Os que reclamam da chuva, do calor, do frio, do vento, da vida...mimimimimimimimimimimimimi
Tenho
entrado cada vez menos no Facebook por uma razão: overdose de baixo
astral. Gente reclamando de chuva, raios, vento, depois reclamam do
calor, do frio, enfim, em suma (ou em semem) reclamam da vida. Aí,
meus amigos, estou fora.
Um
dia desses sugeri uma emenda constitucional fictícia em que a cada
dois anos um presidente da república (assim mesmo em letras
minúsculas) deveria passar por um plebiscito. Fica ou cai fora?
Seria a pergunta. Se a maioria não estivesse suportando mais (como é
o caso agora, segundo todas as pesquisas), assumiria o vice ou um
colegiado de notáveis.
Os
dilmistas, lulistas, petistas, muitos regiamente pagos para
defenderem a cloaca, unidos a uma penca de mamíferos que
dormem nas tetas do dinheiro público me chamaram de golpista, disso,
daquilo, enfim, a minha bem humorada sugestão provocou uma revolta
no chiqueiro. Foi considerada uma afronta a democracia, apesar do
plebiscito ser uma ferramenta amplamente democrática.
Reclamam
de tudo no Facebook. Da chuvarada maravilhosa que arranca um pouco de
esperança para que a suruba ambiental promovida pelas desautoridades
públicas seja atenuada. Reclamam do calor, que assola essa terra há
milhões de anos na primavera e no verão. Reclamam do frio, iguaria
rara, cada vez mais rara, que chutado pelos canos de descargada
locupletados com as autoridades pública vomitam toneladas de fumaça
no ar, mais desmatamento generalizado turbinado pela especulação
imobiliária, favelização em massa e afins. No final reclamam da
vida, se colocam na condição de coitadinhos, “ai, por que ninguém
me reconhece”, “oh, eu sou tão bonzinho, por que me tratam
assim”. Fora, meu chapa!
Viver
é uma guerra, no bom sentido. Todos os dias acordamos, tomamos um
banho, escovamos os dentes, fazemos a barba, tomamos o café e no
alto do armário pegamos o nosso imaginário fuzil AK-47 para partir
pro pau, sobreviver ao mercado de trabalho, as desavenças, ao fiasco
da segurança pública, a deturpada seleção natural. No final do
dia, chegamos em casa, o que já pé motivo de comemoração.
Por
isso não aturo mimimi. No Facebook menos ainda porque é fácil
chegar lá, dar uma cusparada e ir embora. Duro é confrontar a
realidade de que a decantada infelicidade pública é culpa nossa que
não fazemos porríssima nenhuma. Fazer o que? Franceses, alemães,
americanos do norte, vietnamitas sabem. No fundo, sabemos também.
Mas
o arrego é maior.
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