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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

E-mails mal escritos

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Há tempos a colega Cora Ronai, do Globo, uma das maiores autoridades em informática que conheço escreveu que os e-mails estão entrando em extinção. Segundo ela, as pessoas estão optando pelo uso de outras ferramentas mais ágeis como o whatsapp e as mensagens reservadas (inbox) no Facebook. Mas, enquanto isso, segue a barbárie. Um amigo tem horror as chamadas novas tecnologias. Ele é um sujeito de opiniões fortes e sempre muito bem humoradas. Como exemplo desse seu horror ao que chama de “maquininhas” está um fato curioso. Ano passado ele participava de uma reunião, mesa grande, várias pessoas e percebeu que duas delas não paravam de mexer em seus celulares. A reunião acabou e ele, curioso, perguntou o que as duas estavam fazendo. “Estavam trocando mensagens pelos smartphones, ali, um de frente para o outro”, conta ele entre fulo da vida e achando graça. “Por que não esperaram a reunião acabar e foram bater um papo ao vivo?”, pergunta.  ...

Ex- Genesis Steve Hackett no Teatro Municipal de Niterói em março

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O guitarrista Steve Hackett, que tocou no Genesis de 1970 a 1977, vai se apresentar no Teatro Municipal de Niterói sábado, 24 de março, as 20 horas. Os ingressos já estão disponíveis no Ingresso Rápido (basta clicar neste link: https://www.ingressorapido.com.br/venda/?id=5501#!/tickets    ou na bilheteria do Teatro. Mais informações, telefone 2620-1624. Steve Hackett é um dos maiores e melhores guitarristas do mundo. É dele a invenção do tapping, uma técnica que faz com os dedos da mão direita e direita toquem percussão no cabo da guitarra. Eddie Van Halen ouviu, aprendeu e passou a usar abrindo a porteira para dezenas de outros guitarristas. Hackett é músico de rock mas tem formação clássica em violão. Lançou álbuns autorais de música clássica com enorme aclamação do público e da crítica. Ele foi uma peça chave no encontro do rock com a música clássica, um dos estilos do rock progressivo. Nesse show a base do repertório são músicas do Genesis, grupo progre...

Fiador existencial

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O cara é baba-ovo, invejoso, rancoroso, arrivista e desses que não pagam a ninguém na maior cara de pau. Aí chega alguém e pergunta se você conhece o tal meliante. Você já o viu e até conversou com ele algumas vezes, mas por força de expressão acaba dizendo que “conheço sim”. Ferrou! Sem querer, virou avalista de um canalha. Melhor seria dizer, apenas, que “conheço de vista”, mas os hábitos da fala as vezes nos metem em roubada. Por ato reflexo dizemos que “conheço” quem vimos algumas vezes. Pior: em muitos casos estabelecemos relações pessoais e profissionais com pessoas que não conhecemos sem tomar o cuidado de pedir referências a terceiros. Ingleses e japoneses tem esse hábito. Só fazem negócios ou se relacionam com pessoas quando três, quatro ou cinco pessoas de confiança confirmam que a tal pessoa é do bem, honesta e tudo mais. Por exemplo: não conheço nenhum Babalu, apesar de um colega, que encontrei no catamarã, ter insistido em me mandar um “abraço do Babalu”. Sabe ...

Feliz Aniversário no Facebook

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Sempre gostei do Facebook que acho (opinião não é palavrão) a melhor rede social. Domingo foi meu aniversário e fiquei comovido com a qualidade (e quantidade) de pessoas desejando saúde, sucesso, felicidade. Muito obrigado! O negativista pode dizer “ah, mas isso é assim mesmo”, no que discordo. Só o fato da pessoa entrar na minha página e curtir já me faz muito bem. Pena que o Facebook tenha feito mudanças e até hoje não consegui achar todas as pessoas que desejaram Feliz Aniversário ou deram a sua curtida para que eu possa agradecer. Entrei no FB em 2011 e de lá para cá reencontrei amigos da adolescência, muitos de jornais, rádios e revistas por onde passei, alguns da faculdade, ex vizinhos, etc. Marcamos encontros, trocamos ideias, falamos do ir e vir de nossas vidas, nos emocionamos e, penso, que antes dessa ferramenta era bem mais complicado ou impossível encontrar quem já encontrei. Sei que lá naquele “planeta” volta e meia reina a pancadaria, em geral por cau...

Jornalismo no século 21 (não uso romanos)

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Apaixonado pelo jornalismo que me sequestrou da medicina lá nos tempos do vestibular, procuro acompanhar o movimento dos barcos. Foi com um giga prazer que hoje dei de cara com o colega de muitas trincheiras, Joaquim Ferreira dos Santos, reassumindo a nobre última página do Segundo Caderno do Globo, dentro da ótima reformulação que está em andamento no maior jornal do país. Joaquim é sniper de primeira grandeza e já entra com o pé na porta assinando “O papo aqui é outro”. Exibindo o seu texto de proporções nucleares que o reafirma como o melhor cronista brasileiro, que já deveria ser um imortal da Academia Brasileira de Letras. Nesse século nublado, banhado de antagonismos, desafios e enigmas, definitivamente não há mais lugar para amador. Em outras palavras, não dá para caçar borboletas na Síria. Assim como todos os grandes jornais que se reformulam diariamente, O Globo começa a mexer no Segundo Caderno, subindo o nível de um suplemento que nasceu para fazer frente...

Não gostar e achar ruim em tempos de Idade Mídia

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A primeira página do Segundo Caderno do Globo deste sábado traz uma matéria que, apesar do título ridículo (“Provo Canção” – a música que sai das ruas para a berlinda) pretende colocar na mesa (?) a discussão do valor artístico, ou não, de celebridades instantâneas como Jojo Todynho, Pablo Vittar e similares. Todynho, aliás, é a foto da capa. Há um abismo quase intransponível entre a música ruim e a música que não gostamos. Não gostar é um direito, achar ruim também, mas o direito maior é de poder e ouvir e não ouvir. Ouvi a Jojo Todynho (que tenta se afirmar como Maronttinni ) e achei muito ruim, apesar dos mais de 130 milhões de cliques em sua página no You Tube, que em se tratando de tempos quantitativos é um ótimo número. A música se chama “Que Tiro foi esse” e no refrão traz: “Que tiro foi esse, viado? Que tiro foi esse que tá um arraso?! Que tiro foi esse, viado? Que tiro foi esse que tá um arraso?! Samba Na cara da inimiga Vai, samba Desfila...

Intervenção estilo “Leão da Metro” é para salvar os políticos na eleição de outubro

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A expressão intervenção federal é forte, conduz a moralidade, ao “agora está tudo resolvido”. No entanto, os políticos que decretaram a tal intervenção da área de segurança do estado do Rio não pensaram na população, nos danos patrimoniais, no naufrágio da economia fluminense. Pensaram apenas na eleição de outubro, quando vão lutar para ser reeleitos. Por que? Porque são políticos. Sabem que é uma intervenção cenográfica, estilo “leão da Metro”, aquele que ruge na tela mas não morde ninguém. Vai ser mais um show, mais uma ação cenográfica manipulando o Exército,   força sucateadas pelo pela célebre dobradinha PT/PMDB. Um grande interessado é o presidente da C âmara e vice-presidente da República Rodrigo Maia, eleito pelo Rio e que tem pretensões de se candidatar a governador do RJ. O governo pemedebista que nasceu da dobradinha PT/PMDB pensou em fazer uma intervenção geral do Estado do Rio, não apenas na área de segurança, mas de novo prevaleceu a autopreservação po...

Enquete: as FMs mais ouvidas

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Domingo postei uma enquete no Facebook perguntando quais as FMs que as pessoas que estão na minha página ouvem mais. Fiquei surpreso com a quantidade de participações, principalmente em se tratando de feriadão. Lembro que a enquete não tem valor científico (não é uma pesquisa) mas dá para sentir o gosto das pessoas que frequentam a página. Agradeço a participação de todos, lembrando que apesar de novos votos não estarem valendo a enquete continua no Facebook para tirar dúvidas: A Rádio JB FM, do Rio, venceu. Confira o resultado: 1 – JB FM (Rio) 2 – Bandnews (rede) 3 – Antena 1 (Rio e São Paulo) 4 – CBN (rede) 5 -   MEC (Rio) 6 – Paradiso (Rio) 7 – Alpha (Rede) 8 – Kiss (São Paulo) e Tupi FM (Rio) 9 - 94 FM (ex- Roquette Pinto, Rio) 10 - Oceânica FM (Niterói) 11 – Nacional (Brasília) 12 – 93 FM Emissoras com um voto: Mundo Livre FM (Curitiba) USP FM Globo FM de Caruaru (PE) Rádio Cidade (Juiz de Fo...

É urgente o controle da natalidade

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Explodiu. A tão prevista (lá nos anos 1970) guerra civil explodiu no Rio e em outras metrópoles. A corrupção aliou-se a explosão demográfica, insana e descontrolável, e a criminalidade assumiu o controle do Estado. Nem durante a epidemia da zika, que entre outros males causa microcefalia em recém-nascidos, o governo falou em controle da natalidade. Seria muita ousadia confrontar a indústria da miséria que vive do inchaço social, indústria que envolve maus políticos, maus religiosos, corruptos de todos os naipes. Por trás do descontrole da natalidade muita gente ganha mais dinheiro e poder. Para piorar, comendo sardinha e arrotando caviar, o Brasil abre os portões para venezuelanos que, em bandos de 12 mil ao mês, chegam ao norte do Brasil (o governo vai espalhar pelo país e vai sobrar até para São Paulo). Seriam mais de 50 mil, disputando comida, saúde, educação, emprego com brasileiros também pobres. Mais policiais e tome mais violência. Mais médicos, ma...

Bonzinho é o cacete!

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Em seu “Diário de Viagem”, o filósofo Albert Camus conta que quando esteve no Rio, em 1949, ciceroneado pelo grande Abdias Nascimento, pediu para conhecer um centro de umbanda. Era agosto, um agosto mais para verão do que para inverno. Abdias providenciou um táxi e foram, ele e Camus, em direção da Baixada Fluminense onde ficava o centro. Só que, no caminho, nas imediações da Praça da Bandeira, um caminhão atropelou e matou um homem. Os dois viram tudo. Antes da ambulância, da polícia e dos bombeiros, um Camus boquiaberto viu chegar um grupo de pessoas que levantava o rosto do atropelado, para...ver. Horrorizado ele conta ainda que em seguida, “surgidos do nada”, pedaços de jornal e velas. O corpo foi coberto, as velas acesas e as pessoas ficaram em volta. De vez em quando um ia lá e levantava o jornal para ver a cara do morto. Camus não entendeu nada e Abdias não quis dizer que tratava-se, mais uma vez, de uma manifestação da nossa morbidez. A espécie humana é perversa...

Por que Mark Knopfler ainda não ganhou um Oscar?

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Estou ouvindo “Altamira”, vigésimo álbum de Mark Knopfler, escocês 68 anos, criador do Dire Straits, que tem como diferencial um traço raro. Nunca fez um trabalho razoável. São todos, absolutamente todos, bons ou excelentes. Com ou sem o Dire Straits. Apaixonado pelo Cinema, é dele trilha sonora de um filme magistral e muito simples chamado “Local Hero”, de Bill Forsith com Burt Lancaster, que lamentavelmente passou batido pelos cinemas brasileiros. Motivo: o filme foi (des) qualificado como anticomercial. Mas se você é assinante de um bom canal de streaming (Netflix, Now, Apple TV, etc) ou de uma ótima (e rara) com certeza vai achar “Local Hero”, que no Brasil chamou-se “Momento Inesquecível”. Significa que se você pedir “Local Hero”, provavelmente vão responder “não tem”. Ou seja, você vai ter que pedir “Momento Inesquecível”, da mesma forma que Blow Up de Michelangelo Antonioni foi lançado no Brasil como “Depois ...

O voo crítico

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Desculpe os garranchos. Você sabe que não escrevo a caneta há mais de 20 anos. Está escuro ainda. Você e nossas crianças dormem. Ontem, na cama, vi seus olhos muito negros levemente marejados, fitando meu rosto. Destilavam uma dose de tensão, certamente porque hoje, mais uma vez, farei um voo crítico. Eu ia começar a explicar o inexplicável mas você pôs o dedo indicador em meus lábios. Não queria ouvir nada sobre voos críticos. Eu também não queria falar nada sobre voos críticos, mas fique certa de que não existe voo militar em missão que não seja muito crítico. Não minto, não omito. Seus dedos estavam frios como na segunda noite que saímos, anos atrás. Você pegou na minha mão para atravessarmos uma tórrida avenida de Manhattan no auge do calor. Senti o seu suor. Depois, meio sem jeito, ensaiou me explicar porque de vez em quando gelava ao atravessar uma avenida movimentada. Eu disse que você não precisa me explicar nada. Só precisa sentir sem receios. ...

"Ruaterapia"

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Não acredito que o carnaval (prefiro com c minúsculo) seja um estado de espírito. Se fosse, o Estado do Rio todo passaria a chamada “folia de Momo” debaixo da cama já que, como todo mundo sabe (e os desgovernos fingem que não) estamos numa guerra civil descontrolada. Com que estado de espírito iríamos para a rua fantasiados para mergulhar na alegria? O carnaval é uma decisão. Claro que há os que não gostam, os que tem ojeriza, horror, mas por mais que as ruas estejam sitiadas romper o medo, a fobia, a estagnação é mais do que necessário. O bom dos blocos é que, em geral, as pessoas vão quase “blindadas” com amigos, colegas, conhecidos, praticando a melhor das terapias (chamo de “ruaterapia”) que é peitar (sem confrontar) a lógica do cagaço e viver o tempo que resta para cada um com o mínimo de alegria. Por mais que haja bombas, terrorismo, caos, os meninos do Afeganistão continuam soltando pipas (cafifa em Niterói, papagaio em São Paulo), as feiras continuam funcionando...

Amor

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                                                            Lovers, de René Magritte Como seria viver sem amor, atravessar o deserto existencial sem um copo d'água, uma brisa, um sopro? Como seria viver sem jamais ter sentido o amor? Amor nutrido na paixão. “On The Road”, filme de Walter Salles baseado no clássico beat de Jack Kerouac é um ácido filme de amor sim, por que não? Desde que li “On The Road” em três momentos especiais de minha vida, senti a presença do amor da primeira à última página. O amor caos, o amor clamado, implorado, quase ausente. Amor desespero, amor sublime, amor angústia, amor proibido, amor rastejante, amor anfetamina, amor álcool, amor heroína, amor, amor, amor. Nem sei se Kerouac soube que escreveu tão bem sobre o amor. Já definiram “Django Livre”, de Tarantino, como um filme de amor, especialment...