A Nova Ordem da Boçalidade Mundial
Como todo mundo, no mundo todo, no dia 11 de setembro de
2001 fui solapado pelas imagens vomitadas pela TV mostrando Boeings explodindo
contra o World Trade Center. Desespero, correria, gritaria, pânico. Meus
colegas jornalistas tentavam saber o que estava acontecendo, o arsenal de
perguntas e imagem ocupou o dia, a tarde, a noite, os dias, as semanas, meses
anos. Percebemos que o “11 de Setembro” tornou o mundo mais imundo, boçal,
imbecil.
No último 11 de setembro, o maior atentado terrorista dos
tempos modernos completa 15 anos. Quem viaja pelo mundo sabe que a partir dessa
data tudo ficou mais bege, frio, chato. O glamour de um voo para Tóquio, o
charme a bordo de um navio pelo Caribe, tudo passou a ser regido pelo que
determinou um personagem chamado Osama Bin Laden que muitos acham que foi
invenção. Oficialmente, todo o plano detalhista e perfeito do “11 de Setembro”
foi parido nas imundas e distantes cavernas das montanhas do Afeganistão, na
época ocupadas pela Al Qaeda e similares. O magnífico livro “Plano de Ataque”,
de Ivan Santanna, explica passo a passo como tido foi organizado.
O “11 de setembro” imbecilizou o mundo de tal maneira que
só agora, 15 anos depois, dou a mão a palmatória e admito, sim, que os EUA foram responsáveis pelo surgimento do "bestial"
estado islâmico (em minúsculas mesmo) e da ditadura do politicamente correto em
todo ocidente. Isso é fato. Uma sociedade que pensa igual, obedece igual, fala
igual, age igual, é muito mais fácil de controlar. E assim nascia um dos braços
do politicamente correto, a bovinização geral.
Quando Gene Wilder morreu (em 29 de agosto) quis homenageá-lo
com um artigo mas pensei melhor. Pensei melhor e não escrevi porque Gene Wilder
estava informalmente banido do cinema pelo politicamente correto, cuja foice
devastadora de ideias jamais permitiria, hoje, filmes como “Banzé no Oeste”, “Jovem
Frankstein “ e muitos outros. Ele praticava o humor quase
ingênuo e livre, como outro que já subiu, Leslie Nielsen, figuraça que estrelou
a anti saga “Corra que a Polícia vem aí”, absolutamente incorreta. Mel Brooks?
Dispensa comentários.
Quis a nova ordem da boçalidade mundial, filha não
bastarda do “11 de Setembro” que o mundo ficasse chato pra cacete. Quis essa
nova ordem que a civilização esbanjasse tecnologia de Comunicação e zerasse o
conteúdo. O mundo anda fraco de conteúdo. Há fartura de gigabytes e pobreza absoluta
de um bom papo.
Se o Saber sempre foi o maior patrimônio da Civilização,
Bin Laden (?) e os cacetes a quatro venceram. O mundo passa por uma grave
anemia de Saber e bebe garrafões de egolatria, não coleguismo, afeto
industrial, que Pete Townshend chamou de “Empty Glass” (Copo Vazio) em
1980.
Até quando?