Otimismo & Pessimismo
Se todo mundo, em todos os tempos, fosse pessimista 24 horas
por dia ninguém teria nascido. A começar por nós. O pessimismo crônico, assim
como o mau humor, em geral são sintomas clássicos (eu diria óbvios) de
depressão e ansiedade aguda que, de cara, conduzem diretamente a inapetência
existencial.
Não é normal ser pessimista o tempo todo. Não é normal ser
otimista o tempo todo. A leve e harmônica oscilação de humor rege a saúde do
nosso sistema nervoso, ensina a boa medicina.
Os negativistas tem no pessimismo o início, o fim e o meio. O
lema deles é o famigerado “nada será como antes” e reclamar de tudo é a essência.
Reclamam do calor, do frio, da chuva, da falta de chuva, do trabalho, da falta
de trabalho, do amor, do desamor, do céu, do inferno.
Sem que ninguém diga claramente “meu chapa, vá se tratar!”,
porque ninguém está a fim de se aporrinhar. E recomendar um médico para um
sujeito nesse estado pode parecer ofensa.
O otimismo comedido é um exercício, dizem os sábios. Viver
com esperança (favor não confundir com a agoniante expectativa) é saudável.
Enxergar a luz no fim do túnel como porta de saída (e não de entrada) é uma
ginástica mental/emocional fundamental. Mesmo que ao nosso lado B esteja no
modo “a luz que vejo pode ser de um trem vindo em sentido contrário.”
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