior e melhor do gênero. Recebi o convite de uma amiga logo de manhã e educadamente respondi dizendo que não vou. Ponto. Respeito muitíssimo os apaixonados pelo vinil e também os que cultuam leques na parede, coleção de corujas de porcelana, carros antigos, revistinhas de sacanagem, enfim, não me meto na vida de ninguém. No entanto, confesso aqui o hediondo e absoluto horror que nutro pelo vinil desde que comecei a ouvir música. Tanto que quando saiu o CD (para mim a melhor de todas as mídias), dois anos depois doei todos os meus dois mil e varada LPs para uma instituição de caridade. Me livrei de um fardo que me perseguia. Os poucos que sobraram derreti e transformei em cinzeiro, que dei de presente aos amigos. Como princesa Isabel, o CD me libertou da senzala. Senzala que me obrigava a ouvir música ao som de “clac, clac, clac” ou faixas que agarravam ou pulavam, agulhas...

Não esquecerei de Neil Armstrong, que ao pisar na lua descobriu a solidão abissal que o Homem não conhecia

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A lua jamais deixará de ser a musa encantada dos poetas, mesmo depois que Neil Armstrong desceu do módulo lunar da missão Apolo 11 em 20 de julho de 1969 e pisou o solo lunar com sua bota prateada. 1969 foi um ano de muitas mudanças, entre elas o maior protesto contra a guerra do Vietnã reunindo meio milhão de pessoas em Woodstock, no mês seguinte. Esse ano foi tão significativo que, inspirado nele, Paul Auster escreveu o magistral “Palácio da Lua”, livro que devorei em dias noites. Sempre fui um apaixonado pelo céu e os astrólogos dizem ser uma característica de meu signo. Lembro bem do dia em que o homem pisou na lua. M orava em Icarai (Niterói), onde o nosso bando tinha o hábito de jogar taco (uma espécie de baseball tupiniquim) no meio da rua. Atento a propaganda sobre a hora em que Armstrong pisaria na lua, fui cedo para casa para assistir pela TV. Não lembro se foi uma transmissão ao vivo, mas sei que a narração era de Hilton Gomes, um célebre locutor. A imagem em pret...

Quando um doidão é chato pra cacete

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Soube de manhã na padaria que Gangorra estava internado num hospital em Saracuruna (Baixada Fluminense) todo escalavrado. Levou uma surra numa roda de samba porque o agressor não se comoveu com o argumento de que Gangorra estava doidão quando passou a mão na bunda da garota dele. O cara que me contou a história disse que Gangorra gemia feito ema, chorava, balbuciava que estava bêbado, que não sabia o que estava fazendo, mas não teve clemência. Como Carlos, o Chacal, o macho da garota molestada meteu-lhe a porrada por mais de 20 minutos e como manda o protocolo da boemia ninguém se meteu. Desacordado, Gangorra foi jogado numa caçamba de lixo onde uns mendigos viram e avisaram a polícia. Conheço o Gangorra há muitos anos. Ganhou esse apelido porque, chato pra cacete, quando sentava todo mundo levantava. Começava a beber de manhã cedo num botequim que hoje é padaria na rua Moreira Cesar esquina com Miguel de Frias. Só parava de entornar quando, chato, cricri, pentelho, com...

Os petelecos anacrônicos de um salta pocinhas

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Publicado em 2014 Prefiro levar um soco no queixo do que ficar tomando petelecos desses salta pocinhas (quem inventou essa foi o Paulo Francis) franguinhas aflitas que ficam perambulando por aí, exibindo o fastio dos lortos tristes, famintos e anêmicos, apesar da nova série de “Malhação” já ter começado. Recebi uma mensagem sinuosa como as curvas de judas (escrevo com j minúsculo mesmo) e não me enquadrei entre as pessoas que ele, como Monalisa (aquela que não sabemos se ri ou chora, se é macho ou fêmea, se é Bangu ou Flamengo) estava difamando, usando como mote fofoquinhas de salão de depilação de virilha. Ahhh, a indiscreta decadência dos salta pocinhas, que fingem que perderam a chave do armário, apesar da porta estar aberta por fora. Uma vez aconteceu lá Facebook. O cara (não conheço, nunca vi), que um outro fofoqueirA me disse se chamar Pheido resolveu escrever (muito mal por sinal) uma série de atrocidades sobre gente que vive com o boi na sombra, surfando uma suposta o...

Aí o Jamari França falou “o LAM não vai a lugar nenhum” e eu...eu...eu...fiquei sem saber o que falar

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    Peneira Jamari França Banda La Guerra      Banda Kapitu Jamari França é o decano maior do Rock Brasil, por sinal uma expressão que ele inventou. Pois na tarde desta terça-feira nos reunimos num descacetado bunker. Eu, ele, o Luck Veloso e o André Luiz Costa da Rádio Cult, mais Liliana de La Torre (produtora), Andrea Andion (multitudo que faz o programa Andion Stage na Cult) e as bandas Kapitu e seu letrista Benito Corbal e La Guerra. Uma reunião conspiratória para cuidarmos dos detalhes do show que vai mandar a Lapa pros ares no dia 4 de novembro, uma quarta-feira. Papo divertido com direito a La Guerra e Kapitu tocando Hendrix para nossos ouvidos e olhos esbugalhados. Lá pelas tantas lembrei de 18 de fevereiro de 2006. Eu e Jamari estávamos a menos de três metros dos Rolling Stones na praia de Copacabana, no cercadinho VIP da imprensa. De sacanagem disse que Keith Richards deu uma arriada reverencial com uma de suas 135 Fenders Telecast...

O cinza de uma nação desonrada

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A amiga Aida Beranger compartilhou este banner no Facebook. Há tempos noto que as cores vivas estão sumindo da paisagem urbana. Nas ruas, só carros nas cores pretos, prata, branco, azul marinho, raramente um vermelho (lembram do Mustang cor de sangue?), um amarelo manga. As roupas também estão em tons formais e fora os maravilhosos shortinhos jeans esfarrapados, noto que as mulheres estão contidas, travadas, usando longas saias largas, vestidões que lembram batas das virgens da Indonésia Oriental. Claro que só um boçal não percebe que o Brasil está de luto diante desse caos todo que a patifaria fez e faz com a sua honra. Uma nação desonrada não vai as ruas dirigindo carros multicoloridos, vestindo biquinis de lacinho vermelho com shorts amarelos, motocicletas em tons tropicalistas. Esse ar cinzento parece espelhar o inconsciente coletivo do Brasil. Ou não? Não sou exemplo de nada, absolutamente nada, mas gosto de carros de cores vivas. Amarelo, vermelho. Mas ultimamente,...

O prazer imensurável de fazer rádio, mexer com emoções, linha do tempo, saudade, futuro

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                                                                                Acabei de fechar o programa Expresso da Madrugada número 90. Para quem não sabe, há quase três meses mantenho o Expresso circulando na Rádio Cult Rock & Blues, que mora em www.radiocultfm.com , de meia noite as seis da manhã. Todos os dias, de domingo a domingo. Tenho um outro programa, mais jornalístico, o Cafofo do LAM que vai ao ar aos domingos 11 da noite. Trabalhar em mídia eletrônica é visceral, emocional, dilacera, faz gozar, gera insônia, paz profunda, enfim é uma pauleira diária sem rotina, sem agenda, caminho aberto, livre, chuva na cara. No caso do Expresso da Madrugada é um desafio muito estimulante porque me faz sentir mais, pensar mais, diante de tantas possibilidades. Eu...

A falta que Johnny Winter faz

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Em julho do ano passado, o albino Johnny Winter m orreu aos 70 anos. Foi, é e será um dos mais importantes músicos de blues e blues-rock, acid blues (ou blues progressivo) como muitos se referem ao seu selvagem estilo. O albino de alma negra, que conheci no início dos anos 1970, já não estava bem de saúde. Chegou a cancelar uma vinda ao Brasil em 2014. Aliás, ele gostava de tocar aqui. Nascido em Leland, Mississipi (EUA), Winter foi lançado pela gravadora CBS para concorrer com Jimi Hendrix. Babaquice, ele sabia, mas fingiu que topou para assinar o contrato. Virou amigaço de Hendrix e chegaram a fazer várias jams juntos. Além disso, qualquer boçal, mesmo aqueles que acreditam em estoque de vento, nota de cara profundas, agudas diferenças entre a sua pegada e a de Hendrix. Em seu primeiro álbum, “Second Winter”, lançado em julho de 1969 Winter surpreendeu o mercado. A voz grave, quase rouca, alimentada por guitarras saturadas em altíssimo volume (ele nunca pegou leve) rapi...

Amizades, eleições e a seleção comendada por um espertalhão travestido de idiota

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Foi na última eleição para prefeito. V i dois sujeitos que são amigos baterem boca numa esquina. Motivo: discussão sobre politicagem . Barata. Acabei me metendo na confusão para tentar esfriar e lá pelas tantas disparei algo do tipo “eleições passam, amizades ficam”. Não adiantou e a coisa caminhava para uma grossa pancadaria. Graças a outros bombeiros (vários) fomos, os três, tomar café numa padaria. Conversamos falamos do peso incomparável de uma amizade perante as coisas da vida. Coisas de uma maneira geral e, em particular, política, eleições. O curioso é que ambos iam votar no mesmo candidato para prefeito mas a cobra fumou por causa dos vereadore s . Um disse que o candidato do outro era um salafrário, as ofensas foram inflamando, viraram xingamento, quase tapas na cara. Coisas da paixão, do estresse, enfim, temas como política e futebol descabelam as pessoas. Alguns se tornam temporariamente insanos e partem para o desatino amplo, geral e irrestrito. Hoje a políti...

Verão Pirata – por que Willis Carrier, inventor do ar condicionado, não ganhou o Premio Nobel?

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Estamos no verão pirata já que o Brasil só abriga duas estações: quente e muito quente. Eventualmente, no inverno, dá uma esfriada, o cheiro de naftalina dos casacos ganha as ruas, mas é muito breve e rápido. Esse ano nem isso. Nosso “ acordo” é com o suor e ar condicionado e não com lareiras e cachecóis. Todo mundo reclama do calor mas o verão é adorado. Sempre foi. Até os últimos, quando as temperaturas passaram de 40 graus e os meios de Comunicação importaram dos Estados Unidos uma baranga chamada sensação térmica. Cheguei a ler nos jornais que este ano a tal da sensação térmica bateu os 50 graus algumas vezes. Verão tem a seu favor algumas datas cruciais: Natal, Ano Novo e Carnaval. Por isso inventaram a lenda de que o país entra em férias em dezembro e só volta a trabalhar na segunda-feira depois da quarta de cinzas. Mentira. Quer dizer (olha a elegância, rapá!), não é verdade. Brasileiro trabalha pra cacete. Em alguns países europeus como a Espanha, há 30% mais feriados...

Santa Infância

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Colégio Naval     Vila dos oficiais, onde vivi Muita gente postando fotos dos tempos de criança no Facebook em homenagem a 12 de outubro. Não sei explicar, mas não consigo me mobilizar, correr atrás de fotos minhas quando era pequeno para colocar lá também. Bate um certo fastio. Cuidei e cuido mal de minha história pessoal, que está espalhada por aí e, sinceramente, nessas horas gostaria de ser mais cartesiano, mais “marcha soldado”, mais organizado, ter livros, cadernos com toda a minha história, meus milhares de textos publicados, mas não. O que vejo é uma zona, uma baderna, um emaranhado de coisas espalhadas, perdidas, sumidas. Minha infância. Lembro muito bem dela porque é na infância que a felicidade plena, absoluta, deixa suas pegadas tatuadas em nossa alma. Acho que só na infância temos acesso a ela, a felicidade plena, porque vivíamos nadando no lúdico, nos sonhos, na ingenuidade, na alienação natural sem o adestramento que vem mais tarde. Minha infância f...

A TV aberta me dispensou e isso foi muito bom

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Já não assistia muito televisão, mas com o crescente processo de imbecilização da mídia, cada vez perdia menos tempo em frente a chamada telinha. Não o conheço, mas sequer posso ouvir a voz de Faustão, ou de Casé e Huck, que também nunca vi pessoalmente. Como a baranganização também começou a migrar para os canais por assinatura, há dois meses quase cancelei a minha. Não degolei por causa do Bis (de vez em quando a pagodagem sertaneira baixa lá também) e o Canal Brasil Mais: na internet os grandes portais estão cada vez mais vulgares, acompanhando a onda da TV. Transformaram-se numa usina de fofocas de supostas celebridades extraídas de novelas ou então de programas que nunca vi como um tal de “A Fazenda”. Outros gigantes da web também optaram pela vulgaridade ampla, geral e irrestrita. Só que, felizmente, a internet dá outras zaralhadas de opções e não ficamos reféns de coisa alguma. Banido da TV pela própria TV, onde só assisto a bons noticiários (fundamental saber TUDO)...

O Facebook é sensacional

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Num dia qualquer do final de 2014 estava no Facebook e escrevi algumas linhas sobre um disco. Não me lembro qual. Pus o título “Disco do Dia” e postei com a capa e duas ou três fotos. Em 24 horas, dezenas de pessoas comentaram e curtiram. No dia seguinte, escrevi outro “Disco do Dia” e assim fui levando. Meio ano depois comecei a fazer dois programas na super radio Cult – Rock & Blues que mora em www.radiocultfm.com (clique e ouça) Os programas são o “Cafofo do LAM” (domingos as 23 horas) e “Expresso da Madrugada” (de domingo a domingo de meia noite as seis da manhã). Bem, descobr i com o maior prazer que a despretensiosa “Disco do Dia” virou o maior sucesso, por isso resolvi deixá-la “falar”, ganhar vida, transformando-a na base da programação do “Expresso da Madrugada” . É por essas e muitas outras que acho o Facebook sensacional. Tempos atrás cheguei a escrever este texto sobre a rede social: Estou no Facebook desde 2012. Reencontrei muitos amigos que va...