Surfando no resto do passado de 2014
Ouvindo um disco de 1973, escrevo neste restinho do
passado de 2014, futuro de 2012, vulgo hoje. Para muitos, especialmente os
existencialistas, o hoje é o que importa já que o ontem já foi e o amanhã é uma
possibilidade.
No entanto, sentado aqui na antesala de 2014, observo
tudo o que plantamos neste ano que está indo, literalmente, para o espaço.
Muita coisa. 2014 será a hora da abençoada e merecida colheita, ao som de Neil
Young (Harvest Moon, lua da colheita, veja aqui).
Entre colegas, conhecidos e amigos, fiz uma enquete
informal e a maioria gostou de 2013, cada qual com seus motivos. Espero que
para o leitor, o ano dito velho tenha sido generoso, bacana, honesto e que 2014
venha com força mostrando a tal colheita (fui dormir com esta palavra na
cabeça) que vai, sim, acontecer. Por que não?
Leio sobre o planeta e, bom isso, parece que vivemos
uma daquelas fases de trégua entre os mortais. Não há nenhuma grande guerra
internacional, nem epidemia, a fome continua injusta e no seus devidos lugares
e noto o amadurecimento e humanização das relações dos Estados Unidos com o
chamado Terceiro Mundo. Graças a um homem chamado Barack Obama, que
cumprimentou Raul Castro (presidente de Cuba, irmão de Fidel) no velório de
Nelson Mandela, e telefonou para o presidente do Irã informando que descongelou
bilhões de dólares para o país. O Irâ concordou em acabar com o seu arsenal
nuclear. Que diferença para aqueles símios da família Bush!
Essa não é uma mensagem de ano novo, apesar do jeitão. Ainda
tenho muito a falar de 2013, um ano que jogou na mesa (pode ser impressão
minha) muita maturidade dos líderes mundiais. Quanto ao Brasil, segue o caminho
que a população desejou e não há nada a fazer contra a opinião popular. Mas o
Brasil é tema para outro artigo. Específico, especial, brasileiro com muito orgulho.
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