Isolado há 22 anos, índio tenta sobreviver
Na mata no interior do estado de Rondônia, na Terra
Indígena Tanaru, uma área florestal de uso restrito com 80 km² encravada entre
cinco fazendas de pasto e agricultura mecanizada, o último sobrevivente de uma
tribo indígena resiste ao contato com a civilização há 23 anos.
Após ver a família ser assassinada e os últimos membros da
tribo dizimados por fazendeiros em 1995, o “índio solitário” trava uma batalha para
sobreviver, longe dos fazendeiros e traficantes de madeira que mandam na
região. Felizmente a Funai teve uma luz e, em 2015, demarcou a área de 8.070
hectares por mais dez anos.
Funcionários da Funai relatam que tentaram se aproximar
do índio, mas foram afastados a flechadas. Desistiram e passaram a monitorá-lo
a distância para preservar a sua vida.
Os interesses dos madeireiros, que dizimam a população
indígena e devastam as florestas, são defendidos com déspota paixão por muitos
parlamentares e por gente do governo. Afinal, jamais em tempo algum, os índios
tiveram uma demarcação territorial decente, assunto que surge de quatro em
quatro anos em período eleitoral.
Muitos oportunistas prometem essa demarcação, mas quando passa
a eleição engavetam o assunto. Acham que tem mais o que fazer. Enquanto isso,
índios acabam engolidos pela civilização e se tornam miseráveis nas periferias
de várias cidades.
Até quando?