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Mostrando postagens de julho, 2013

Calendário

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Texto restaurado e reeditado Tempos atrás, li uma crônica do colega Joaquim Ferreira dos Santos falando das mudanças do inverno e da complicação que elas, segundo ele, estão levando para os cronistas atuais. Digo, bons cronistas atuais que, por sinal, são poucos. O que lemos muito é baixa ajuda e similares, o que não vem ao caso. Há quem goste de tomar sorvete assistindo o Dr. Drauzio Varella no Fantástico dizendo que sorvete dá sapinho e que carambola, como o carcará, pega, mata e come. A minha questão aqui na Coluna do LAM também tem a ver com o calendário. Meu amigo Alvaro Luiz Fernandes avisou, logo que a Coluna inaugurou, que ao escrever todos os dias eu estava pesando a mão. A alegação dele é que as pessoas não tem tempo para ler tudo o que aparece. Tem razão. Por isso, optei por postar de segunda a domingo, direto. Domingo ainda não engoli, mas as estatísticas da empresa que hospedava a Coluna estatística insistia em informar que há bastante leitores domingo. Ma...

Adeus, política formal!

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Anuncio publicamente que abandonei a política partidária formal. Há três anos, comuniquei a meu saudoso amigo João Sampaio, cujos dois anos de morte serão lembrados no dia 13 de agosto, que estava saindo da militância partidária. João, um irmão, um líder, um orientador a quem devo muito, me disse “siga em frente, vá na onda da sua intuição”. Fui. Fui, sim. Para mim a militância formal perdeu muito mais o sentido quando meu amigo João Sampaio partiu.  Além disso, estava me atrapalhando no plano pessoal. Comecei a militar formalmente em 1978, mas informalmente transpiro política desde o dia em que nasci. E vou continuar transpirando. Vivi grandes momentos como militante formal, conheci pessoas maravilhosas como, por exemplo, Darcy Ribeiro e com o passar do tempo, das brigas naturais, dos bate-bocas quentes, viscerais, que muitas vezes quase acabaram em pancadaria minha paixão pela política foi ganhado mais espaço. Mas, a militância partidária não fazia mais sentido. ...

Um papo sobre meu romance "5 e 15"

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No blog www.5e15lam.blogspot.com estou publicando a nova versão de meu primeiro romance, "5 e 15". A ideia é do amigo e editor Luiz Augusto Erthal, da Nitpress. Compartilhar com os leitores (e co-autores) o texto que estou reescrevendo, fazendo uma versão definitiva deste livro. Dos 22 capítulos que reescrevo, publicarei 18 no blog. Um capítulo a cada terça-feira. Depois, o livro ganhará uma nova edição em papel. Por isso, convido: acesse, leia, opine, compartilhe: www.5e15lam.blogspot.com . Aqui, uma entrevista que concedi ao portal Whiplash em 2006, quando lancei a primeira edição. – Por que o livro se chama 5 e 15? Luiz Antonio Mello – Quando assisti ao filme “Cidade dos Anjos” e vi a personagem da Meg Ryan fazendo cirurgias ao som de Jimi Hendrix , percebi que só os reacionários acham que Rock, Blues, música atonal são “coisas de maluco”. Há alguns anos fiz uma pequena cirurgia e o anestesista perguntou se podia ligar um som no centro cirúrgico e pôs Pink ...

A chuva, o frio, a cidade

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Texto restaurado e reeditado Chuva. Que saudade de você. Quando amanheceu o dia senti suas gotas roçarem em minha janela, a brisa fria, a temperatura despencando de 30 para 20 graus. Chuva. Saí para ir até a padaria na esquina e vi um passarinho bebendo água numa pequena poça d´água. Como me faz bem este cenário. Chuva, quase frio, calma que parece reinar na cidade. Como um filme de Cacá Diegues em câmera lenta. Minha relação com o verão anda meio caótica nos últimos anos. Muito em função do excesso de carros, das praias superlotadas, da euforia coletiva, de uma certa baderna generalizada e, é lógico, o calor quase hediondo. Mas, verão é verão e estamos no inverno, que começou timidamente, como uma espécie de veranico com suas labaredas. Passei da padaria e decidi fazer uma caminhada pelo bairro, apesar de não gostar muito de andar de guarda chuva. A cidade parecia estar deitada numa cama de espuma, repousando. Carros, ônibus, ciclistas, pessoas nas calçadas, os bares re...

QUEM MANIPULA A BANDIDAGEM MASCARADA INFILTRADA NAS MANIFESTAÇÕES DEMOCRÁTICAS? FOTOS DE ONTEM:

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Nas mãos de Deus - dedicado ao grande Michael Hedges (1953-1997) , Téo Elias e Josué Rodrigues

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Texto restaurado e reximado Tempos atrás, estava andando por uma calçada não muito perto de casa quando, na minha frente, a poucos metros, uma mulher pisou em falso e caiu. Ela estava de mão dada com uma criança de, no máximo, quatro anos. As pessoas que estavam por perto, quase que em coro, gritaram “meu Deus!”. Corremos para ajudar. A criança chorou um pouco, um pequeno arranhão no cotovelo, nada demais. A mãe estava muito nervosa. Muito. Achava que a filha poderia ter se machucado, que o temperamento da menina era fechado. Nada aconteceu. A pequena multidão se desfez. O marido da mulher chegou e a levou para dentro de uma farmácia. Antes, agradeceu a todos nós pela ajuda. E de novo, praticamente em coro, ouvi “vá com Deus”. O Senhor está em minha vida até nos atos-reflexos. Sei que muitos, mas muitos leitores desta coluna não acreditam em Deus e não quero, de forma alguma, que pensem que estou tentando forçar uma barra. É que me deu vontade de escrever. Só isso. ...

Eu não conheço o Babalu!

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Texto restaurado e remixado Não conheço nenhum Babalu, apesar de um colega, que encontrei no catamarã, ter insistido em me mandar um “abraço do Babalu”. Sabe aquele sono eventual que bate depois do almoço, você entra num catamarã social vazio e fica ao sabor da brisa? Foi o que planejei naquela tarde. Corta! Encontrei o conhecido na chamada “fila do gado”, aquela que o povão forma para entrar na embarcação. Como ele não lê esse blog, posso afirmar do fundo do coração: o cara é chato pra cacete. Mas, fazer o que? Ele se aproximou, colou em mim e sentou a meu lado. E tome a falar do tal Babalu que, segundo ele, é meu amigo de infância. Mentira porque passei minha infância (três a nove anos) em Angra dos Reis e, de lá, todos os meus amigos se espalharam pelo mundo. Mas eu não estava a fim de discutir, apesar de ser rigoroso com esse papo de “fulano é seu amigo”.  Não é assim.  Muitas vezes já me perguntaram “você conhece Fulano?”, e respondi, com elegância, “não,...

A polícia sabe quem são os bandidos dos arrastões infiltrados nas manifestações. Quando quer a polícia acha e prende

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O governador do Rio singrou pelos mares da paranoia universal ao dizer, textualmente, que a bandidagem que faz arrastões, taca fogo, destrói lojas, patrimônio público, são um braço de movimentos internacionais, acionados pela internet. O governador do Rio pode ser tudo, menos burro. Assistindo ao vivo pela TV (brilhante o trabalho dos colegas da Globonews), quarta a noite, testemunhei a barbárie, a canalhice, a bandidagem das mais chulas de meliantes invadindo lojas, roubando roupas, destruindo lixeiras, orelhões, fazendo barricadas de fogo em plena Ataulfo de Paiva, coração do Leblon. Todos os marginais estavam com os rostos vendados para não serem reconhecidos. Logo, intelectualóides começaram a cacarejar sua anemia conceitual, dando a esse bando de safados um status mais refinado. Ouvi gente dizer que “foi um movimento orquestrado, ensaiado, a serviço de alguém”, diziam alguns “óides” de plantão. Ora, meus senhores, se a polícia prendesse 30 desses marginai...

A eternidade dos Beatles

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Texto restaurado e reeditado Comecei no Jornalismo em 1971. Tinha 16 anos, sabia que uma nuvem negra estava sobre a nação, mas só nas redações dos jornais entendi o que significava o peso de uma ditadura, e como todo foca jamais um chefe de reportagem me mandou cobrir calamidades políticas. Lugar de foca era na redação, telefonando, aprendendo e, no máximo, cobrindo um incêndio, um acidente, o cotidiano do mundo cão. Chegava em casa, tomava um banho, estudava e depois ligava um pequeno toca discos Philips por onde desfilavam, basicamente, Beatles, The Who, The Troggs e Led Zeppelin. Desnecessariamente nessa ordem. Eu achava que os Beatles tinham acabado em 1970, mas só com o passar do tempo percebi que, ao invés de morrer, a banda ingressou no olimpo. Por sua honestidade musical, empenho existencial, ganhou a preciosa chave dos portais da eternidade onde está até hoje e, provavelmente, sempre. Meses atrás peguei uma série de fotos num site que meu amigo Lu...

Led Zeppelin: tento explicar o inexplicável

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Texto restaurado e remixado É impressionante. A edição do programa ‘CAFÉ PARIS”, que dirijo e ancoro com o amigo Luiz Erthal na TV O Flu (canal 12 da operadora SIM e também em www.tvatlantica.com ) precisou cortar um vídeo do Led Zeppelin. Gritaria geral!!! Tanto que vou reprisar o vídeo em breve. Toda a vez que posto um vídeo do Led Zeppelin no Facebook em seguida vem uma chuva de comentários. Não importa a época, seja 1969 na Dinamarca ou 1979 na Inglaterra, quando em agosto, após quatro anos foras dos palcos, Page, Plant Jones e Bonham explodiam o festival de Knebworth, na Inglaterra. Em dezembro do ano seguinte, com a morte de Bonham, a banda saiu de cena. Mas, como os Beatles, Led Zeppelin tem a magia da eternidade, como outros gigantes da arte. O gozado dessa história é que, por exemplo, Robert Plant gravou vários discos sem o Zep, e, vamos ser francos, não aconteceu. Composições fracas, discos ruins. O mesmo aconteceu com o grande branco de alma negra Jimmy Page, ...

Meu romance "5 e 15" está ganhando uma nova versão.

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Leia 5e15 em www.5e15lam.blogspot.com Curta 5e15 em  www.5e15lam.blogspot.com Acompanhe a escrita de 5e15 em  www.5e15lam.blogspot.com Toda semana um gigacapítulo do novo 5e15 em  www.5e15lam.blogspot.com Conto com a sua leitura, o seu impactop, a sua opinião! Seja co-autor do novo 5e15 acessando e opinando:  www.5e15lam.blogspot.com 

Lenda? O dia em que Tim Maia peitou Castor de Andrade, mas acabou enfiando o rabo entre as pernas

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Texto restaurado e reeditado É fato ou boato? Lembro que essa história (ou estória?) saiu publicada na revista “Status”, nos anos 80. Uma das netas do lendário bicheiro e dono do Bangu Atlético Clube, Castor de Andrade, fez 15 anos e pediu de presente ao avô um show de Tim Maia. Isso mesmo. A garota era louca pelo Tim e vê-lo em sua festança de 15 anos seria a materialização de um sonho de anos, anos, anos. Castor mandou seus assessores procurarem o empresário do Tim. Localizaram, se reuniram, Castor pagou metade do que foi combinado (a outra metade ficou para o final do show) e ficou tudo certo. O avô, orgulhoso, disse a neta que ela teria o desejado presente: Tim Maia cantando em seu 15º aniversário. No dia da festa, Bangu acordou cedo. O bairro que se orgulha do slogan “40 graus à sombra” estava no maior alvoroço. As 5 da tarde, Castor despachou seus dois assessores, de terno completo preto, para fazerem plantão na porta da casa de Tim Maia e, mais tarde, levá-lo d...

A tecnologia só não matou a culpa, palavrinha miserável

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Antes de mais nada quero deixar claro que sou amante da tecnologia. O que pretendo é escrever sobre os excessos. Todos os anos a operadora de celular de onde sou cliente desde meados dos anos 90 libera uma quantidade de pontos que dão direito a troca por um aparelho novo. E, todos os anos, sem exceção, vou a loja trocar e fico totalmente perdido com os novos modelos que são apresentados. Mesmo de boa vontade, os vendedores dão explicações partindo do princípio que já conhecemos tudo. É natural que, meio constrangidos, acabemos não fazendo perguntas cruciais cujas respostas vamos tentar achar nos manuais, que são escritos em dialeto incompreensível. No caso dos celulares e computadores a velocidade da evolução é quase enlouquecedora. Em fins de abril do ano passado peguei um celular revolucionário e, no mês retrasado, quando fui trocar meus pontos por um novo aparelho, saí com outro mais revolucionário  ainda, cujos mistérios tendo desvendar no Google. Não dá para fugir...

Espíritos de porco enchem a internet de vírus

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Texto restaurado e reeditado De onde surgiu a expressão espírito de porco? No portal Terra há uma explicação: no período da escravidão nenhum dos escravos queria ter a tarefa de matar os porcos nas fazendas. Nessa época havia uma crença de que o espírito do porco ficava no corpo de quem o matava e o atormentava pelo resto de seus dias. Então, diz-se que quem comete crueldades está tomado por esse 'espírito malévolo'. A explicação está no livro “O bode expiatório”, do professor Ari Riboldi. Meses atrás fui atacado mais uma vez por um poderoso vírus. Foi na página do Facebook. O cracker responsável postou a isca no meu mural: “Luiz Antonio Mello estará presente em Saiba quem visitou seu perfil no Facebook. Visite http://machine-audimax.com.br/modules/mod_acepolls/facebook4.htm .” Quem clicou no link teve a senha do Facebook (e outras) levada pelo cracker.  O que fiz? Fui no mural e postei um grande aviso dizendo “não clique no link.” Espero que ninguém tenha caíd...

Ciúme

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Sofrer por ciúme é besteira. Se ele não se justifica, você estará sofrendo à toa. Se ele se justifica, você já dançou. (Sérgio Augusto) Como ciumento sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciúme machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum. (Roland Barthes) O ciúme é um latido que atrai cães. (Karl Kraus)   Os homens amam através do ciúme; mas as mulheres são ciumentas do amor. (Emanuel Wertheimer) A língua do ciumento devasta tudo o que toca. (Jean Massillon) O ciúme nunca está isento de certa espécie de inveja, e frequentemente se confundem essas duas paixões. (Jean de La Bruyère) As mulheres bonitas não têm que ter ciúmes dos seus maridos. Estão demasiado ocupadas com os ciúmes que têm dos maridos de outras mulheres. (Oscar Wilde) O vinho transforma a indiferença em amor, o amor em ciúme e o ciúme em loucura. (Jo...