Coices ao léu
Quando
a tal presidenta era presidente (p minúsculo) do brasil (o com B
maiúsculo não é esse que está aí) ficou conhecida por xingar,
humilhar, denegrir, espinafrar subalternos. Em Brasília é famosa a
história de um general de quatro estrelas que deixou o gabinete dela
chorando. Ela dava coices, ofendia, escrachava, mas não comandava. O
país estava atirado as cadelas porque a presidente achava que xingar
era comandar, quando na verdade chefiar é liderar.
Autoritarismo
é uma patologia sem cura. Nem os mais notórios psiquiatras,
neurologistas e veterinários conseguem tratar os infelizes que se
acham no céu e Deus na Terra, se dizem início-fim-meio, se sentem
o epicentro de tudo. Os asseclas da presidente quando a diziam, por
exemplo “eu estou com um problema na área X”, ela interrompia e
descarregava “pois EU nesse caso faço isso, isso, isso. Faça o
que EU faço.” O assecla fazia e dava tudo errado. Deu no que deu.
O
autoritário tem certeza que resolve todos os problemas da
humanidade a partir de si mesmo. Onipotente, ególatra, irritadiço,
briga o dia todo. Acha que dá ordens, diz que é o sol, que todos
giram em torno dele, arrota caviar comendo baiacú, mas não revolve
nada, absolutamente nada. E como não enxerga seus defeitos é capaz
de naufragar arrastando um país junto, como foi o caso da ex
presidente do brasil.
Sem
amigos (no máximo alguns aduladores que não querem perder o
emprego-boca-seja lá o que for), pensa que determina como as
pessoas devem agir, comer, respirar, viver, trepar, dormir. Diz o
que um piloto de Fórmula 1 deve fazer quando está no cockpit de
uma Ferrari, o que um padre tem que rezar numa missa, as cambalhotas
que um palhaço tem que dar no circo. Palhaço...o autoritário
adora achar que faz os outros de palhaço, mas não percebe (a
egolatria não permite) que, no fim das contas, o palhaço é ele.
Boçal,
segue a vida brigando, berrando, espinafrando e sozinho. Angústia?
Nenhuma. Angústia, depressão, ansiedade são moléstias que
acometem seres inferiores. O autoritário não sofre porque nem a
dor ele consegue ver. Por mais forte que seja. E cada vez mais
louco, cavalga vida a fora até o dia do solitário asilo, ante-sala
do juízo final.
Enviar
por e-mailBlogThis!Compartilhar
no TwitterCompartilhar
no FacebookCompartilhar
com o Pinterest