Niterói virou uma gigantesca cracolândia
Campo de S. Bento, Icaraí. Foto do leitor Alex Joopert: O Globo
Molambada geral. Minha cidade, Niterói, hoje
transformada em cidade escarrada para a periferia da periferia do Rio, como se
não bastasse a sujeira, os assaltos 24 horas, a barbárie na praia de Icaraí
onde a prefeitura insiste em fazer Reveillon para as sub-cidades do entorno,
assiste agora, todas, literalmente TODAS as praças estão ocupadas por
vagabundos, pivetes, assaltantes, todos viciados em crack.
Perguntei a Polícia Militar o que ela pretende fazer e
a resposta foi curta, ridícula, a la Poncio Pilatos: “crack é problema da prefeitura.” O oficial que conversou
comigo disse ainda, em off, que “o abandono das praças e similares em Niterói
ajudam a esconder e abrigar os marginais”.
Proporcionalmente, Niterói ostenta um dos mais caros
IPTUs do Brasil, o que deveria fazer a prefeitura tratar a população a pão de
mel. No entanto, o que se vê no Jardim São João, Praça da República, Campo de
São Bento é um tapa na cara dos cidadãos. Tudo largado, mato crescendo, marginais
assaltando.
Com relação ao Reveillon na praia de Icaraí, que é sim
uma barbárie, todo ano é a mesma coisa. Para quem não sabe, o IPTU na praia de
Icaraí é um dos mais caros da América Latina e é justamente para lá que a
prefeitura “convida” a lambança, a molambalização de Niterói que vive na
periferia da cidade para levar seus trailers que vendem cachaça e similares,
mais cachorro quente de origem duvidosa (ah, você pergunta por Vigilância
Sanitária?
Desculpe mas hahahaha, só rindo) e muita briga, facada e estupro na
areia da praia.
Essa laia tem que torcer, e muito, para que eu jamais
seja prefeito de Niterói porque meu decreto número um seria acabar com toda e
qualquer interrupção no trânsito (e na paz) da Praia de Icaraí, seja para
Reveillon, bloco das piranhas, procissões, parada gay, shows, enfim, tudo. Aí
você pergunta “mas onde seria feita a tradicional queima de fogos do dia 31 de
dezembro?”. Elementar, meu caro, no Caminho Niemeyer, espaço subutilizado que,
ao fundo, tem uma bela vista do Rio.
Niterói está entregue a marginália ampla, geral e
irrestrita, a vagabundos que tomam banho nas esquinas usando latas d´água,
enfim, a cidade virou esgoto social. Fazer o que? Sei lá. Fugir daqui começa a
se tornar uma ideia mais do que concreta.
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