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Mostrando postagens de maio, 2015

Figuraça de hoje: Jim Marshall, o inventor do megafone do rock

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    Jim Marshall     Parede de Marshalls     Jimi Hendrix          Eric Clapton     Jimmy Page James Charles "Jim" Marshall (29 de julho de 1923 - 5 de abril de 2012) conhecido como o “pai do volume” ou “senhor da pauleira” foi um empresário inglês e pioneiro da amplificação de guitarra. Sua empresa, a Marshall Amplification, criou os equipamentos que são usados por alguns dos maiores nomes do música rock, transformando os amps em ícones do rock and roll. Entre os músicos que usaram (e usam) Marshall a vida toda estão Jimi Hendrix, Jimmy Page, Eric Clapton, Ritchie Blackmore, entre muitos outros. Em 2003, Jim Marshall foi premiado pelo governo inglês pelos "serviços a indústria da música e à caridade ". Ele é considerado um dos pais de equipamentos de rock, juntamente com Leo Fender e Les Paul . Em 1960, Marshall era dono de uma loja de música em Hanwell, oeste de Londres, que vendia bateria ...

Exposição internacional sobre Jimi Hendrix vai pousar em São Paulo

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A exposição "Hear my Train a Comin: Hendrix Hits London", dedicada ao guitarrista Jimi Hendrix, chegará a São Paulo em 10 de junho, no shopping JK Iguatemi. São cerca de 140 peças da coleção do Experience Music Project Museum, de Seattle (EUA). Entre elas guitarras, roupas e cartazes de shows. Está tudo muito bom, está tudo muito bem mas a exposição só aborda os anos 1966 e 1967, quando Hendrix se tornou uma lenda em Londres para onde foi levado pelo baixista do The Animals, Chas Chandler, que tornou-se produtor e tutor do músico. Mesmo assim é ótima e vale uma ida a Sampa para conferir. A curadoria da exposição é de Jacob McMurray. A meia-irmã do músico, Janie Hendrix, diz que também é curadora. Não sei, no site oficial de McMurray (www.jacobmcmurray.com/Hendrix-Hits-London www.jacobmcmurray.com/Hendrix-Hits-London ) o nome dela sequer aparece. Sei que quando o guitarrista morreu ela tinha apenas 9 anos e, muito esperta, ótimo f...

A lua ainda é dos poetas, mas o mundo não esquecerá de Neil Armstrong

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A lua jamais deixará de ser a musa encantada dos poetas, mesmo depois que Neil Armstrong desceu do módulo lunar da missão Apolo 11 em 20 de julho de 1969 e marcou o solo lunar com sua bota prateada. 1969 foi um ano de muitas mudanças, entre elas o maior protesto contra a guerra do Vietnã reunindo meio milhão de pessoas (90% jovens) em Woodstock, no mês seguinte. Esse ano foi tão significativo que, inspirado nele, Paul Auster escreveu o magistral “Palácio da Lua”, livro que devorei em dias noites. Sempre fui um apaixonado pelo céu e os astrólogos dizem ser uma característica de meu signo. Lembro bem do dia em que o homem pisou na lua. Tinha 14 anos e morava na rua Alvares de Azevedo em Icarai (Niterói), onde o nosso bando tinha o hábito de jogar taco (uma espécie de baseball tupiniquim) no meio da rua. Atento a propaganda sobre a hora em que Armstrong pisaria na lua, fui cedo para casa para assistir pela TV. Acho que não foi uma transmissão ao vivo, mas sei que a narração era de ...

A importância visceral de Nova Friburgo

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Ontem estava conversando com uma amiga sobre cidades serranas. Tudo começou quando ela entrou no Message do Facebook comentando o texto “Meu Afeto não se Encerra” que publiquei essa semana aqui na Coluna ( http://www.colunadolam.blogspot.com.br/2015/05/o-meu-afeto-nao-se-encerra.html)  . Foi quando lembrei que, afetivamente falando, Nova Friburgo teve uma importância crucial em minha evolução afetiva. Nos anos 1980 me senti tão íntimo da cidade serrana que também comecei a chama-la apenas de Friburgo, abolindo o Nova, como fazem os locais que vivem lá e as pessoas que há anos curtem a cidade. Também para mim os anos 80 foram cruciais, muita coisa aconteceu nos terrenos afetivo, profissional, existencial, transcendental, uma década de decisões (muitas) e indecisões (várias), que surfei na medida do possível. As trilhas de Friburgo, em especial de Macaé de Cima (Gaudinópolis, Lumiar, São Pedro, Rio Bonito de Cima) testemunharam momentos meus de total entrega e devoção aos ...

A verdade sobre a luta armada no Brasil, ou, a ditadura chegou a proibir que as rádios falassem em epidemia de meningite

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O candidato a vice na chapa de Aécio Neves a presidente foi um homem importante na luta armada no Brasil. Aloysio Nunes Ferreira, preso várias vezes mas nunca torturado, avalia hoje que a opção pelas armas foi um erro da oposição brasileira. Um tema que mexe com os nervos, becos, artérias do inconsciente coletivo nacional. Desde que foi criada a Comissão da Verdade tenho recebido correntes com e-mails enaltecendo o golpe de 1964, os algozes como alternativa moral para o país, detonando quem se engajou na luta armada que, nessas mensagens, são tratados como bandidos, ladrões, assassinos. Como se na ditadura vivêssemos numa Shangri-la tropical. Entendo a revolta das pessoas (minha, inclusive) contra aqueles que se dão bem graças a vitimologia. Gente que ganha milhares de reais por mês de indenização, sem terem tocado num pedaço de pau nos anos de chumbo. Também é justificável o desprezo coletivo (meu também) com ex-guerrilheiros que quando chegaram ao poder caíram de boca no d...

Sonhando com “Starship Trooper”, do Yes, tocando numa praça em Teresópolis

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                          Texto restaurado e remixado Sonhei que era 1973 e eu ouvia/via, na primeira fila, o Yes tocando a magistral “Starship Trooper”, no alto da nossa pedra de fé fincava na praça Ginda Bloch, Teresópolis, caminho para a Cascata dos Amores. Acordei cedo com a música na cabeça e enquanto tomava café lembrei de alguns momentos do Yes na minha vida e da minha vida no Yes. Em janeiro de 1985, Rock in Rio I, convidado por André Midani, fui almoçar com o grupo no hotel Marina, em Ipanema. Não só o Yes, mas boa parte dos artistas da Warner (gravadora que o André presidiu) que participou do festival. Fiz questão de cumprimentar Chris Squire, meu baixista-herói, tão importante como músico como Paul McCartney e John Entwistle. Afinal, como Macca e Entwistle, Squire tirou o contrabaixo da cozinha e colocou no salão principal da Música, transformando numa espécie de segunda guitarra. Por falar e...

O meu afeto não se encerra

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Passei o dia resolvendo assuntos diretamente ligados a meu afeto profundo. Muito profundo, abissal. A cada lugar que fui, lembranças, muitas lembranças e um sentimento bem mais poderoso do que a saudade. É quando sentimos falta, muita falta, de pessoas e momentos que se eternizam no afeto profundo, lá embaixo, no abissal e mistérios inconsciente. Óbvio, ninguém é igual. O ser humano é diferente até dele mesmo já que a coerência radical, prima bem próxima da teimosia, é eventualmente burra. Por isso, por essa livre e saudável ausência de isonomia afetiva, cada humano tem com o afeto uma relação distinta. Com o afeto profundo, essas diferenças se abrem como grandes abismos e muita gente sente dificuldade de lidar com ausências. Pessoas que acham que o choro é fraqueza, que o lamento é covardia dispensável, que o “estado blues” que nos acomete tem que ser massacrado, assassinado, deletado, arquivado, atirado no lixo, em nome de uma suposta superioridade existencial. Dizem que o...

André Midani, um predestinado que mantém um pacto com o sucesso

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                                                                                                                                                                                                                                                                                        ...

Quando você diz que conhece alguém torna-se seu fiador moral

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Texto restaurado e remixado O cara é invejoso, rancoroso, provinciano, arrivista e, dizem todas as línguas, as más inclusive, é um caloteiro, desses que não pagam a ninguém na maior cara de pau. Aí chega alguém e pergunta se você conhece o tal meliante. Você já o viu e até conversou com ele algumas vezes, mas por força de expressão acaba dizendo que “conheço sim”. Ferrou! Sem querer, virou avalista de um canalha. Melhor seria dizer, apenas, que “conheço de vista”, mas os hábitos da fala as vezes nos metem em roubada. Por uma questão cultural dizemos que “conheço” a quem vimos algumas vezes. Pior: em muitos casos estabelecemos relações pessoais e profissionais com pessoas que não conhecemos sem tomar o cuidado de pedir referências a terceiros. Os ingleses tem esse hábito. Só fazem negócios ou se relacionam com pessoas quando três, quatro ou cinco amigos de confiança confirmam que a tal pessoa é do bem, honesta e tudo mais. Por exemplo: não conheço nenhum Babalu, apesar de...

A eternidade dos Beatles se mantém intocada

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Lendo sobre o 45º. aniversário do álbum Let it Be, dos Beatles, acabei mexendo nas gavetas da memória. Comecei no Jornalismo em 1971. Tinha 16 anos, sabia que uma nuvem negra estava sobre a nação, mas só nas redações dos jornais entendi o que significava o peso de uma ditadura e como todo foca jamais um chefe de reportagem me mandou cobrir calamidades políticas. Lugar de foca era na redação, telefonando, aprendendo e, no máximo, cobrindo um princípio de incêndio, um pequeno acidente, o cotidiano. Chegava em casa, tomava um banho, estudava e depois ligava um pequeno toca discos Philips por onde desfilavam, basicamente, Beatles, The Who, The Troggs e Led Zeppelin. Desnecessariamente nessa ordem. Eu achava que os Beatles tinham acabado em 1970, mas só com o passar do tempo percebi que, em vez de morrer, a banda ingressou no olimpo. Por sua honestidade musical, empenho existencial, ganhou a preciosa chave dos portais da eternidade onde está até hoje e, provavelmente, ficará sempre. ...

Sorria, você está trabalhando de graça

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Virou moda. Além de abrirem espaço para cantores-colunistas, de qualidade para lá de discutível, muitos meios de comunicação estão transformando a vaidade de seus leitores em trabalho gratuito e eventualmente sujo.  Você entra no site do jornal e está lá “seja um repórter, envie sua foto ou vídeo via Whatsapp para cá. Clique aqui”. Só não escrevem “clique aqui babaca porque assim você estará fazendo o serviço sujo (dirty job in english) trabalhando de graça e ocupando o lugar de um profissional da imprensa, entendeu fadinha?” Não é só o bancário que está em extinção. O jornalista também. Por falar em repórter, já que o programa é chato pra caceta não custa dar uma de chato. Repórter não é profissão, é função. Profissão é jornalista, função repórter, logo o programa Profissão Repórter além de chato foi batizado por um analfamídia digamos assim. Quando cai um temporal você pega sua câmera digital e click click click entra no Whatsapp e manda para um jornal, para uma revist...

A dor de querer saber compensa muito mais do que a dormência da ignorância

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Elas começam a chegar. As massas polares que frequentam o outono e o inverno no Brasil trazem o azul mais profundo do céu infinito, realçam o verde das árvores e nos convida a visitar a oca de nossas reflexões. Mesmo os chamados antireflexivos, sem saber, refletem sim. Ou, na pior das hipóteses, contemplam a vida com um olhar levemente crítico do tipo “o que é que estou fazendo neste filme?”. Sou do time cujas reflexões são profundas e, muitas vezes, se tornam crises existenciais. Como o mar de marolas que vai engrossando, engrossando e de repente vira trazendo as ressacas. Ressacas, irmãs do inverno, das pedras e conchas geladas, vento soprando de leste. Alguém disse que viver é fundamental. Refletir, idem. Em muitos momentos meus pensamentos mergulham em trilhas muito duras e sofridas, mas, graças à luz do outono/inverno, chegam a alguma conclusão saudável. Outono e inverno parecem jogar a nosso favor. Não, não tenho nada contra a primavera e o verão, mas penso que o calor...