Os 70 anos de Roger Waters, o cronicamente inquieto co-fundador do Pink Floyd
Em abril de 2008 fui entrevistar Roger Waters no Teatro
Amazonas, em Manaus. Uma entrevista super negociada. Tive que mandar meu
currículo para que os ingleses que assessoram o pai do Pink Floyd tivessem certeza
de que a entrevista estaria resumida, apenas, a ópera (magistral) “Ça Ira!”,
clássica, erudita, que Waters compôs sobre a revolução francesa, e que ainda
corre o mundo.
Meu currículo foi aprovado. A entrevista com Mark
Knopfler, anos antes, pesou muito na decisão, já que, me disseram, o criador do
Dire Straits elogiou quando leram para ele. Meu encontro com Waters foi formal.
Ele estava de camiseta preta, calça jeans preta, tênis branco, meio que traje
oficial.
Segui o que prometi: só falei de “Ça Ira!”. Depois que
fez psicanálise, Roger Waters domou seus dragões interiores e tornou-se um
gentlement, de fala mansa, e absolutamente apaixonado pelo seu trabalho.
E sua paixão atual, tenha certeza disso, é “Ça Ira!”,
ópera que foi aclamada no mundo todo, inclusive em São Paulo, meses atrás, onde
o pai da criança, Waters, apareceu de surpresa e ficou assistindo lá de cima,
discretamente.
Hoje, 6 de setembro, esse gênio da cultura mundial completa 70 anos de
idade no auge do vigor físico, psicológico, existencial, criativo. E mesmo que
ele insista em desmentir, todo mundo sabe que no ano que vem, 2014, ele vai
lançar o seu primeiro álbum-solo após anos e mais anos de afastamento. Com
certeza, vai ser mais um discaço, provavelmente hermético, revolucionário,
inquisidor, como tudo o que este grande músico, que ao lado de Syd Barrett
fundou o Pink Fliy em 1966, faz e vai continuar fazendo.
Parabéns George
Roger Waters. O mundo sensível e inteligente agradece por você ter
nascido.
Assista:
Pink Floyd - Live
at Pompeii - Directors Cut
Live at Pompeii foi originalmente lançado em setembro
de 1972, uma versão editada em 1974, com gravações em estúdio de Dark Side of
the Moon.
Relançado em 2003 como nova versão do diretor Adrian
Maben, com cenas adicionais e cenas espaciais da Nasa.
Montagem do Diretor
de 2003:
1. "Echoes,
Part 1" / "On the Run" (Footage Studio) (sem créditos) (a partir
de Meddle / The Dark Side of the Moon, 1971/1973)
2. "Careful With That Axe, Eugene" (B-side de
"Aponte-me ao Céu" single de 1968)
3. "A
Saucerful of Secrets" (de A Saucerful of Secrets, 1968)
4. "Us and
Them" (Footage Studio) (de The Dark Side of the Moon, 1973)
5. "Um dia desses eu vou cortar você em
pedaços" (de Meddle, de 1971,
também conhecida como "One of These
Days")
6. "Mademoiselle Nobs" (de Meddle, de 1971,
anteriormente conhecido como "Seamus")
7. "Brain
Damage" (Footage Studio) (de The Dark Side of the Moon, 1973)
8. "Definir os controles para o coração do
Sol" (de A Saucerful of Secrets, 1968) 9. "Echoes, Part 2" (a
partir de Meddle, 1971)
Direção: Adrian Maben
Produzido por: Steve O'Rourke
Michele Arnaud
Reiner Moritz
Estrelando: Pink Floyd
Música: Pink Floyd
Fotografia:
Willy Kurant
Gabor Pogany
Edição: José Pinheiro
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