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Mostrando postagens de julho, 2017

Holandeses do Focus vão tocar no Municipal de Niterói em setembro

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Anote na agenda: dia 14 de setembro (quinta-feira), as 8 da noite o supergrupo holandês de rock progressivo Focus vai tocar no Teatro Municipal de Niterói, dentro de sua turnê mundial. A frente da atual formação, continua o fundador da banda, tecladista, flautista e cantor Thijs Van Leer e na bateria Pierre van der Linden, da formação clássica de 1971 em diante. Nas guitarras, Menno Gootjes e no baixo Udo Pannekeet. No repertório, clássicos como Hocus Pocus, Sylvia, Eruption, Focus 7 e Anonymus II. Num show sempre eletrizante, Focus mistura vários estilos dentro do rock progressivo, entre eles a música fusion, também conhecida como jazz rock. Foi fundada em Amsterdã em  1969  por Thijs van Leer e até hoje está no topo. Suas composições instrumentais e improvisações mantém muitas influências da música clássica. Um exemplo é a referência à ópera de Monteverdi  em "Eruption", faixa do álbum  Moving Waves . Outra demonstração está na referência a...

Fiador moral

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O cara é invejoso, rancoroso, provinciano, arrivista e, dizem todas as línguas (as más inclusive), é um caloteiro, desses que não pagam a ninguém na maior cara de pau. Aí chega alguém e pergunta se você conhece o tal meliante. Você já o viu e até conversou com ele algumas vezes, mas por força de expressão acaba dizendo que “conheço sim”. Ferrou! Sem querer, virou avalista de um canalha. Melhor seria dizer, apenas, que “conheço de vista”, mas os hábitos da linguagem as vezes nos metem em roubada. Em muitos casos estabelecemos relações pessoais e profissionais com pessoas que não conhecemos sem tomar o cuidado de pedir referências a terceiros. Os ingleses tem esse hábito. Só fazem negócios ou se relacionam com pessoas quando três, quatro ou cinco amigos de confiança confirmam que a tal pessoa é do bem, honesta e tudo mais. Por exemplo: não conheço nenhum Babalu, apesar de um colega, que encontrei no catamarã, ter insistido em me mandar um “abraço do Babalu”. ...

The Who em São Paulo será demais!

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Desde que foi criado, em 1964, The Who sequer chegou perto do Brasil e a razão é simples: os empresários daqui achavam que a banda não tem público suficiente para dar lucro estrondoso. Não basta ter lucro. Tem que ser gigantesco. Os empresários que não levaram fé quebraram a cara. No dia 21 de setembro, a banda vai tocar em Allianz Parque (Estádio Palestra Itália), em São Paulo e a lotação de 55 mil pessoas já está lotada. Neste momento, 16h45m de sexta-feira, dia 28 de julho, resta apenas 1% dos ingressos. Dia 26 o grupo se apresenta em Porto Alegre, com ingressos também esgotados. Detalhes aqui:   https://www.viagogo.com/br/Ingressos-Shows/Rock-e-Pop/The-Who-Ingressos?AffiliateID=49&adposition=1t1&PCID=PSBRGOOCONTHEWB278A2BEFFE-000000&AdID=193203739660&MetroRegionID=431&psc=&psc=&ps=mr-431&ps_p=0&ps_c=126020166&ps_ag=40522361445&ps_tg=kwd-304381530196&ps_ad=193203739660&ps_adp=1t1&ps_fi=&ps_fi=&ps_li=&ps_l...

Burcas na essência da mulher

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“ Os nazistas se consideravam os politicamente corretos da Alemanha” - Leandro Narloch no livro “Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo” Acho que foi ano passado. Um programa de TV de grande audiência, metido a politicamente correto, mostrou várias mulheres (algumas muito interessantes) se dizendo horrorizadas com as cantadas, piadas e “olhares mal intencionados” que “oportunistas” disparam contra as “mulheres de bem” que perambulam pelas ruas. O que está entre aspas foi dito pelos participantes do tal debate. Para provarem o tal “crime”, copiaram o que eu já havia assistido num canal de boçalidades norte-americano. Instalaram uma câmera nas costas de uma mulher de shortinho jeans gostosíssima e as imagens “flagravam” os “meliantes”, “tarados”, “pervertidos” e afins olhando, contemplando, curtindo. Na sequência, cortaram para o estúdio onde os debatedores só faltaram pedir pena de morte a pedradas para os supostos pervertidos e suas “ofensas” contra a...

Sal da Terra

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Ando cheio da palavra sustentabilidade, usada como galocha pela politicália em geral. Outra que não suporto mais é o tal do “foco”. Leio e ouço toda hora “meu foco está em...”; é dose. Antes de sub celebridades em panfletos eleitorais oportunistas, pessoas que hoje são chamadas de ambientalistas foram tachadas de ecologistas nos anos 70. Fui um dos fundadores do M.O.R.E., Movimento de Resistência Ecológica que atuava basicamente em Niterói em plena ditadura. Lembro de uma grande manifestação organizada por um colega jornalista, acho que em 1977, na área de Camboinhas, bairro da Região Oceânica de Niterói. Na época uma megaconstrutora estava tocando um projeto chamado “Cidade de Itaipu”. Para “limparem” a área contrataram jagunços que torturaram e mataram pescadores, obrigados a “vender” suas casas. A lagoa de Itaipu estava ameaçada (hoje está praticamente morta), enfim, o megaprojeto teve que engolir uma manifestação com direito a presença do cientista Augusto Ruschi (...

E se liberarem todas as drogas no Brasil?

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Nos Estados Unidos foi um fiasco. Entre 1920 e 1933 a lei seca só serviu para turbinar a corrupção e o banho de sangue. Em um primeiro momento, houve um grande apoio à medida mas, depois, o comércio e consumo ilegal de bebidas se tornaram corriqueiros, com o  governo   fazendo vista grossa, autoridades do legislativo e judiciário embolsando rios de dinheiro sujo. Traficantes e comerciantes ilegais, como  Al Capone , em  Chicago , montaram grandes esquemas que lucravam com o consumo ilegal. A Lei Seca só acabou no governo de  Franklin Roosevelt . O álcool provoca danos irremediáveis a saúde. O alcoolismo por si só é um drama mundial, inclusive no Brasil, país que abre as pernas para a propaganda desenfreada de álcool em horário nobre de TV, onde mulheres supostamente gostosas vendem cerveja. Ainda nas TVs e também no rádio e em todas as mídias, a figura do vinho, fantasiado de enologia, está presente no cotidiano da classe média, assim como a ca...

Jornalismo está virando central de boatos

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Em tese, estagiário e o trainee de jornalismo são aprendizes. Em tese. Desde sempre e não somente quando foi inventado o curso superior de Comunicação Social no Brasil, em 1969. Hoje, não é mais obrigado ter diploma para se fazer de jornalista. A coisa voltou aos tempos pré-1969, mas as empresas mais séras exigem que candidatos a estágio ou treinamento avançado estejam cursando uma faculdade. Nos protocolos, na papelada, na teoria está tudo muito bonitinho mas, na realidade, estagiários e trainees viraram mão de obra barata, burros sem rabos que como paus de enchente zanzam de um lado e para o outro, perdidos nas redações da vida e a vítima é o leitor/ouvinte/telespectador/internauta. A ignorância é um direito. Estudante ignorante é mais do que aceitável. Como o nome já diz ele ainda está estudando, aprendendo. Em tese, estagiários e trainees estão no mercado para errar. Errar, aprender e ser submetidos a rigorosa supervisão. Depois de serem exaustivamente treinado...

Eternas Capitanias Hereditárias

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Meritocracia. Linda palavra. Presença obrigatória em comícios, entrevistas, aparições na TV de qualquer político. Meritocracia significa vencer na vida pelo mérito pessoal, pelo talento, criatividade, ética. Mais nada. Nesse início do século 21 podemos observar que nunca (ou quase nunca) o nepotismo, os pistolões, a ação entre amigos esteve tão presente, especialmente em setores como a música, jornalismo e, naturalmente, a política. Na música, chega a ser engraçado. Entramos na internet, abrimos os jornais ou ligamos a TV e o que mais vemos é a “descoberta de talentos” de filhos, netos, sobrinhos, maridos de medalhões. Cardumes e mais cardumes de piranhas. As Capitanias Hereditárias do velho Império tiveram seu conceito eternizado e transplantado para outros setores. É comum lermos que “Fulano de Tal, que toca o instrumento X é filho do lendário Beltrano”. Toca bem? Não informam. Toca mal? Não informam. A matéria, em geral escrita por cupinchas  da Ca...

Lua de Neil Armstrong. Lua dos poetas.

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A lua jamais deixará de ser a musa encantada dos poetas, mesmo depois que Neil Armstrong desceu do módulo lunar da missão Apolo 11 em 20 de julho de 1969 e pisou o solo lunar com sua bota prateada. 1969 foi um ano de muitas mudanças, entre elas o maior protesto contra a guerra do Vietnã reunindo meio milhão de pessoas em Woodstock. Esse ano foi tão significativo que, inspirado nele, Paul Auster escreveu o magistral “Palácio da Lua”, livro que devorei em dias noites. Fui cedo para casa para assistir pela TV. Não lembro se foi uma transmissão ao vivo, mas sei que a narração era de Hilton Gomes, um célebre locutor. A imagem em preto e branco cheia de imperfeições me hipnotizou e quase não ouvi o pipocar dos fogos que algumas pessoas soltaram celebrando aquele momento. Um momento crucial na história de todos nós que algumas pessoas insistem em dizer que foi uma fraude, que o homem pisando na lua teria sido uma gravação simulada em estúdios. Que bobagem. ...

Tolerância a intolerância

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      Foto de Catherine Beranger Sempre que há recessão e inflação, os sonhos, objetivos, planos, projetos de milhões de pessoas são engavetados, as contas do mês ficam mais difíceis de fechar, a insegurança atinge níveis quase insuportáveis, a esperança, a velha, boa, necessária esperança, parece querer bater asas e partir. Também neste quesito o Brasil é um dos lugares mais existencialmente instáveis do planeta. O Brasil é pau de enchente, voo na neblina, roleta com mais de 200 milhões de fichas. Brasil é bala perdida. E foi a tolerância a intolerância que me convenceu a ficar no Brasil. A tolerância a intolerância é intolerável, mas está presente até para quem não pode ou não quer ver. Nas ansiosas filas dos bancos, nos ônibus, aviões, na caminhada solitária das pessoas rumo ao trabalho, a escola, a consulta médica. Rumo ao nada, muitas vezes. Exercitar a tolerância é mais do que fundamental, ensina a filosofia. Um exercício difícil, espécie de musc...

O Lobão que conheço

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A caminho dos 400 mil acessos, e s t a Coluna bateu todos os seus recordes de leitores desde sábado, quando publiquei uma sinopse do novo livro do “ Lobão - Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock ” que acaba de ser lançado pela editora Leya e já está entre os mais vendidos da Amazon. Lob ão vai iniciar uma turnê nacional de autógrafos e conversas sobre o livro: Em São Paulo nesta quinta-feira, 13/7na Unibes Cultural as 19 horas e no Rio, dia 18, terça feira da outra semana. Confira os detalhes sobre o livro clicando aqui: http://colunadolam.blogspot.com.br/2017/07/novo-livro-do-lobao-guia-politicamente.html Lobão é um dos sujeitos mais inteligentes e sensíveis que conheço. E não conheço pouco. Já comprei o livro e estou esperando receber, mas um amigo que está lendo me ligou dizendo que ele narra como nos conhecemos numa tarde quente de 1982 na Rádio Fluminense FM, quando ele e o saudoso Ignácio Machado foram me entregar a fita do seu primeiro álbum, “Cena ...

Novo livro do Lobão - Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock

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Noites de autógrafos n o Rio : dia 18 de julho, 19 horas na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. Em São Paulo : 13/7: São Paulo-Unibes Cultural Lobão solta o verbo e conta tudo o que você sempre quis saber sobre o rock brasileiro dos anos 80 Com muito humor e, como não poderia ser diferente, sem papas na língua, Lobão revive as amizades, as parcerias, as primeiras derrotas, as decepções, as drogas, a baixa autoestima, as gravações ruins e, ao mesmo tempo, as grandes canções que marcaram a história do rock nacional e da década de 1980 neste Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock. Ele se confronta com as contradições daqueles anos, sua atmosfera política e o desinteresse da nova geração de músicos que surgia pelo que chama de “desgastada e empolada linguagem da ingênua, presunçosa e reacionária MPB”. Os anos 1980 ficaram conhecidos como a década perdida. Mas, apesar dos penteados esquisitos, das ombreiras, do Xou da Xuxa, e da hiperinflação, também foram a...