Logorreia
Oliver O. Oliver, Paris 1932
Esquecem que a verdade está longe, muito longe de ser
absoluta. Atribuição divina, o absolutismo é incorporado pela patética e
patológica onipotência dos lunáticos sociais e sua logorreia torpe, vulgo brain
damage.
Perdeu, baby.
Lunáticos sociais não acreditam que aqui se faz, aqui se
paga. Acham que é verborragia de adesivos de nona categoria. Mas o pior, o
fatal, é o desprezo à máxima que sentencia: aqui não se faz, mas aqui se paga,
sim.
Perdeu, baby.
Esquecem que o limite do egocentrismo é uma muralha de
chumbo, conhecida na vala incomum como perda total. Essa malta, a dos lunáticos
sociais, vulgo brain damage, cruza a existência jogando gente no esgoto,
arrotando as tais verdades absolutas inexistentes, como se o E.T. de Varginha
fosse a incorporação do Juízo Final.
Perdeu, baby.
Ignoram que o Juízo Final é quem anota, aponta, processa cada
coração, cada grito, cada lágrima desprezada pelos lunáticos sociais, vulgo
brain damage, à bordo de sua mixaria existencial que chuta a compaixão, cospe
na condolência, ri da piedade.
É quando o Juízo Final age. A seu modo. E derrama de seu seio
iniludível as chamas do justiçamento, grava a ferro e fogo que aqui não se faz,
mas aqui se paga sim.
A verdade segue relativa, a vida segue relativa, o vento
sopra relativo, mas o Juízo Final, impávido colosso, anota, anota, anota anota,
anota, anota.....
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