Eutanásia Cósmica
Há uns anos, li num
site de quinquilharias semi inúteis que os americanos estavam inscrevendo, na
surdina, candidatos a voos de ida sem volta a Marte.
O site dizia que
várias pessoas tinham feito inscrições. Teriam assinado uma papelada gigantesca
com autorizações, consentimentos, termos de isenção de responsabilidade, etc. Receberiam
uma dinheirama que ficaria para pessoas, instituições, cachorros e similares indicados
pelos viajantes.
A espécie humana ainda
não consegue ir e voltar a Marte.
Morre no caminho.
Significa que os supostos
inscritos estariam cometendo uma espécie de eutanásia cósmica, suicídio
espacial ou coisa parecida.
Não vou alimentar a
pancadaria, mas quem não pede para nascer no mínimo tem o direito de escolher a
hora e como morrer.
O mundo está a cara da
década de 30, aquele barril de éter, enxofre e pólvora que defenestrou a
beleza, a sensualidade, a libertinagem, a democracia dos anos 20.
No Brasil, estado novo
(com letras minúsculas), nazismo tropical (integralistas), a ditadura assassina
de Vargas (o doce genocida) e seu carrasco de estimação, Filinto Müller.
Lá fora, a histeria popular
empoderou Mussolini, Hitler, Franco (Espanha), Salazar (Portugal), Perón
(Argentina), uma cordilheira de déspotas que enterraram o planeta em trevas.
A Segunda Guerra incinerou Mussolini (fatiado pelo povo no meio da rua e pendurado de cabeça para baixo com gancho de açougue).
Apavorado, com medo que acontecesse o mesmo com ele, Hitler se matou.
Com ele beberam cianeto a mulher Eva Braun, Joseph Goebbels e
outros da suinaria.
O pós guerra foi de
alívio em todo o mundo. Baby boom e o escambau.
Anos 1950, 60, 70, 80,
90.
Anos 2000.
A treva volta.
É proibido permitir.
Devastação do planta,
caos climático.
Putin na Rússia, neointegralismo
no Brasil, neonazismo na Europa...
Entrar num foguete de
ida sem volta faz sentido.
Ou não?
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