Bandidagem nas torcidas e entre os Black blocs

                           
                                                      

Foto: Heuler Andrey - AGIF?O Globo

Neste domingo eu (e todo mundo) estava na frente da TV assistindo a chocante pancadaria entre torcidas do Atlético Paranaense e Vasco na cidade de Joinville, Santa Catarina. Em vários momentos deu para perceber que quem batia estava completamente fora de si, dando a impressão de que partia para matar. Não bastava ver o “inimigo” praticamente desmaiado. Chutavam o rosto, a cabeça, usavam barras de ferro, pedaços de pau.

Durante as recentes manifestações de rua em todo o país, os bandidos infiltrados entre os chamados Black blocs, vulgo mascarados, invadiram lojas, bancos, quebraram tudo o que encontravam pela frente, saquearam, numa conduta muito parecida com a que o mundo todo assistiu neste domingo em Joinville.

Leio agora o Globo on line de onde extraí alguns trechos:

- Os três torcedores do Vasco que foram detidos após a pancadaria durante o jogo contra o Atlético-PR, na Arena Joinville, neste domingo, foram encaminhados durante a madrugada para o Presídio Regional de Joinville.(...)  Leone Mendes da Silva, de 23 anos, foi levado por policiais para a delegacia quando estava dentro do banheiro de um dos ônibus da torcida, já deixando a cidade. Leone aparece numa foto agredindo um torcedor do Atlético-PR com um bastão.

- De acordo com a Polícia Civil, seguem as investigações para identificar outros envolvidos na confusão. A pancadaria provocou a interrupção do jogo por uma hora e doze minutos.

- Dentro do estádio não havia policiais. A segurança interna era feita por agentes de uma empresa contratada para o serviço pelo Atlético-PR. (...).

- No fim da noite a PM de Santa Catarina divulgou nota explicando que a ausência dos policiais dentro do estádio atendeu a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Na ação o MP propôs que o Poder Judiciário proibisse a participação de policiais militares em atividades que não fossem da competência constitucional da corporação.

Prender e processar os bandidos que participaram desta barbárie é uma obrigação do poder público. No mundo todo, torcidas de futebol tem baderneiros infiltrados, mas na Europa (especialmente Reino Unido) o problema foi resolvido. Quem arranja confusão em qualquer estádio é preso, processado e proibido por anos de frequentar jogos. Pelo que lemos, a barbárie deste domingo não vai sair barato porque as instituições envolvidas não querem queimar o filme as vésperas da Copa do Mundo.

Com relação aos marginais fantasiados de Black blocs, o caminho é o mesmo: prender, processar e punir, em nome da democracia.



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