O exército do fundamentalismo religioso no Brasil

As igrejas sérias (claro que elas existem e são muitas) acabam pagando uma conta que não é delas.


O exército do fundamentalismo religioso, que se diz evangélico, tomou conta de todas as mídias. Incontáveis emissoras de rádios e TVs alugadas para “igrejas” entre aspas que vendem milagres e arrastam a massa para o beija mão de políticos. Milícia tão poderosa que passa por cima da Lei.

Segundo a Lei, concessões de canais de rádios e TVs não podem ser alugadas, mas a farra tomou conta. O aluguel de uma FM custa, para o dono da concessão (Rio e São Paulo) de uma FM algo em torno de 400 mil reais por mês. O proprietário não gasta nada, não contrata ninguém, ele apenas aluga uma concessão pública e ouve o tilintar da grana caindo em sua conta bancária todo mês. Algo como se concessionários alugasse estradas, praças, túneis, viadutos para terceiros.

Daria para acabar com a baderna, mas muitos habitantes do Congresso Nacional  tem suas emissoras, só que em nome de terceiros e, além disso, comem na mão dos bispos com b minúsculo e similares. A chamada “bancada evangélica” não para de inchar e avançar com uma absurda e desmedida fome de poder. O aiatolá bispo Macedo, dono da igreja Universal e da TV Record, já disse que o seu negócio é pegar a presidência da República.

Não há ética, não há fé genuína, não há honestidade. Há negociata, jogatina, tráfico de influência. As igrejas sérias (claro que elas existem e são muitas) acabam pagando uma conta que não é delas.

Uma amostra do poder dessa máfia foi a eleição deste ano e a de vários prefeitos em 2016 ligados ao esquema que já governam dezenas de cidades brasileiras, culminando com o escárnio que foi a vitória do bispo licenciado da igreja universal, Marcelo Crivella, que assumiu a Prefeitura do Rio e em um ano e meio destruiu tudo, de hospitais a pistas de skate. Ontem ele anunciou que vai concorrer a reeleição daqui a dois anos. Um fenômeno que mostra o poder da universal, que reúne milhões de fiéis comandados pela bisparada que comanda a manada de descerebrados.

Impressionante a capacidade de organização da máfia do fundamentalismo religioso, em especial da igreja universal. Além de possuir a Rede Record aluga vários canais de TV e rádio com programas que fazem lavagem cerebral dia e a noite. A catequese do mal chega em todos os confins do país através de pastores, que além do dízimo arrancam votos do reabalho.

Esse bando não quer pouco. Quer fabricar um presidente da república. Para eles o céu, além de não ser o limite, é a principal mercadoria do comércio.  Adestrando pessoas, uma massa incalculável, fazem campanhas eleitorais em seus cultos visando apenas seus intere$$ses. Claro, o governo do Estado do Rio é o próximo golpe já que a eleição de Crivella abriu o caminho para a tigrada entrar.

Resta saber se o atual governador eleito já é do esquema ou não.



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