A Meritocracia Negra - artigo de Antonio Ernesto Martins

Existe um contrato social, nos bons termos de Rousseau, vigente em nossa civilização contemporânea que dá ao estado a prerrogativa do monopólio do uso da força para garantia dos direitos dos cidadãos e preservação do cumprimento de seus deveres. Podemos até alegar que não somos signatários de nenhum contrato, mas esperamos que esse privilégio estatal seja utilizado em nossa defesa sempre que nós, nossa família ou nossas propriedades forem ameaçadas. Dessa forma, depositamos no braço armado do estado com seu poder de polícia a confiança de que essa força seja exercida na defesa do respeito aos direitos individuais e na preservação da ordem. Mas o que fazer quando esse contrato é quebrado como no caso da prisão do ator, vendedor e psicólogo Vinícus Romão? Como não se indignar diante de uma injustiça praticada justamente por aquele ator estatal que deveria defender-nos dessas barbaridades? Vinícius após uma temporada de 16 dias na cadeia, preso injustamente através de um procedimen...