Coisa mais linda



                   Quando olho o meu R.G. e vejo lá “nascido no Rio de Janeiro” logo me vem o dia que o amigo e então vereador Sergio Marcolini me entregou o título de cidadão niteroiense. Foi em 1983 na Câmara Municipal. Minha família, amigos, colegas, todo mundo lá no fuzuê.

Marcolini não tem ideia do bem que me fez ao formalizar um sentimento muito profundo. Nasci no Rio, mas escolhi Niterói para viver. Uma opção.

Mas é claro que a condição de carioca também me emociona, ainda mais nascido no meio dos anos 1950, a década mais feliz do Brasil, como mostra Joaquim Ferreira dos Santos no livraço Feliz 1958 — o ano que não devia terminar”, lançado há anos mas que não paro de reler.

Para completar, a Netflix nos presenteia com a segunda temporada série brasileira “Coisa mais Linda” que é um sobrevoo maravilhoso naquele Rio bossa nova da virada dos 50 para os 60. Importante assistir a primeira.

A série foi criada por Giuliano Cedroni e Heather Roth, com colaboração de texto de Léo Moreira, Luna Grimberg e Patricia Corso, produção de Beto Gauss e Francesco Civita, direção de Caíto Ortiz, Hugo Prata e Julia Rezende. No elenco, que maravilha: Maria Casadevall, Fernanda Vasconcellos, Mel Lisboa, Ícaro Silva, Pathy Dejesus, Leandro Lima e Gustavo Machado e muito mais.

Claro que há momentos dramáticos e muito sofridos, mas a base é a beleza do Rio do céu, do sal, uma benigna e utópica unidade entre o morro e o asfalto. E pensar que a cidade que já foi a mais linda do pais, acabou nas mãos da molambada que assumiu o poder.

Liberdade da mulher, defesa dos direitos dos negros também estão na essência deste trabalho que, especialmente nesse tempo de pandemia, faz muito bem a saúde.

Coisa mais linda.
                           

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