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Mostrando postagens de novembro, 2015

Quadrophenia: ópera-rock sobre a dilacerante rejeição (e baixa estima) ganhou versão sinfônica

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Como parte das comemorações do aniversário de 50 anos do The Who, a gravadora Deutsche Grammophon lançou a versão sinfônica da ópera-rock Quadrophenia, escrita por Pete Townshend, gravada pelo Who e lançada em 1973. Na década de 1960, Pete Townshend e The Who definiram o conceito de "ópera rock" com Tommy (de 1969) , dando um passo à frente com Quadrophenia. Concebida e escrita por Townshend, Quadrophenia acabou se tornando um ícone. Townshend tornou públicos os seus traumas em Tommy (1969) e Quadrophenia (1973), para mim o melhor disco da história do Who. Acho que para o criador da banda, guitarrista, cantor, compositor, poeta, romancista, teatrólogo, cineasta Peter Dennis Blanford Townshend, londrino de 70 anos, é a obra-prima do Who. Álbum duplo conceitual, essencialmente ópera-rock, Quadrophenia foi lançado no mesmo ano de The Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, outro genial poema. Mas, o que Townhend escreveu fez com que vários críticos, biógrafos e fãs come...

"Jimi Hendrix: A Dramática História de Uma lenda do Rock ", a biografia definitiva de Jimi Hendrix

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O amigo Caíque Fellows indicou, comprei e estou devorando o livro " "Jimi Hendrix: A Dramática História de Uma lenda do Rock "", de Sharon Lawrence. É a biografia definitiva de Jimi. Leia o que A Tarde Online publicou em 2007: Jimi Hendrix ganha biografia escrita por amiga íntima A Tarde On Line 14 nov. / 2007 - Três anos de carreira foram suficientes para o guitarrista norte-americano Jimi Hendrix virar mito. Até hoje, 37 anos após sua morte, o músico é lembrado como um visionário que antecipou basicamente tudo o que viria a acontecer na música pop na era pós-Beatles. O interesse de ouvintes jovens, que nem eram nascidos quando Hendrix morreu de overdose, em setembro de 1970, é grande o bastante para deixar brechas à indústria cultural, que não costuma desperdiçar produtos com potencial de venda. Uma nova biografia do ídolo, Jimi Hendrix: A Dramática História de Uma lenda do Rock (Jorge Zahar Editor, 356 págs., R$ 39,90), da jornalista americana Sharon La...

Os bandidos não chegaram ao poder via golpe de estado. Foram eleitos pela maioria que voltará as urnas, de novo, ano que vem

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                                   O Brasil sempre foi um chiqueiro ético, principalmente a partir de 1808 quando, se borrando de cagaço de Napoleão (que, de fato, iria carcá-lo) D. João VI e tod a Corte se mandou de Portugal para o Rio de Janeiro. Foi quando começou a esculhambação macunaímica que teve como marco a criaçãõ do Banco do Brasil, em 12 de outubro deste mesmo 1808, para dar mesadas para o D. João. Só para isso. O mar de lama e o estado brasileiro sempre andaram de mãos dadas, se beijaram na boca (com língua), bagunçaram bordéis. Mas por mais que larápios históricos tenham sapateado sobre a decência, nunca o estado brasileiro foi assaltando com tanta desfaçatez, virulência e apetite como desde 2005, sob o jugo do PT, uma quadrilha de proporções épicas conseguiu devorar até a Petrobrás. Na última quarta-feira, quando um senador e um banqueiro foram em cana também por r...

Faxina afetiva de final de ano

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Estou fazendo uma faxina afetiva neste final de 2015, especialmente em relação a um episódio de injúria e difamação (único em minha existência) que me atingiu uns anos atrás e que já cremei e joguei as cinzas no esgoto. O episódio me custou um amigo entre aspas (o cara acreditou em quem me difamou) e alguns colegas. A maioria caiu em si, me pediu desculpas e eu, claro, relevei. Mas esse meu amigo permaneceu mudo, sonso, omisso. Ano passado dei a última chance: enviei um torpedo (SMS) para o celular que acho que ainda é o dele. Mensagem extremamente sincera. Desejei Feliz Natal e um 2015 com muita Saúde e Sucesso. Mandei a mensagem e, se o celular ainda for o dele, recebeu. Se não for ficarei sem saber. Dizem que zerar o nosso “odômetro afetivo” faz bem a saúde e essa época do ano é muito propícia para isso. Felizmente, não há mais casos graves a serem resolvidos e relevados mas, ainda assim, prossigo na faxina. Quero entrar em 2016 totalmente certo de que fiz a minha parte...

A ditadura do politicamente correto quer brochar o planeta, enfiando uma burca na essência da mulher

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“ Os nazistas se consideravam os politicamente corretos da Alemanha” - Leandro Narloch no livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo” Um programa de TV de grande audiência, metido a politicamente correto, mostrou, dias atrás, várias mulheres (algumas muito interessantes) e uns caras se dizendo horrorizados com as cantadas, piadas e “olhares mal intencionados” que “oportunistas” disparam contra as “mulheres de bem” que perambulam pelas ruas. O que está entre aspas foi dito pelos participantes do tal debate. Para provarem o tal “crime”, copiaram o que eu já tinha assistido num canal de TV norte-americano. Instalam uma câmera nas costas de uma mulher de shortinho jeans gostosíssima e as imagens “flagravam” os “meliantes”, “tarados”, “pervertidos” e afins olhando, contemplando, curtindo. Na sequência, cortaram para o estúdio onde os debatedores só faltaram pedir pena de morte para os supostos pervertidos e suas “ofensas” contra as mulheres. Não estou entendendo nada...

Esse replay, não!

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Nova Friburgo, janeiro de 2011 Nada, absolutamente nada foi feito para que outras catástrofes climáticas não transformem, DE NOVO, a vida de quem vive, por exemplo, em Teresópolis, Petrópolis e Friburgo numa tragédia, como em janeiro de 2011. Pior: leio nos jornais que os candidatos a prefeitos dessas cidades já gastaram muito mais comprando eleitores do que as prefeituras na reconstrução dessas cidades. Estamos na primavera e com ela o início do ciclo das chuvas pesadas. Se (isola!) acontecer uma nova tragédia será culpa das condições meteorológicas? Não, absolutamente não. A culpa será desses moleques, safados que fazem politicagem jogando todas as fichas no cassino do esquecimento. Acham que o eleitor já esqueceu que 900 pessoas morreram soterradas/afogadas em janeiro de 2011. Não, não esqueceram! Ou esqueceram? Sinceramente, não sei. Já nos anos 70 era rotina: entrar num carro de reportagem para cobrir inundações em cidades serranas e, também, no norte e noroeste do Esta...

Apaixonado por si mesmo, o ególatra é viciado em seus próprios problemas e vampiriza ideias alheias

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Original publicado em julho de 2013 Ególatra, segundo o Michaelis: “aquele que cultua o próprio eu; praticante da egolatria”. Tempos atrás encontrei um ególatra na rua. Estava andando rápido pelo centro do Rio em direção a uma livraria (esqueci dois livros no balcão) e o ególatra vinha no sentido contrário. S ozinho, é claro, porque ególatras são seres socialmente insulares, consagrados como malas, cricris, chatos pra cacete que, também viciados em seus problemas (de quem mais?), tem sempre um na ponta da agulha para estragar o nosso dia. “ Você não sabe o que me aconteceu...”, eles começam a cacarejar antes de destilar seus draminhas cotidianos que burbulham as dúzias, centenas, milhares. Tanto que os conhecidos desses mamíferos, que vivem fugindo (deles) por aí, quando são flagrados, por exemplo, ao telefone ao invés de “alô” perguntam “qual é o problema?”. Tentei escapar, mas quase fui atropelado por um táxi. Caí no alçapão que separava a calçada da rua, obra do VLT . O...

Pré-estréia de “Introdução a Música do Sangue” abre a sensacional Mostra Luiz Carlos Lacerda no Cine Arte UFF

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                                                                                                                                                        Luiz Carlos Lacerda, o Bigode Nesta sexta-feira fui a pré-estreia do novo filme de Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, no Cine Arte UFF, em Niterói. Chama-se “Introdução a Música do Sangue” e abriu a Mostra Luiz Carlos Lacerda que vai exibir parte da obra do genial diretor, que neste 2015 celebra 50 anos de Cinema, com C maiúsculo. Fundamental comparecer já que, além da genialidade do Bigode, o novo Cine Arte UFF está espetacular, com equipamentos...

Quando o grupo Renaissance bateu recorde de audiência no Expresso da Madrugada

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Impressionante. Domingo último p rogramei um clássico do grupo inglês Renaissance em m eu programa Expresso da Madrugada, que vai ao ar de domingo a domingo, meia noite a seis da manahã com o que existe de mais incorreto, ilógico e absurdo do rock & blues. O programa vai para os ares na Radio Cult FM que mora em www.radiocultfm.com . Já ouviu? A canção que programei foi “At The Harbour” do antológico álbum “Ashes are Burning”, de 1973, que conheci quando trabalhei na Rádio F ederal AM, a primeira emissora totalmente rock (do bom) do Brasil, pilotada por Marcos Kilzer, Jorge Davidson e Carlos Siegelman. Pus a música na Coluna sugerindo que vocês ou vissem durante a leitura. No post do You Tube escrevi: “Uma das mais belas introduções que já ouvi. Quase dois minutos com o piano de John Tout.” Mais tarde, Servio Tulio, músico e multitudo, acrescentou: “Este álbum é histórico. Esta introdução de piano e a parte central da música na verdade são trechos de um prelúdio de Debussy...

Conexão Mariana-Paris: a Terra é o império das más notícias

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Ontem me perguntaram se o jornalista acaba perdendo a sensibilidade ao longo do tempo, já que seu trabalho envolve, também, a cobertura de tragédias. Respondi que não. Há mais de 40 anos trabalhando em mídia fui obrigado a testemunhar muitas tragédias, dezenas e dezenas delas, mas não me tornei insensível. Trombas d´água que arrasaram cidades, chacinas, acidentes de avião, atentados terroristas, acidentes de carros e por aí vai. O curioso é que o vilão de todas as histórias é um só, o ser humano. Nos últimos dias rolou uma discussão boçal no Facebook, um sórdido campeonato de tragédias. Algumas pessoas criticavam as que sofriam com a chacina em Paris dizendo que deveriam sofrer pelo drama de Mariana, Minas, porque fica no Brasil. Ou seja, querem estabelecer uma espécie de ditadura xenófoba do sentimento humano. A maioria diz que a bruxa está solta mas o fluxo de más notícias sempre imperou. Ou seja, a bruxa sempre andou solta. A quantidade aumenta porque a tecnologia de ...

Adoro segundas-feiras

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Na infância e adolescência detestava porque nunca gostei muito de ir ao colégio. Aliás, diga-se de passagem, ótimos colégios, ótimos colegas, algumas professoras gostosas (meramente para uso contemplativo) mas a rotina da decoreba, do ter que passar de ano, do ter que tirar boas notas transformou os meses de férias em paraísos. Logo que comecei a trabalhar, felizmente numa área que amo, a coisa inverteu. Misturando trabalho com lazer desde, sei lá, 16, 17 anos, acabei tendo com a (s) minha (s) profissão (ões) uma relação diferente. Um prazer imensurável embolado com fissura, necessidade de fazer mais, não sei explicar direito. E acho que nem quero. Muita gente reclama das segundas-feiras, acho até que a maioria esmagadora, mas eu gosto. Gosto de pegar o tacape e cair na savana, caçando minhas coisas, meus sonhos, meus projetos, minhas projeções, um orgasmo infinito que o trabalho (não confundir com emprego) sempre me entregou de bandeja. Não é que não goste de feriados, fins de...

Falsos moralistas tentam derrubar esta Coluna

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Na madrugada de hoje tentaram derrubar esta Coluna do LAM. Derrubar mesmo, tirar do ar, ceifar tudo em nome de um falso moralismo hediondo. A internet é uma maquete da humanidade, logo também está cheia de maus caracteres especialmente no brejo podre da política partidária. Como sempre defendi (defendo e vou defender) a imprensa livre, tem muita gente enojada com isso. A plataforma onde mora a Coluna do LAM informou que a tentativa de tirar do ar se deu entre uma e quatro da madrugada de hoje. De fato, pela manhã, tive dificuldade de acessar o Facebook e meu e-mail. Não reconheciam as senhas. Quando recebi o aviso já passavam de 13h30m, e graças ao uso de dois aplicativos de limpeza (um deles o radical Adwcleaner) recuperei as senhas. Porcos que roubam, achacam, chantageiam, porcos que assaltam os cofres públicos na maior cara de pau e dizem que é tudo invencionice do que chamam de “mídia golpista”. Ah, é? Então também sou da mídia golpista, novo sinônimo de verdade absoluta in...