Reclamar não vai livrar o Brasil do aquecimento global
Na boa, estou cheio de ouvir (e ler) gente reclamando
do Brasil nesse calorão, em especial dos pequenos burgueses que dizem preferir
morar na Europa, Ásia e América do Norte do que “nessa pocilga”, como escreveu
um sujeito no Facebook. Fui lá e comentei: “pegue um avião e suma, meu chapa.
Reclamar não resolve e esse papo de pequeno-burguês (suburbano mal resolvido)
não leva a nada”. O cara não rebateu.
É evidente que esse calor não é normal e, com certeza
absoluta, a lambança dos desgovernos (federal, estaduais, municipais) é a
principal vilã desse aquecimento estúpido. Afinal, pelo menos nos últimos dez
anos, esses desgovernos desmataram (ou deixaram desmatar) como nunca, não
investiram nada em política ambiental, enfim, se a coisa chegou a esse ponto é
porque os desgovernos assim quiseram. Desgovernos eleitos pela maioria, diga-se
de passagem.
Não foi por falta de aviso. Ambientalistas sérios já
vem alertando há mais de 30 anos que a canoa ia virar, que as reservas
ambientais do Brasil estavam no limite e que se providências sérias não fossem
tomadas, em caráter de urgência, o país ia cair nos braços do implacável
aquecimento global. Não deu outra.
Um dia desses o ministro (?) das minas e energia chegou
para toda a imprensa e disse que o risco de uma crise no abastecimento de
energia elétrica “é zero”. No dia seguinte quase metade do país sofreu um
apagão, causado pela crise no abastecimento e pela incompetência dele, ministro.
Alguns técnicos chegaram a sugerir, meses atrás, que o
governo fizesse um racionamento de energia para nos livrar do colapso, mas,
como se sabe, esse ano tem eleições e a presidente - que acha que tudo pode,
tudo vê, e nada a supera - não teve a humildade de ouvir os técnicos. Optou
pela sua prepotência, arrogância e atroz incompetência. Conclusão: a conta
chegou.
Quem paga? Nós. Colegas dizem que o humor daquela senhora está mais
baixo do que os reservatórios de água, mas a essas alturas sair distribuindo
coices não resolve nada. É hora de ouvir os técnicos.
Ainda assim, fico no Brasil, país onde nasci e escolhi
para viver. Mesmo diante dessa atrocidade (esse governo que está aí é um crime
sob todos os aspectos) vou brigar pelo país aqui dentro e não aturo mais esse
geme-geme da pequena burguesia que ameaça ir embora como se todos nós fôssemos
para os aeroportos gritar “fiquem” “fiquem!” fiquem!”. Ora, se querem ir,
arranjem uma boa grana e tchau, agora torrar nossa paciência dizendo que o
Brasil é cloaca, inferno e outras definições quase impublicáveis é o caso de
responder perguntando: “você vota nas hienas e agora quer cair fora?”. Sim,
porque papo pequeno burguês é coisa do comissariado da presidente, a rainha dos
coices que está indignadinha (viram no Jornal Nacional ontem?) porque não consegue mandar na chuva.
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