A felicidade é um vácuo de paz entre uma batalha e outra
Depois de alguns anos resolvi usar a conta no Instagram
onde posto fotos, quadros, esculturas. Não é privado, entra qualquer um, é só
ir na lupa da busca e digitar @luiizantoniomello . Luiz com dois i.
Ontem postei uma bela foto feita no Paquistão e hoje uma
belíssima feita nas montanhas do Afeganistão. Me perguntaram qual o vínculo
político ou afetivo que mantenho com aquela região já que sempre me refiro a
ela com escancarado orgulho. Minha resposta é muito objetiva e transparente:
não sei.
Mas discordo da política e abomino o islamismo.
Era assim com o Vietnã e creio que há um ponto em comum
com esses dois povos: coragem e nacionalismo. Mesmo perdendo mais de um milhão
de pessoas, o Vietnã derrotou os Estados Unidos na virada de 1960 para 1970
porque acreditava em seus objetivo: unificar o país. Os americanos perderam porque
não tinham objetivo nenhum e a guerra não era deles. Para não varar.
O Afeganistão foi invadido pela extinta o União Soviética,
em 1979. Depois de dez anos de guerra, os afegãos deram um humilhante pé na
bunda da segunda nação mais poderosa do planeta, usando armas primitivas,
sabres, punhais, facões (e também fuzis sucateados) mas movidos pelo nacionalismo e indignação. O lado ruim é que dessa vitória
nasceu o Talibã, grupo radical que decidiu tomar e poder através do terror. Não
conseguiu. Nem vai conseguir.
Mais tarde descobri o escritor Khaled Hosseini que despejou todo o seu amor nacionalista lírico em dois
grandes livros, “O Caçador de Pipas” e “Cidade do Sol”, que imediatamente me
arrebataram. Lerei o recém lançado “O
Silêncio das Montanhas”.
Enfim, são vários os fatores que me ligam aquela região,
em especial o Afeganistão. Todos eles subjetivos, nascidos da admiração. Um
povo que já perdeu muito, mas não foi derrotado. Um povo que jamais fala mal do
país com estrangeiros. Jamais. Infelizmente não é o que acontece por aqui. No
Brasil muitas vezes as pessoas se sentem derrotadas sem perder.
Concluo, 1 – esse meu amor pelo Afeganistão vai me levar
para lá, uma viagem que quero muito fazer; 2 – que a covardia é o maior dos
males, seja individual ou coletiva; 3- a felicidade é um transe de paz entre
uma batalha e outra.
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