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Mostrando postagens de setembro, 2017

A boa música

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As músicas que estão nos primeiros lugares nas paradas de todo o mundo (sem exceção) são ruins É lógico que respeito o direito das pessoas consumirem Luan Santana, Anita, Ludmila, Gustavo Lima e dezenas e mais dezenas de outros que navegam nos turbulentos mares do esculacho musical, desde que eles respeitem o meu direito de golfar. Sempre foi assim. Historiadores dizem que desde que “inventaram” a música popular, as mais cultuadas pelos povos são de péssimo gosto. Aqui no Brasil, em geral primeiros lugares sempre foram ocupados por músicas de gosto duvidoso, ou obtuso. Fazer o que? Nada? Que isso? Vamos buscar as opções no chamado mercado alternativo que está sempre cheio de coisas valiosas. No mainstream, vulgo esquemão, escapam, felizmente, Caetano, Gil, Chico e muito mais do que uma meia dúzia de todas as gerações. Para se ouvir boa música no rádio, antes da invenção do streaming na internet, era uma luta. Hoje, você acessa www.spotify.com   , em um minuto baixa um ap...

Com uma pequena ajuda dos amigos

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                              Ringo Starr gravando o vocal de "With a Little Help from my Friends"                                                                                                                                                     Joe Cocker no Festival de Woodstock, 1969 Assistindo à TV, há tempos vi o comercial de uma montadora de automóveis que inseriu na trilha sonora uma versão bem suave de With a Little Help From My Friends, um clássico dos Beatles de 1967.  A canção veio ao mundo no lendário álbum Sgt. Pepper´s...

Rock progressivo se consagra no Teatro Municipal de Niterói

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O grupo italiano de rock progressivo Locanda Delle Fate só vai tocar no dia 10 de novembro, mas a venda antecipada de ingressos já ultrapassou 50% da lotação do Teatro Municipal de Niterói. Depois do show do inglês Renaissance (lotação esgotada) e do holandês Focus (lotação esgotada) a diretora do teatro, Marilda Ormy, anunciou que em 2018 haverá datas fixas para o progressivo no teatro e que novas bandas de renome já estão negociando. Maravilha! Quem quiser assistir o Locanda Delle Fate, os ingressos estão a venda neste link: https://ingressorapido.com.br/venda/?id=1893#!/tickets   . Ou na bilheteria do teatro. Informações pelo telefone (21) 2620-1624. Quem não conhece o grupo pode ouvir o lendário primeiro álbum “Forse le lucciole non si amano più” (1977) clicando neste link: https://www.youtube.com/watch?v=HUPh7eGQcvw Apesar da crise que praticamente dizimou boa parte dos grandes nomes do rock progressivo purista no início dos anos 1970, muitos seguir...

A crianças estão bem

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Decidi opinar porque está havendo muita injustiça e preconceito com as novas gerações, que alguns chamam de alienadas, vazias, fúteis, cabeças de vento, acomodadas. Não é verdade. Todo mundo já passou pela adolescência. E o que é a adolescência? Um HD vazio, com infinitos gigabytes, registrando tudo que está à sua volta. Tudo! O bom, o mau e o feio. A adolescência e a pós-adolescência são uma fase experimental imposta pela natureza para que os filhotes atravessem a transição criança-adulto querendo saber. Há muito deslumbramento, decepção, dor e, lógico, radicalismo e oposição. O adolescente obediente “bovino” e cordato não está bem. Posso falar? Não é um adolescente normal. Adolescente tem que dar trabalho, tem que provocar, tem que irritar, tirar do sério. Ele acha que tem (e tem mesmo) o direito de levar a vida que acha certa. Cabe aos adultos, adultos cujo diploma existencial só irão receber quando aquela senhora com uma foice na mão e capote na cabeça vai tocar a ...

A vingança do bastardo

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                                                 Capa da primeira edição Saudade de livro é sempre boa . Por isso tenho procurado, inutilmente, em minha estante (onde tudo é uma enorme desordem alfabética) uma edição relativamente recente do melhor, absurdo, esculachado, politicamente in correto e saudável livro dos anos 80. O clássico “A Vingança do Bastardo”, escrito pelo espírito de uma tal Eleonora V. Vorsky que baixou sobre o Alexandre Machado, escritor, roteirista e, na época, louco. N a apresentação do livro, uma auto referência debochando da crítica:   "terrível, escatológico, nojento, nauseabundo, emocionante, divertidíssimo, acachapante, lírico, poético, medonho, esporrante de rir, abominável, cáustico, polêmico, essencial, virulento, dramático, meio mais ou menos, magnífico, detestável, erótico, perturbador, ingênuo, niilista, grandilo...

The Who enlouquece o Rock in Rio

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Primeira página hoje, domingo, 24 de setembro                                      Daltrey e Townshend em noite iluminada                                                                        Zak Starkey e o padrinho Keith Moon Aos 52 anos de idade a mais importante banda veterana da história do rock em atividade, a inglesa The Who, fez um dos mais espetaculares shows de sua rica biografia no Rock in Rio na noite de ontem, onde 100 mil pessoas (a maioria não conhecia o grupo) acabaram se rendendo a fúria juvenil do líder e guitarrista Pete Townshend (72 nos), do vocalista Roger Daltrey (73 anos) e do baterista herói Zak Starkey (52 anos). The Who tocou em todos os festivais fundamentais da hist...

Jimi Hendrix, 47 anos depois

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Segunda-feira última, dia 18, 47 anos da morte de Jimi Hendrix, o maior e mais genial guitarrista de todos os tempos. Não deixou uma lacuna. Hendrix deixou um rombo, um vácuo descomunal, até hoje não preenchido por ninguém. Pelo mundo milhares de seguidores autodidadas como ele, que tocam guitarra de forma ágil, criativa, desafinando e afinando no meio de um solo, ou de uma introdução (quer coisa mais humana e genial do que isso?) e que se danem as cuequinhas passadas a ferro, lençóis de seda, camarins com jasmim. Ele não tem nada a ver com guitarra bronha, perfeitinha, toda calculadinha, velozinha, bem feitinha, bem desenhadinha, com afinadorzinho digital. Hendrix não tolerava diminutivos. Nem ele, nem, Frak Zappa, nem Duanne Allman, nem Jack White, nem Jimmy Page, nem Eric Clapton, nem Jeff Beck, nem todos gigantes. O homem é imperfeito. A guitarra saturada é o espelho das imperfeições do homem. Logo, que papo é esse de doutorado em universida...

O Cravo não brigou com a Rosa- Texto de Luiz Antônio Simas*

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Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto Soube que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais “O Cravo brigou com a Rosa”. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o Cravo - o homem - e a Rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o Cravo encontrou a Rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada". Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.   Será que esses doidos sabem que “O cravo brigou com a Rosa” faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro? É Villa Lobos, cacete! Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: “Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas.” A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina ...

Poderia ter sido diferente?

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Até os livrotes vagabundos tricotam freneticamente sobre o renascimento de nações que foram dizimadas por guerras. Inglaterra, Alemanha, Itália, China, Japão. A Coreia do Sul, depois de ser destruída nos anos 50/60, passou todo mundo e hoje é o país-modelo em educação. Se o Brasil tivesse encarado guerras teria sido? Sabem a antiga teoria psicanalítica de que o ser humano só cresce com dor, sob tensa e intensa crise? Ela se aplica a nações? O Vietnã viveu em guerra de 1910 a 1975. Japão invadiu, França invadiu, Estados Unidos invadiram. Só na guerra contra os Estados Unidos morreram 1 milhão e 500 mil vietnamitas que, em nenhum momento, largaram o osso. Foram até o fim e botaram os americanos pra fora com memoráveis chutes na bunda. Hoje o Vietnã já é quase um “tigre asiático”.                                  ...