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Mostrando postagens de maio, 2013

Assisti ao filme Faroeste Caboclo

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 Fabricio Boliveira  Antonio Caloni  Cesar Troncoso Assisti ao filme “Faroeste Caboclo”, de René Sampaio. Não é um filmaço mas está longe, muito longe, de ser um fiasco. Filme bom. O elenco é o grande destaque, especialmente Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo, Ísis Valderde (espetacular como Maria Lúcia) e Antonio Caloni que mata a pau como um policial corrupto. Outros destaques: o uruguaio Cesar Troncoso como Pablo e Felipe Abib, como Jeremias. Todo mundo sabe, mas é bom lembrar que o filme foi inspirado no clássico “Faroeste Caboclo”, de Renato Russo, lançada pela Legião Urbana em 1987, mas em nenhum momento o filme sequer lembra ou fala da banda. O filme se passa em Brasília entre o final dos anos 70 e 1981. Nota zero para o som. Muitos diálogos praticamente são impossíveis de entender. Achei que o cinema brasileiro já tinha superado essa grave distorção, mas pelo visto não. Em suma, vale o ingresso. Resenha do site Adoro Cinema: “Jo...

Um vácuo entre Bob Dylan e Joan Baez

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Texto restaurado e reeditado Tempos atrás recebi um texto com uma entrevista de Joan Baez (63 anos) a um site de celebridades dos Estados Unidos onde ela toca num assunto que todo mundo achava que já estava mais do que resolvido: o seu romance com Bob Dylan (72 anos). Os dois se apaixonaram e ficaram juntos entre 1963 e 1965. Tempo pra caramba. Mas, ainda hoje, Baez parece não ter varrido plenamente Bob Dylan. Gozado é que quando ela esteve no Brasil, em maio de 1981, quando a ditadura a proibiu de cantar sob a alegação de que era subversiva, depois da entrevista coletiva no Rio ficamos conversando noite a dentro. Ela descasca bem um espanhol e lá pelas tantas falei de Bob Dylan. Ela ficou muda. E depois disse que não gostaria de tratar de assuntos mais desagradáveis do que as censuras brasileira, argentina e chilena; ela foi proibida de cantar também no Chile e Argentina. No texto que recebi, ela diz que Bob Dylan foi dissimulado e levemente mau-caráter com el...

Fogueira, balões, lembranças

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Hoje almocei com o amigo Eduardo Lamas da “Mais e Melhores Produções Artísticas” ( www.maisemelhores.com.br ) no sempre agradabilíssimo bistrô do “Arlequim”, no Paço Imperial, centro do Rio. Muitos papos, ótimos planos, conversa regada a muitos CDs e DVDs raros que frequentam o magistral acervo da loja. Na volta, a caminho do catamarã para Niterói, vi na Praça 15 (não uso algarismos romanos) um cartaz anunciando uma festa junina. Típica e tradicional. O desenho trazia uma fogueira, gente fantasiada e até os incorretos (e hoje inviáveis) balões. Embarquei e a meu lado sentou um sujeito que era a cara do Danny Devito: baixo, gordo, careca, que não largava o celular. Fez várias ligações porque a linha caia. Ele orientava uma mulher do outro lado da linha que arrumava a mala dele. Foi gozado. Ele dizia “não, gravata não precisa, vou descansar...bota as duas escovas de dentes, muitas meias e cuecas de algodão porque lá faz frio...não, o casaco de courvin  vou levar na mão caso esf...

Governo quer a volta da censura a imprensa

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Volta a baila um tema que eu julgava enterrado, o tal marco regulatório da mídia. Gente do governo diz que é para que os jornalistas tenham mais consciência na hora de escrever e, em caso de calúnia/difamação, sejam enquadrados por isso. Em outras palavras, o governo que passar a foice, quer censurar, amordaçar. Ora, qualquer treiní sabe que o código penal, mesmo velho e carcomido, funciona muito bem contra os maus jornalistas. Os que partem para a calúnia, difamação ou similares, podem ser processados, julgados, com base em leis que já estão no código penal. Mas, temendo o jornalismo investigativo (por que será?) o governo quer mais mordaças. Vamos deixar? O Congresso vai permitir? Vai arregar? Será que teremos de volta a famigerada censura prévia?

O Brasil nunca foi tão Paraguai como atualmente

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Texto restaurado e remixado Não creio que o Brasil tenha passado por uma fase tão incompetente como a atual. Em todos os setores. E o que me irrita é a passividade de todos nós, que pagamos caro para termos serviços e consideração e recebemos em troca desserviços e bofetadas virtuais. Total falta de respeito. O Detran do RJ inventou a vistoria anual dos carros. Embolsa uma boa grana com isso e é um dos poucos que estupram os cidadãos com essa esperteza. Só que as vítimas dificilmente conseguem marcar a tal vistoria porque a empresa que fazia o serviço por telefone foi dispensada e o Detran demorou para escolher outra para substituir. Restou a única opção: agendamento pela internet. Você entra no site, clica lá em vistoria e aparece o aviso para aguardar porque o sistema está sobrecarregado. E quando consegue entrar os postos de vistoria estão lotados, sem vagas. Aí você desiste, cai numa blitz, tem o carro rebocado sabe-se lá para onde, paga uma nota de multa e fica tudo ...

Um país onde Organizações não Governamentais chafurdam na grana do próprio Governo

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Texto restaurado e remixado O Brasil é um oceano de espertos, graças a impunidade seletiva, aquela que só pune os não empistolados, os não poderosos, os não endinheirados. Há uns 20 anos começou a surgir no não belo horizonte do cambalacho nacional a sigla ONG que, como se sabe, significa Organização Não Governamental. Bonitinho. Parece até coisa de escoteiro. Na época escrevi um artigo sei lá onde descendo o bambu. Esbofeteei pesado, perguntei quando iria começar a roubalheira, alguns leitores reagiram mal, outros me apoiaram, mas fato é que não é preciso ser Pitononisa para prever que por aqui, terra da rasteira, do cheque voador, do caixa dois, laranja e similares, esse papo de ONG ia acabar na sarjeta, no quá quá quá do ladravazes. Deu no que deu. De uns meses para cá, abrimos os jornais e vemos ONG e Governos (federal, estaduais e municipais) chafurdando alegremente na sarjeta da roubalheira. Caíram até ministros. Coisa simples. A ONG finge que não é Governo e o Gove...

Araribóia dá um grande filme

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Com certeza o grande cacique Araribóia (significado: Cobra da Tempestade) e sua densa, tensa, riquíssima história, dá um belíssimo longa-metragem para o cinema. Por isso, escrevo esse breve recado a diretores, roteiristas, produtores. Há anos esse filme roda em minha cabeça. A boca da Baía de Guanabara na época (1565) lotada de golfinhos, botos, baleias, tubarões, estrelas do mar, muita, mas muita luz. Índias e índios aos montes, dezenas de batalhas, a morte a flechada de Estácio de Sá, as travessias que Arariboia fazia entre Niterói e Rio (Ilha do Governador) onde, com uma borduna, foi cobrar de Mém de Sá, o governador, as “terra vermelhas (Niterói” que prometeu a Araribóia caso ele vencesse os franceses. E ele venceu. Muita gente sabe, mas há quem tenha o direito de não saber que Araribóia e sua tribo vieram do Espírito Santo para ajudar os portugueses no combate aos franceses. Os franceses tinham do seu lado os também bravos tamoios, que mataram Estácio de Sá com uma...

Porranca geral em rede nacional

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Texto restaurado e remixado Como quem não quer nada, provavelmente subornando pelas beiradas, a máfia do álcool recolocou as garras de fora. A propaganda de bebidas destiladas, que estava banida da TV, voltou e, pelo vi$to para ficar. Tempos atrás, a multinacional Johnny Walker veiculou nas principais emissoras um comercial esplêndido que mostrava o Pão de Açúcar levantando e, como um gigante, sai andando em direção ao mar. No final do anúncio a mensagem “o gigante não está mais adormecido”. Atualmente uma fabricante de vodca veicula um anúncio tão bêbado que lá pelas tantas um dos personagens mergulha dentro de uma moldura de quadro na parede. Enquanto em todo o mundo desenvolvido a guerra contra o alcoolismo chega as vezes ao radicalismo extremo, no Brasil, onde quase 50 mil pessoas morrem anualmente no trânsito (80% por causa de quem dirige bêbado) estão afrouxando o nó descaradamente. Como já disse lá em cima, há sinais de que a máfia da birita deve estar molhando, muit...

Você conhece o Babalu?

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Texto restaurado e remixado Não conheço nenhum Babalu, apesar de um conhecido meu, que encontrei no catamarã, ter insistido em me mandar um “abraço do Babalu”. Sabe aquele sono eventual que bate depois do almoço, você entra num catamarã social vazio e fica ao sabor da brisa? Foi o que planejei naquela tarde. Corta! Encontrei o conhecido na chamada “fila do gado”, aquela que o povão forma para entrar na embarcação. Como ele não lê esse blog, posso afirmar do fundo do coração: o cara é chato pra cacete. Mas, fazer o que? Ele se aproximou, colou em mim e sentou a meu lado. E tome a falar do tal Babalu que, segundo ele, é meu amigo de infância. Mentira porque passei minha infância (três a nove anos) em Angra dos Reis e, de lá, todos os meus amigos se espalharam pelo mundo. Mas eu não estava a fim de discutir, apesar de ser rigoroso com esse papo de “fulano é seu amigo”.  Não é assim.  Muitas vezes já me perguntaram “você conhece Fulano?”, e respondi, com elegânc...

O “confusionismo” gerado pelos e-mails

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Texto restaurado e remixado Conheço um sujeito que tem horror as chamadas novas tecnologias. Ele tem opiniões fortes e sempre muito bem humoradas. Como exemplo desse seu horror ao que chama “dessas maquininhas” está um fato curioso. Tempos atrás ele participava de uma reunião, mesa grande, várias pessoas e percebeu que duas delas não paravam de mexer em seus celulares. A reunião acabou e ele, curioso, perguntou o que as duas estavam fazendo. “Estavam trocando mensagens pelos celulares”, conta entre fulo da vida e achando graça. “Por que não esperaram a reunião acabar e foram bater um papo?”, pergunta. Tenho uma relação íntima com a Comunicação das novas tecnologias desde o início dos anos 90. Com prazer mantenho este blog, escrevo para alguns lugares, lancei um livro eletrônico, vulgo e-book (MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NA SELVA DO JORNALISMO – http://nitpress.webstorelw.com.br/t/e-books/ ), enfim, chafurdo direto. Mas sou extremamente cauteloso quando o assunto é enviar e-mai...

"Lembro bem...Janis (Joplin) na garupa mordeu as minhas costas no meio de uma curva...a moto derrapou e fomos parar no chão" (Serguei).

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Poderia escrever mais de 300 bogs só com as estórias, histórias e delírios de Serguei, meu camarada, meu chapa, um cara super do bem, cantor, lenda viva. Vamos voltar alguns anos, quando ele ainda não gostava de dizer que teria sido comido por Janis Joplin e também por um marinheiro escandinavo que surgiu não se sabe de onde na praia da Macumba, no Rio. De uns tempos para cá, principalmente depois de ter dito no Programa do Jô que “sou um pansexual que transa até com as árvores”, Serguei passou a falar do ménage que fez com Janis e com o marinheiro no carnaval de 1970, quando ela veio para o Rio fugindo da heroína. Morreu em 4 de outubro, do mesmo 1970, de overdose de heroína, droga que não perdoa. Mata. Uma história que Serguei me contou, e que é contestada por uma multidão, foi o tal acidente de moto que ele teria sofrido com Janis na garupa. Principalmente quando afirma que pilotava uma Harley Davidson de 1.200 cilindradas. Todo mundo diz que Serguei só anda de bicicl...

“Perdi a cabeça e acabei levando um soco no queixo de Jim Morrisson, e apaguei no meio da sala” (Serguei)

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Muitos comentários no Facebook sobre o texto que publiquei ali embaixo e que trata da ficção. Foi quando lembrei no nosso Serguei, que andou tendo problemas de saúde em Saquarema mas, pelo que me disseram, já está tudo bem. Conheço o cantor há mais de 30 anos, gente finíssima! Tempos atrás, anos 90, Serguei me convidou para escrever a sua biografia. Cheguei a planejar 40 idas e vindas a Saquarema para gravar seu extenso depoimento (ele é uma gigantesca jazida de memórias) que seria transformado em texto jornalístico na primeira pessoa, mas por falta de editora acabei detonando o projeto. Uma pena, porque daria uma bela história. Lembro que numa dessas reuniões, ele que não bebe, não fuma, não usa drogas lícitas ou ilícitas começou a falar de fatos que, até hoje, não sei se foram histórias ou devaneios. Fala Serguei: “Uma vez, por volta de 1969, em San Francisco – Califórnia – rolava uma festa na casa de um sujeito muito rico e super enturmado. Acho que até Andy Wa...

Ficção, ou...o dia em que o sujeito dormiu em Icaraí, acordou em Copacabana, dormiu de novo e acordou em Icaraí...

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Texto restaurado e remixado Mergulhei fundo no mundo da ficção quando escrevi meu primeiro romance, “5 e 15”, que foi lançado em 2007. Não foram poucas as pessoas que leram o livro e depois mandaram e-mails de perguntas do gênero “como nasceu a ideia que você colocou no capítulo X”. Sempre respondi “não sei” porque de fato não tenho noção de onde vem os devaneios. Por isso senti muito receio em lançar o romance, que levei uns nove anos escrevendo, parando, quase desistindo. Minha escola é o Jornalismo, totalmente ligado ao fato, a realidade, informação consolidada, apurada, checada, rechecada. Como estou me movimentando para escrever um segundo romance as idéias parecem albatrozes me circundando. O mundo da ficção permite tudo, absolutamente tudo. Assisti a uma temporada do seriado “24 horas”, um dos mais delirantes vôos ficcionais que já vi na TV. Claro que perde para Superman, Homem Aranha, Iron Man mas uma bomba nuclear explodindo em Los Angeles e toda a confusão sen...

Reflexões

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"Se quer testar o caráter de alguém, dê-lhe poder." "É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida." Abraham Lincoln "Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio e a verdade  me é revelada." "A imaginação é mais importante que o conhecimento." "Nunca penso no futuro, ele chega rápido demais." "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário." "Há duas coisas infinitas: o Universo e a tolice dos homens." -  Albert Einstein "O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não." "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho." Mahatma Gandhi "O homem é do tamanho do seu sonho." "Ninguém pode esperar ser compreendido antes que os outros aprendam a língua em que fala." Fernando Pessoa "Ninguém p...

Amor

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Texto remixado “ O medo de amar é o medo de ser livre”. Gravada em 1978, a canção de Beto Guedes com letra de Fernando Brant reflete a mais pura e, para alguns, brutal realidade. Só resta saber se esse amor que a bela música descreve, o que dá medo, é consciente ou inconsciente. Em outras palavras, será que existe alguém que teme o amor, sabe disso e nada faz? Certa vez disseram que “o amor é brega”. Claro que é, mas e daí? Como será viver sem amor, atravessar o deserto existencial sem um copo d´água, uma brisa? Como seria viver sem jamais ter sentido o amor? Estou me referindo ao amor afeto e não o universal ou o fraternal. Falo do amor consequência da paixão entre duas (ou mais) pessoas. Por isso gostei tanto do filme “On The Road”, que Walter Salles dirigiu mas cometeu o desatino de batizar de “Na Estrada”, em vez de usar o nome do livro que, com sabedoria, transportou para o Cinema. É um ácido filme de amor sim, por que não? Desde que li “On The Road” de Jack Kerouac (clá...