Roberto Menescal, meu guru
Roberto Menescal
Conheci Roberto Menescal* em 1982. Ele esteve na Rádio
Fluminense FM onde, na maior cara de pau, pedi um autógrafo. Simpático, gente
muito boa, na dele, mas profundo conhecedor de música e mídia, em meia hora de
conversa ele sintetizou muito bem o que estávamos fazendo na “Maldita”.
A partir daquele encontro, Menescal se tornou um guru.
Diante de qualquer decisão mais grave, sempre liguei para ele que, disponível
para os amigos, opina com simpatia e muita precisão. Até hoje é assim. Quando
estou numa encruzilhada profissional, procuro a opinião dele.
Estivemos juntos ano passado. Eu estava na direção do
Teatro Municipal de Niterói e o convidei para um show lá. Lógico que o Teatro
lotou e que Menescal, com seu jeito calmo e seu violão único, arrebentou.
Um dia desses encontrei um amigo comum, Darcy Burger,
um mega-profissional de mídia com quem trabalhei na Rede Manchete nos anos 80.
Para a minha surpresa, ao longo de nossa conversa, ele disse que Menescal é seu
guru. Legal! Mais um profissional ético, ser humano de caráter que tem num dos
pais da bossa nova uma referência.
Feliz quem tem um Roberto Menescal ao lado, ombro super
amigo, que não na mão sob hipótese alguma. Que bom!
* Em 1985, comecei a produzir o primeiro LP de Celso
Blues Boy, que batizei de sim na guitarra. Menescal era o diretor nacional da
gravadora Polygram e não discutiu quando falei de gravar o Celso. Acreditou no
músico e em mim. Mais: tornou-se meu padrinho de estúdio. Foi ele quem me
apresentou a um estúdio de 32 canais (acho) que comandei ao longo de três
meses. Quando finalizei o trabalho, tirei uma cópia e fui mostrar ao Menescal.
Frio na barriga, suor frio. Ao final, ele abriu um sorriso e disse “discaço”.
Quase chorei de emoção.
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