Fiador moral

O cara é baba-ovo, invejoso, rancoroso, arrivista e, dizem todas as línguas, as más inclusive, é um caloteiro, desses que não pagam a ninguém na maior cara de pau. Aí chega alguém e pergunta se você conhece o tal meliante. Você já o viu e até conversou com ele algumas vezes, mas por força de expressão acaba dizendo que “conheço sim”. Ferrou! Sem querer, virou avalista de um canalha. Melhor seria dizer, apenas, que “conheço de vista”, mas os hábitos da fala as vezes nos metem em roubada. Por uma questão cultural dizemos que “conheço” a quem vimos algumas vezes. Pior: em muitos casos estabelecemos relações pessoais e profissionais com pessoas que não conhecemos sem tomarmos o cuidado de pedir referências a terceiros. Os ingleses tem esse hábito. Só fazem negócios ou se relacionam com pessoas quando três, quatro ou cinco amigos de confiança confirmam que a tal pessoa é do bem, honesta e tudo mais. Por exemplo: não conheço nenhum Babalu, apesar de um colega, que encontrei n...