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Mostrando postagens de março, 2020

Amor, impere sobre mim

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                                Amor, impere sobre mim                                        (tradução livre) Só o amor Pode fazer chover Quando a praia é beijada pelo mar Só o amor Pode fazer chover Como o suor dos amantes Deitados nos campos Amor, impere sobre mim Amor, impere sobre mim Chova sobre mim Só o amor Pode trazer a chuva Que te faz desejar o céu Apenas o amor Pode trazer a chuva Que desaba como lágrimas lá do alto Amor, impere sobre mim Na árida e empoeirada estrada As noites que passamos separados e sós Eu preciso voltar para casa Para fresca chuva Não consigo dormir, deito e penso A noite é quente e negra como tinta Ó Deus, eu preciso de uma dose fresca de chuva

Bob Dylan lança música de 17 minutos; um cáustico manifesto sobre o assassinato de Kennedy

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“Saudações a todos os meus fãs e seguidores com gratidão por seu apoio e lealdade através dos anos. Esta é uma música não lançada que gravamos alguns anos atrás e que talvez vocês achem interessante. Fiquem seguros, fiquem atentos e que Deus esteja com vocês", desejou Bob Dylan ontem, em sua conta oficial no Twitter. Ele aproveitou a quarentena do coronavírus para atirar pesado. Aos 78 anos, o Nobel de Literatura Bob Dylan lançou "Murder most foul" (algo como “Assassinato a sangue frio”), música que, com seus 17 minutos, é a mais longa de sua carreira, passando "Highlands", de 1997, com 16 minutos e 31 segundos. Em turnê infinita pelo mundo ele não lançava uma música inédita há oito anos. Podemos chamar “Murder most foul” de manifesto sobre o assassinato do presidente americano John F. Kennedy em 1963. A música faz inúmeras referências a figuras culturais dos anos 1960 e 1970, como o hit dos Beatles “I want to hold your hand”, o festival Woodstock, ...

“Muito estranho: todos os passarinhos - todos - desapareceram da vizinhança desde ontem. Isto não é uma metáfora. Repito: isto não é uma metáfora.”

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A solidão é uma velha conhecida. Íntima. Vivemos juntos há muitos anos, em paz na maioria do tempo como Gaza e Tel Aviv. Angústia. De vez em quando abre a porta da sala com cara de íntima, senta no sofá e depois de ficar algum tempo olhando para o teto, pede um café forte. Houve um tempo em que o simples aroma (?) de sua chegada me deixava apavorado. Tempos em que eu me relacionava mal com a solidão, medo de mim, coisa de garoto, sabe como? Mas é a primeira vez que fico sozinho à força, compulsoriamente, e à força tudo muda. Tenho ocupado o meu tempo com o de sempre: trabalho. Gosto do trabalho porque gosto do que faço e desde o dia em que inaugurei meu escritório caseiro percebi que trabalho muito mais e melhor. De vez em quando preciso sair, coisa de 10 minutos, vou até ali comprar víveres e volto, adestrado como golfinho de Miami, paulistinha de circo. No lugar onde encontro os víveres poucas pessoas temem-se mutuamente (será que existe isso, essa composição, temem-se mutuamente...

Um país que “quase decola” desde 1.500*

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                              A história do Brasil oscila entre a tristeza e o vexame. Nas ruas da cidade, olhar perdido, as pessoas parecem temer umas as outras, não apenas por causa do coronavírus, mas também pelas contaminações generalizadas que acometem o povo brasileiro desde sempre. Curiosamente nunca houve uma guerra civil entre brasileiros, corpo a corpo, bala a bala e talvez a leitura do clássico “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter” de Mário de Andrade, explique por que.  Lançado em 1928, disponível em novas edições nas livrarias, esse livro não seria lançado hoje de jeito nenhum porque as ditaduras dos tempos modernos ceifam ideias ousadas, eventualmente descarrilhadas e fora dos regulamentos ditados pela imbecilândia. Aliás, para compreender que Brasil é esse, desde que os quatro Bolsonaros assumiram o poder (Jair, Flávio, Carlos e Eduardo) acho fundamental ler “Tormenta: ...