Sem Jeito me mandou lembranças

Hoje foi um dia que comprovou, mais uma vez, que sou um sujeito totalmente desajeitado quando o assunto é serviços domésticos e similares. Três exemplos. De manhã cedo, por volta das 7 horas, escovava os dentes depois do banho e resolvi trocar a lâmpada do banheiro. A que fica no teto, que com as duas nas laterais da pia, formam um conjunto.

Fui na área de serviço, peguei a fatídica escadinha de alumínio, abri, pus embaixo do lustre e subi. Vamos direto aos fatos: 1 – quando retirava o lustre, deixei que ele escapasse da minha mão. Explodiu no chão. Sem problemas. Desci, peguei a lâmpada nova, subi de novo a escadinha e consegui retirar a queimada, o que para mim cheirou a vitória. Mas na hora de enroscar a lâmpada nova, Sem Jeito baixou de novo. Apertei demais e a lâmpada estourou na minha mão e só não me cortei porque estava com uma toalha enrolada. Em suma: como hoje foi dia da diarista deixei que ela providenciasse a troca da lâmpada, o que ele fez em menos de três minutos.

Fato dois: peguei o carro e fui para o primeiro compromisso do dia. A direção estava pesada e, lembrei, há tempos que não calibrava os pneus. Parei num posto e, eu mesmo, desci e fui naquela engenhoca digital de encher pneus. Cravei lá 27 libras e fui espetar a mangueira no primeiro pneu. Inexplicavelmente, depois de alguns minutos, percebi que o pneu estava esvaziando. Teimoso, continuei a insistir até o pneu ficar totalmente vazio. Chamei um frentista que, sem saber que estava diante de uma mula (eu) comentou “seu pneu está muito vazio...como é que o carro estava andando?” E, como a diarista, em menos de cinco minutos encheu os quatro pneus do carro.

No final do dia cheguei em casa e aí foi um com combo de cagadas domésticas. Tomei o segundo banho e sentei no sofá. Olhei para a mesinha, sem mais nem porque peguei o telefone sem fio e comecei a mexer, com o pensamento longe. Fiz alguma besteira ali e apaguei todos, mas todos os números da agenda. E, não satisfeito, levantei e tropecei num cabo de alimentação do DVD que, detonado, foi ao chão.


Só me resta ficar parado, quieto, e assumir definitivamente que sou um mamífero, bípede, completamente irracional quando o assunto é “tarefas cotidianas que exigem a mágica palavra Jeito”. Com J de jumento.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Onanismo ao vento

A nossa biografia

Vácuo