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Mostrando postagens de setembro, 2013

Paulistanos reclamam do canto do sabiá. Pois viva o sabiá!

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                                                                                    A Folha de S. Paulo publicou uma reportagem de Roberto de Oliveira, no último dia 16 que, até hoje, está no centro de uma forte polêmica. Intitulada “Cantoria de sabiá-laranjeira na madrugada divide ouvidos paulistanos”, a matéria registra várias reclamações de paulistanos contra o canto do pássaro nessa época do ano. Diz a matéria: “Por volta das três da matina começa a sinfonia. O cantante é o sabiá-laranjeira, ave-símbolo do Brasil e do Estado de São Paulo, que vive no campo e na cidade. Por causa do insistente gorjeio, "posts" vêm pipocando nas redes sociais, reivindicando o silêncio dos passarinhos em prol do sono. O diretor de arte Gilberto Leite, 38, postou: "Ele canta trê...

O “confusionismo” gerado pelos e-mails

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                                                                                    Desenho de Paul McCartney rascunhando a capa do LP "Abbey Road". Texto restaurado e remixado Um amigo tem horror as chamadas novas tecnologias. Ele é um sujeito de opiniões fortes e sempre muito bem humoradas. Como exemplo desse seu horror ao que chama “dessas maquininhas” está um fato curioso. Ano passado ele participava de uma reunião, mesa grande, várias pessoas e percebeu que duas delas não paravam de mexer em seus celulares. A reunião acabou e ele, curioso, perguntou o que as duas estavam fazendo. “Estavam trocando mensagens pelos celulares”, conta ele entre fulo da vida e achando graça. “Por que não esperaram a reunião acabar e foram bater um papo?”, pergunta. Tenho uma relação...

Mulheres na Literatura, segundo a artista plástica SONIA XAVIER

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                                                                                    Fui a inauguração de uma exposição de rara beleza. “Mulheres na Literatura”, de Sonia Xavier, na galeria da Aliança Francesa em Icaraí, Niterói, rua Lopes Trovão 52, segundo andar. De segunda a sexta das 8 e meia as 20 horas, sábados das 8 e meia ao meio dia, até o dia 12 de outubro. Sonia superou todas as minhas expectativas ao transportar para telas magníficas a essência, a urgência, a beleza radical de todas as mulheres por ela “traduzidas”. Uma exposição de rara beleza que os leitores não devem deixar de visitar. Em nome das artes plásticas, da literatura, da essência existencial feminina. O renomado e muito querido escritor e psicanalista Herculano Farias definiu a exposição...

Entrevista com Paul McCartney sobre Sgt Pepper´s, fim dos Beatles, etc, etc, etc

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                                                                                    Remixado e reeditado A conversa de Macca com Anthony Decurtis, da Rolling Stone americana, ano passado. Como foi o "verão do Amor" (1967) para você? Legal pra caramba. Tínhamos acabado de decidir que suspenderíamos as turnês porque já não estava mais valendo muito a pena. Parecia que não estávamos progredindo, o público continuava berrando, mas a gente se encheu daquilo. Tínhamos a idéia de fazer um disco que sairia em turnê por nós. Isso veio de uma história que tínhamos lido a respeito do Cadillac de ouro do Elvis fazendo turnê. Achamos que era uma idéia maravilhosa: ele não sai em turnê, só manda o Cadillac. Fantástico! Então, pensamos: "Vamos despachar um disco". Passamos m...

“Na Estrada” (On The Road), de Walter Salles

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                                                         Assistindo o comentário que fiz no programa Café Paris sobre o filme “Na Estrada” (veja em www.programacafeparis.com.br ), fui lá atrás e repesquei esse artigo sobre o filme que escrevi aqui para o blog. Perdi as contas de quantas vezes li On The Road. Um livro diferente a cada leitura. Também perdi a conta de quantos exemplares perdi, a ponto de ficar sem nenhum durante longos e ansiosos meses. Acabei providenciando uma boa edição, muito bem traduzida pelo também jornalista e historiador Eduardo Bueno. Só que não li. Minha dúvida é se releio antes ou depois de assistir ao filme. É um livro dificílimo porque trata da liberdade anárquica e informal, do desprendimento desvairado, transviado, multiconceitual dos beats nas estradas norte-americanas, numa linguagem deli...

Arembepe conhece mais Gilberto Gil do que Caetano Veloso. Arembepe conhece mais Caetano Veloso do que Gilberto Gil.

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Texto escrito no local em 1999. Quando pisei o imenso areal de Arembepe, sol de verão, senti que a constante brisa vinda do mar contava histórias. Arembepe, litoral norte da Bahia, tem necessidade compulsiva de falar pois foi naquele éden de coqueiros, piscinas naturais, dunas, nuvens variadas passando em alta velocidade, como nos filmes de  Glauber Rocha e Oliver Stone, que a Tropicália se afirmou no final dos anos 60. Arembepe foi o grande desbunde, o desnude, o nosso Woodstock político, nossa Cuba musical.                 Beijo a areia quente de Arembepe, pedindo licença a Iemanjá que zela por todo o mar da Bahia. Faço reverências ao Senhor do Bonfim, cuja igreja em Salvador havia visitado no dia anterior. Lá dentro, ajoelhado por mais de 40 minutos, fiz dois únicos pedidos que foram atendidos. E enquanto meditava, no silêncio quente daquela igreja, vi a imagem de Arembepe desfilar em mi...

O Cravo não brigou com a Rosa- Texto de Luiz Antônio Simas*

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Tempos atrás, recebi de um amigo e-mail com este texto que achei sensacional. Não resisti e decidi publicá-lo aqui. Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto Soube que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais “O Cravo brigou com a Rosa”. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o Cravo - o homem - e a Rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o Cravo encontrou a Rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada". Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.   Será que esses doidos sabem que “O cravo brigou com a Rosa” faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro? É Villa Lobos, cacete! Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: “Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebra...

Como seria a sua vida sem a internet?

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Especialistas afirmam que os embriões da internet surgiram no início dos anos 1960, auge da guerra fria. No entanto, o novo e acachapante meio de comunicação só chegou ao público em 1992. A partir de 1997, iniciou-se uma nova fase na internet brasileira. O aumento de acessos a rede e a necessidade de uma infra-estrutura mais veloz e segura levou a investimentos em novas tecnologias. Devido a falta de uma infra-estrutura de fibra ótica que cobrisse todo o território nacional, primeiramente optou-se pela criação de redes locais de alta velocidade, aproveitando a estrutura de algumas regiões metropolitanas. Como parte desses investimentos, em 2000 foi implantado o backbone RNP2 com o objetivo de interligar todo o país em uma rede de alta tecnologia. Atualmente, o RNP2 conecta os estados brasileiros e interliga mais de 300 instituições de ensino superior e de pesquisa no país. Conheci a internet na casa de meu irmão em 1995, por aí. Fiquei bestificado quando enviei o pri...

Roberto Menescal, meu guru

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Roberto Menescal                  O super Darcy Burger com Dominguinhos Conheci Roberto Menescal* em 1982. Ele esteve na Rádio Fluminense FM onde, na maior cara de pau, pedi um autógrafo. Simpático, gente muito boa, na dele, mas profundo conhecedor de música e mídia, em meia hora de conversa ele sintetizou muito bem o que estávamos fazendo na “Maldita”. A partir daquele encontro, Menescal se tornou um guru. Diante de qualquer decisão mais grave, sempre liguei para ele que, disponível para os amigos, opina com simpatia e muita precisão. Até hoje é assim. Quando estou numa encruzilhada profissional, procuro a opinião dele. Estivemos juntos ano passado. Eu estava na direção do Teatro Municipal de Niterói e o convidei para um show lá. Lógico que o Teatro lotou e que Menescal, com seu jeito calmo e seu violão único, arrebentou. Um dia desses encontrei um amigo comum, Darcy Burger, um mega-profissional de mídia com quem tr...

Dar referências ficou perigoso. Melhor sugerir www.reclameaqui.com.br

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Vivemos um momento de crise ampla, geral e irrestrita nos serviços, praticamente todos eles, no Brasil. Isso atinge tanto as pessoas jurídicas como as físicas. Na semana passada uma senhora, vizinha em meu prédio, perguntou qual é a minha TV por assinatura. Respondi. Ele emendou com uma segunda pergunta do tipo “você acha boa, recomentaria?”. Respondi, francamente, que não recomendo serviços a ninguém porque não quero queimar meu filme por causa dessas empresas. Ele compreendeu, mas eu insisti para que não pensasse, em momento algum, que eu estava sendo egoísta. Mais: sugeri (como sugiro aos leitores) que ela acessasse o site www.reclameaqui.com.br que concentra boa parte das reclamações sobre empresas de todos os gêneros. Quem me deu essa dica foi meu irmão, advogado (ele atua muito bem em Direito do Consumidor), conselheiro da OAB-Niteroi, Fernando de Farias Mello, site www.fariasmelloberanger.com.br . No ano passado, um outro vizinho perguntou qual é a minha internet a...

As reais intenções dos mascarados nas manifestações de rua

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A História diz que existem poucos mascarados bem intencionados. A maioria é bandido, tarado, pedófilo, carrasco. Por exemplo, quando você ouve alguém dizer que “Fulano está muito mascarado”, significa que o suposto sucesso (ou fracasso) subiu-lhe a cabeça. Mais: “caiu a máscara”, quer dizer que o verdadeiro (mau) caráter de uma pessoa se revelou. Nos anos 70, eu com meus 20 anos mais ou menos, acompanhado de minha namorada dirigia um Opala com uma máscara de Clóvis em pleno carnaval no Centro de Niterói. Nos tempos em que Niterói tinha carnaval de rua e Centro da Cidade, hoje uma cloaca abandonada. Bom, a polícia civil me parou. Pediu documentos, deu geral no carro, quase me deixaram nu e, no final, fui informado que dirigir mascarado fere mortalmente o Código Penal.Tive que me explicar na delegacia. No caso dos manifestantes atuais que cobrem o rosto, na boa, arrancando a máscara da hipocrisia, é lógico que não estão bem intencionados. Senão, qual o problema de bota...