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Socorro!

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  Sempre me perguntam quando e como me apaixonei pela música. Logo lembro de “Help!”, dos Beatles.  A música de “Help!” tinha chegado num vinil e depois me sequestrou no cinema. Eu devia ter, uns 10 ou 11 anos, porque os filmes chegavam atrasados no Brasil.  Posso afirmar que foi a primeira vez que fui ver um filme naquele ambiente mágico. Lembro perfeitamente que sentei no meio da enorme sala do Cinema Icaraí, com direito a cortina vermelha que abria e exibia a tela e ao gongo que tocava anunciando o início da sessão.  Não sei se era assim ou se sonhei porque, viciado em cinema desde pequeno, frequentava vários. Entrou o “Canal 100”, noticiário da semana feito pelo heroico Carlos Niemeyer, trailers e, de repente, “Help!”.  Mais do que meu primeiro grande filme, foi uma aparição misturada com epifania.  Meus olhos marejados contemplavam aquela generosa telona, despejando celuloide de 35 milímetros em 24 quadros por segundo, a música, e eles, The Beatles que eu jamais vira em movimento.

Fisioterapia Mental

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  Publicado no JORNAL DE ICARAÍ  em 24/08/2024.                                                                Há tempos Zuenir Ventura e Luiz Fernando Veríssimo, na Globonews, concordaram que estamos vivendo uma overdose de informação que, segundo Zuenir, pode estar causando a sensação de déficit de atenção. Os três concordaram que por causa do imenso volume de informações acabam sem entender boa parte delas.  Exaustão.  Quando Senna (Ayrton) estava começando, numa daquelas entrevistas coletivas caóticas, ainda no extinto autódromo do Rio, perguntei qual é o momento mais estressante de uma corrida. Ele disse, na lata, "a última volta, quando estamos vencendo...quando estamos perdendo, não".  Estou terminando um mega projeto que tem a ver com essa última volta do Senna. Quando terminar (esta semana), foi poder cuidar do joelho (que está parecendo uma laranja mecânica), dos óculos e, como um golfinho de Miami me entregar a luxúria do mar em uma praia que gosta de mim. E

A nossa biografia

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É imperativo zelarmos por nossa biografia. Biografia profissional, afetiva, social. Fundamental valorizarmos nosso bom caráter, herança moral de nossos antepassados. O que somos é o nosso maior patrimônio. O que temos é a justa consequência. Nossa biografia é sagrada. Nossa verdade, nossa essência. O resto é o resto.

A Lira do Delírio

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  Nesta quarta-feira precisei ir ao miolo do Centro de Niterói onde os ecos de uma parte de minha história reverberam nos rebocos rachados e cheios de limo de casas, ou quase casarões e sobrados que estão preservados por uma razão não muito digna. Estão abandonados. Desde sempre. Comecei a trabalhar naquela região. Naquela região nasceu a Rádio Fluminense FM. Nesta quarta-feira à tarde eu estava de bicicleta, há tempos o meu meio de transporte. O miolo do Centro de Niterói, - vou tentar explicar – são aquelas quadras onde ficam ruas como Visconde de Itaboraí, Visconde do Uruguai, Marques de Caxias, Saldanha Marinho. Podemos dizer que o epicentro do miolo é o Jardim São João. Pedalando por ali, devagar, cruzando as extensas e organizadas filas de barracas de camelôs, a sensação é meio de melancolia, abatimento, desalento. Talvez o que estejam sentindo aquelas casas que um dia, em algum século que já voou, tenham sido alegres como os galos, as noites e os quintais. Caramb

Libertação e expectativas prisioneiras, por Margareth Dalcolmo

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  Impossível não reproduzir este profundo artigo da cientista Margareth Dalcolmo, publicada no Globo de hoje:   É desconcertante no bom e no mau sentido, constatar os excessos do ser humano, após mais de dois anos de pandemia, quando deveríamos com prioridade estar vencendo as desigualdades vacinais para proteger a população, em ver eclodir uma guerra evitável. Ver o planeta, ainda que muito diversamente, se preparar para pensar um amanhã, nas especificidades das culturas. Quando olhamos as imagens de destruição de prédios na Ucrânia, o que vemos é um excesso de realismo, como num perverso jogo de Lego ao avesso; de lares e de vidas, ao vivo em nossas salas, com restos de sapatos ou pedaços de bandeira. Fica muito difícil acreditar na humanidade como cuidadora de seu próprio destino. Um amanhã sobre o qual os filósofos contemporâneos, não apenas Giorgio Agambem com sua controversas assertivas sobre a magnitude da pandemia, desde o início, mas Bruno Latour, Judith Butler, ou mes

Eutanásia Cósmica

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  Há uns anos, li num site de quinquilharias semi inúteis que os americanos estavam inscrevendo, na surdina, candidatos a voos de ida sem volta a Marte. O site dizia que várias pessoas tinham feito inscrições. Teriam assinado uma papelada gigantesca com autorizações, consentimentos, termos de isenção de responsabilidade, etc. Receberiam uma dinheirama que ficaria para pessoas, instituições, cachorros e similares indicados pelos viajantes. A espécie humana ainda não consegue ir e voltar a Marte. Morre no caminho. Significa que os supostos inscritos estariam cometendo uma espécie de eutanásia cósmica, suicídio espacial ou coisa parecida. Não vou alimentar a pancadaria, mas quem não pede para nascer no mínimo tem o direito de escolher a hora e como morrer. O mundo está a cara da década de 30, aquele barril de éter, enxofre e pólvora que defenestrou a beleza, a sensualidade, a libertinagem, a democracia dos anos 20. No Brasil, estado novo (com letras minúsculas), nazismo tropical (integral

Avalanche de lançamentos

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  O selo Maxilar e a Ditto Music lançam uma ação coletiva de marketing, juntamente com quase uma centena de rádios, programas e podcasts de música. Muito se diz que não há nada de novo no mercado brasileiro e se questiona a qualidade do que nos é apresentado nos canais tradicionais de música. O selo Maxilar teve a ideia de, de uma só vez, apresentar novidades inéditas que supram a necessidade de ouvidos realmente interessados no que temos de melhor. São 4 lançamentos totalmente diferentes entre si, que serão tocados por esses programas e rádios, que por sua vez compartilharão o post drirodrigoneste dia 18 de Junho no facebook e instagram, todos ao mesmo tempo. Esse é o link para download dos singles, capas e posts da Avalanche de lançamentos: https://we.tl/t-aqNHlIF3PJ Um pouquinho sobre cada single: - Persie Feat. Luíza e Os Alquimistas - "Baixo Oceano" O novo single é uma balada romântica onde Persie conta com a luxuosa participação de Luísa e os Alquimistas, que