Covardia


Ontem, domingo, eu postei uma divulgação do meu programa Torpedos de Itaipu, que vai ao ar na Rádio Oceânica FM, www.oceanicafm.radio.br.

Como a Janis Joplin abriu o programa e mais uma vez comovido com o maravilhoso documentário “Janis Joplin: Little Girl Blue”, de Amy J. Berg, que assisti de novo na Netflix, postei uma foto dela no Facebook de topless numa praia do Rio. Foto super manjada, clicada quando ela veio para cá no carnaval de 1970 fugindo do vício da heroína. No Brasil não havia essa droga fatal que acabou matando a cantora em outubro.

Em menos de cinco minutos recebi um comunicado do Facebook dizendo que além da postagem ter sido arrancada do ar por ferir o decoro deles, fui suspenso por três dias. Não posso postar nada até que a penitência chegue ao fim, uma condenação sem defesa, sem perguntas, sem questionamentos, unilateral, covarde, escroque. Se tivessem feito uma advertência teria trocado a foto já que os usuários de uma rede social devem seguir os seus regulamentos. Mas, não. Imediatamente fui degolado.

Esse fato ocorre numa fase em que não suporto mais a covardia, a manipulação de sentimentos, jogos de interesse, afeto utilitário, ostentação, temas que jamais tratei naquela rede social porque não interessa a ninguém. Aliás, tenho piedade dos comuns que acham que a suas vidas interessam ao público, sendo um comum e não um poderoso.

Como não tive a chance de comunicar que estou suspenso do Facebook no Facebook, informo aqui pela Coluna que, felizmente, tem leitores muito bacanas, sensíveis, bem informados.

Baixa taxa de hipocrisia.



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