Um país onde Organizações não Governamentais chafurdam na grana do próprio Governo
Texto
restaurado e remixado
O Brasil é um oceano de espertos, graças a impunidade
seletiva, aquela que só pune os não empistolados, os não poderosos, os não
endinheirados. Há uns 20 anos começou a surgir no não belo horizonte do
cambalacho nacional a sigla ONG que, como se sabe, significa Organização Não
Governamental. Bonitinho. Parece até coisa de escoteiro.
Na época escrevi um artigo sei lá onde descendo o
bambu. Esbofeteei pesado, perguntei quando iria começar a roubalheira, alguns
leitores reagiram mal, outros me apoiaram, mas fato é que não é preciso ser
Pitononisa para prever que por aqui, terra da rasteira, do cheque voador, do
caixa dois, laranja e similares, esse papo de ONG ia acabar na sarjeta, no quá
quá quá do ladravazes.
Deu no que deu. De uns meses para cá, abrimos os
jornais e vemos ONG e Governos (federal, estaduais e municipais) chafurdando
alegremente na sarjeta da roubalheira. Caíram até ministros. Coisa simples. A
ONG finge que não é Governo e o Governo finge que não é ONG. O tráfico de grana
alta anda de um lado pro outro freneticamente e todo mundo bota o boi na
sombra.
Outro personagem que surgiu nos últimos 20 anos foi o
Ministério Público, defensor incólume dos direitos dos cidadãos. Pois esperamos
que os MP.s acabem com essa orgia de ONGs com governos solicitando, por obséquio,
que todos sejam encaminhados a cadeia pois, como se sabe, desde 1.500 o
problema do Brasil é um só: corrupção. Saúde escrachada, culpa da corrupção.
Segurança educação, transportes, cultura, tudo o que não funciona, em todas as
áreas, foi e é por causa da corrupção, madame-mor de todos os delitos com o
dinheiro público.
Não foi à toa que, quando subiu a favela da Mangueira,
nos anos 50, Walt Disney viu um papagaio malandrão, um urubu fofoqueiro, ouviu muitas
histórias por lá e criou Zé Carioca e Nestor. Mas isso é outro papo, para outra
coluna.
Está ou não está na hora do povo tirar a fantasia das
ONGs? É impressão minha ou esses caras (afogados em incentivos e isenções
fiscais) estão nos achando com cara de bobocas? Comente aqui.
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