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Mostrando postagens de agosto, 2013

O homem que entrou de sunga na igrejinha da empáfia

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Laurentino Gomes é um escritor best seller que está prestes a atingir a marca de um milhão e seiscentos mil livros vendidos. Ele não fala difícil e nem usa fantasias inventadas pela cronicamente decadente aristocracia que baixou no Brasil quando a corte portuguesa fugiu de Napoleão (milhares de pessoas) e veio se esconder no Rio. Laurentino Gomes é jornalista e historiador, e seu livro campeão de vendas chamado “1808” trata dessa vexatória fuga da corte. Sob o título do livro, a frase: “Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”. Como resistir? Como não comprar este livro? Laurentino pertence a nova geração de historiadores, escritores e educadores que jogaram no lixo o corporativismo da empáfia. Eduardo Bueno e Leandro Narloch também estão no grupo. Laurentino usa linguagem informal, não constrói frases rebuscadas inventadas por trás da balaustrada que escondia os intelectualóides. Obj...

Comercial de cartão de crédito prega o mau caratismo, o egoísmo e a molambada existencial

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O comercial está aí embaixo e já foram feitos vários seguindo a mesma mensagem: dane-se você! Esta é a mensagem da famigerada campanha. Uma senhora entra numa loja para comprar uma boneca para “a minha netinha” e é atraída pela a genocida Chucky (foto), protagonista de filmes de terror. A senhora diz para a vendedora que a netinha vai amar Chucky porque adora bonecas. Nesse momento, a boneca faz uma cara de horror para a vendedora, sem que a senhora veja pois está pegando a carteira na bolsa. A senhora vai pagar e a vendedora interrompe perguntando: “Posso te falar uma coisa?” As pessoas de bem, de boa índole, solidárias, de caráter acham que ela vai avisar “olha, senhora, essa boneca é a Chucky, uma assassina. Comprá-la é a certeza de que sua neta, a senhora e a família toda serão exterminadas”. Só que a vendedora diz outra coisa: “pagar com o cartão X é muito melhor”.  Sim, na cara limpa, na desumanidade empurra a consumidora para o precipício graças a cobiç...

A resposta do amigo L.G. Bayão a carta aberta que está ali embaixo, depois da Bienal do Livro

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Pois é, Luiz Antônio, Se tivesse conhecido o Alex, ele teria muito pouco a inventar no meu caso. Como apelidar um cara que já vem de fábrica com um "Bayão" atrelado ao nome? E eu sempre fui Bayão, era como meus amigos de colégio já me chamavam, assim como sempre gostei de cinema. Vizinho do finado Cinema Um, aprendi a amar os filmes, entrava na primeira sessão, saía na última. E a verdade é que quem consegue se manter no rumo das paixões de menino tem um trunfo na vida adulta. Negar aquilo que nos move desde sempre é jogar esse trunfo fora. Você nunca deve se afastar da música assim como eu nunca devo me afastar do cinema - anos atrás também precisei me afastar e, como você, enfrentei Mavericks do tamanho de arranha-céus. Não me afoguei. Tomei pancada atrás de pancada e vi o fundo. Subi, puxei o ar e continuei nadando. Foi nessa época em que, depois de escrever quatro longas na seqüência, apostei tudo que podia num livro que havia lido ainda jovem, nos tempos do...

Milhões de vivas a Bienal do Livro!

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Aberta nesta quinta-feira, a XVI Bienal do Livro do Rio, no Riocentro, é o maior evento do mercado editorial brasileiro. A informação é do Luiz Augusto Erthal, que faz comigo o programa de TV Café Paris, no ar em www.programacafeparis.com.br e também na TV O FLU, canal 12 da operadora SIM (Niterói e São Gonçalo), quartas-feiras as 22 horas, com reapresentação as sextas, 16 horas e domingos, 22 horas. Em sua coluna "Café com Livros", Erthal, que é dono da editora Nitpress, fala da importância da Bienal para os escritores, editoras, mercado em geral. A previsão é que pelo menos 600 mil pessoas passem pelo Riocentro em nome do Livro. Sensacional! Ações como esta, valorizam a Cultura, a Educação, estimulam a divulgação deste produto mais do que básico para todos nós. Valeu! E parabéns pelos 30 anos de luta, Bienal!

Pois é L.G. Bayão*, quando me afasto da música o vento sopra de sudoeste

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L.G. Bayão com Erasmo Carlos. É dele o roteiro do filme "Minha Fama de Mau", do Tremendão, que começa a ser rodado até o final do ano.  Cacá Diegues e Renata de Almeida Magalhães. Tomas Portella.   Darcy Borger, fera, com o saudoso Dominguinhos. Coices ao vento, gente jovem reunida. * L.g. Bayão é meu amigo, roteirista e escritor. É dele o roteiro do filme “A Onda Maldita”, ficção baseada em meu livro, que começa a ser feito no início do ano que vem. Produção de Renata de Almeida Magalhães (da “Luz Mágica” produções que é dela e do Cacá Diegues) e direção de Tomás Portela. Rapaz, sabe o Alex Mariano, amigo meu recentemente assassinado por bandidos (des) graças a leniência do Estado? Alex era o rei dos apelidos. Conheço umas 10, 20 pessoas que foram apelidadas por ele e nunca mais se livraram dos codinomes. Meu amigo desde a adolescência, ele conheceu meu “braço armado” quando foi fazer comigo a Rádio Fluminense FM, em 1981. Bayão, ele me apelido...

American Tune

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Texto restaurado e remixado Eventualmente ela não sai da minha cabeça e poros. “American Tune”, canção de Paul Simon de meados dos anos 70. Ouvi em CD, assisti no You Tube, voltei a ouvir, mas a fome parece não cessar. Por que? Porque de repente, aparentemente do nada, uma música nos pega e fica girando, girando, girando, como os antigos balões juninos, nos tempos menos perigosos dos balões juninos. Claro que já pensei na hipótese de uma saudade remota, mas descartei. “American Tune” não flagra nenhum momento existencial grave, agudo, drástico ou lírico a ponto de me pegar, me jogar no sofá e ficar ouvindo, ouvindo, ouvindo, como se no teto dançassem auroras boreais. Parece que não é só comigo. A música do acaso (por sinal, título de um magistral livro de Paul Auster), tem esse poder. Pega, mata e come, como um carcará. Eu só queria saber por que? Por isso, entrei aqui na Coluna para especular junto com vocês. O que acham desse fenômeno? É comum, incomum, surreal? O que ...

Jornais de minha cidade

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Escrevo este blog para o mundo. Sem exagero. O motivo parece óbvio, já que as estatísticas da empresa Blogger fala em muitos acessos por semana, sendo mais de 95% de fora de minha querida cidade, Niterói. Um dia desses uma leitora me abordou na rua, perguntando por que eu não estava mais escrevendo nos jornais locais. Niterói é uma cidade que, desde sempre, abriga dezenas de jornais semanais. Dezenas. E desde meados dos anos 70 eu sempre escrevi em algum deles, parando tempos depois, não sei por qual motivo. O último foi o LIG, que editei com o apoio do amigo Edgard  Fonseca, hoje dono do ótimo semanário DIZ JORNAL. A leitora disse que lê este blog com frequência, mas disse sentir saudade de meus textos locais, voltados para a intimidade, hábitos, tiques, enfim, cotidiano de Niterói. Respondi que também sinto saudade desses tempos e que está nos meus planos voltar a ter uma coluna semanal por aqui. Afinal, Niterói é a cidade que escolhi para viver. Fal...

Arranque os monopólios de sua vida!

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Monopólios são as ferramentas nefastas do capitalismo. Alguns tem apelidos engraçadinhos como, por exemplo, “combos”. Você, bem intencionado, assina uma TV, mais internet, mais telefone de uma mesma operadora. Aí, quando dá um problema, cai a casa toda. Pior: para sair fora fica quase impossível porque a teia de aranha dos combos é quase intransponível. Combo é monopólio e monopólio, em qualquer lugar é roubada. Por exemplo, se você usa webmail da Microsoft, seu computador é Windows e, para piorar, você usa o Skype (também pertence a Microsoft), está usando serviços da mesma empresa. Melhor variar. Não sou exemplo de nada, mas como este blog pertence ao Google, estou tirando meu e-mail do Gmail (estou indo para o Outlook da rival do Google , a Microsoft) e usando programa de mensagem Eudora. Meu navegador não é do Google (Chrome) e sim do Mozilla (Firefox), enfim, evito concentrar poder em um monopólio só. E, penso, deve ser assim em tudo na vida. Quando nos “...

Não deixem de ler o primeira de quatro artigos sobre o primeiro ROCK IN RIO (1985) que estou escrevebdo para o UOL

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Memórias do Rock in Rio I (1985). Leia clicando neste link: http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/14/especial-rock-in-rio-festival-surgiu-em-1985-entre-calotes-enquetes-e-rejeicao-a-bob-dylan.htm Abraços!!!!!

Esta Webcasa é de vocês!

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Olá! Muitos novos leitores desde que abri, hoje, a fanpage da Coluna do LAM no Facebook,  https://www.facebook.com/colunadolam?ref=hl Obrigado por terem vindo a este blog atemporal, atonal, livre. Conto com os seu comentários! Abraços, Luiz Antonio Mello.

Antonio Quintella: Araribóia Blues e Sincronicidade

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Texto restaurado e reeditado Um dos discos que mais gostei (e me orgulhei) de produzir foi “Araribóia Blues” do cantor e compositor Antonio Quintella, pelo selo Niterói Discos, nos anos 90. Tempos atrás, por pura saudade, peguei o CD e ouvi todo, de ponta a ponta, lembrando das dezenas de sessões de gravação no Castelo Estúdio, de Fábio Motta, que duraram quase seis meses. Antonio é um dos melhores cantores que conheço e à medida que o CD ia mudando de faixa lembrei de momentos das gravações. Muitos hilários, outros dramáticos, enfim, gravar um disco exige de todos os envolvidos muita calma, tolerância, paciência e resistência. Disco pronto, lançado, Antonio Quintella mudou-se para a Califórnia onde foi vizinho de, nada mais, nada menos, Neil Young. Vinha esporadicamente a Niterói, mas não nos encontrávamos. Pois bem, caro leitor, exatamente no dia seguinte da minha audição o telefone tocou e era ele. Cheguei a ficar meio mudo no início da conversa porque achei i...

Aos imbecis que pedem golpe militar no Brasil

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Autorizo a reprodução deste artigo desde que seja dado o devido crédito. LAM. Está no dicionário Michaelis: Significado de Imbecil adj. e s.m. e s.f. Falto de inteligência; estúpido, tolo, parvo. Retardado cuja idade mental se situa entre três e sete anos. (Q.I. compreendido entre 20 e 50.) (Sin.: débil mental.) Sinônimos de Imbecil Sinônimo de imbecil: burro, estulto, estúpido, idiota, ignorante, inepto, lerdaço, néscio, palerma, parvo, pateta e tolo Tenho recebido e-mails de alguns imbecis pregando intervenção militar no governo, depois das manifestações do dia 7 de setembro, previstas para acontecerem em todo o Brasil. Manipulados por espertalhões que não se conformam em parar de mamar depois do fim da ditadura, os imbecis acham que com uma ditadura militar o Brasil ficará livre de suas mazelas. Pobres imbecis. Se a roubalheira nos 10 anos de PT é ampla, geral e irrestrita, nos 21 anos de ditadura foi muitíssimo maior. A ditadura roubou rios de dinheir...

Por que o ontem parece melhor do que o hoje?

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Texto restaurado remixado Volta e meia uma onda saudosista varre nossa história pessoal. Muita gente, toda hora, posta músicas dos anos 60, 70 e 80 no Facebook, onde os frequentadores de uma página dedicada a lendária Radio Jornal do Brasil AM, minha escola de jornalismo, também lembram de momentos que nos foram tão belos, lúdicos, sensacionais na programação musical da emissora. Meses atrás fiquei postando anos 70 no Facebook. Bandas alemães de 70, 71, 72, Deep Purple lançando Machine Head, Jards Macalé cantando “Farrapo Humano” e por aí fui. Por que? Não sei. Deu vontade. Na verdade, quando posto canções antigas (não serei hipócrita) busco o virtual sossego do passado. Que sossego? O sossego comum, vizinho da calma, da tranquilidade, aquela que aparentemente enxergamos naqueles pescadores empunhando caniços nos litorais do mundo. O passado é um ótimo lugar para acharmos o sossego porque, em várias situações, ele surge. E a música tem o poder de nos transportar através do...

A comovente entrevista de Bia Bedran para o programa “Café Paris”. Ela vai estar semana que vem no Teatro Municipal de Niterói

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  Bia Bedran vai comemorar seus 40 anos de mar, estradas e estrelas em dois showzaços no Teatro Municipal de Niteroi, semana que vem. Sábado, dia 10, as oito da noite, ela vai lançar seu magistral CD “Beatriz”, com 12 músicas compostas entre os anos de 1966 e 1968 quando a cantora ainda era Beatriz, – a menina dos festivais. Depois de compor centenas de canções dedicadas às crianças, Bia reencontra a sua criança compondo feito um adulto nesse disco. O show, para adultos, é absolutamente imperdível e histórico. Mais: no dia seguinte, domingo, as seis da tarde, Bia vai lançar seu décimo segundo livro infantil, “O Caraminguá”, (editora Nova Fronteira). Neste show ela cantará e contará histórias para toda a família num formato de roda de samba e choro em pleno palco do Teatro. Para reservar ingressos (os shows vão lotar) sugiro que liguem agora para o Teatro, telefone 2620-1624. Na última quinta-feira, na bela galeria da Sociedade Fluminense de Fotografia, entrevi...