Quando a pandemia passar
O querido amigo Hilário Alencar postou no Facebook essas duas
fotos comoventes do nosso grande amigo Alex Mariano, feitas pelo Edmundo
Castro. Alex adorava o Edmundo e vice e versa. E também o Caíque Fellows, Nando
Verani, o Hilário e outros.
Edmundo, essas fotos estão sublimes. Você clicou a essência
do nosso Alex, que você e muita gente chamavam de Mariano, parece magia de índio
americano que achava que a fotografia lhe roubava a alma. No Vietnã e no Camboja,
os camponeses também pensam assim, “por isso o Dennis Hopper faz o fotógrafo
sequelado, doidão em Apocalypse Now do Copolla”, me contou o Alex.
Há meses, talvez mais de um ano, ou quem sabe desde 2012, não
paro de sonhar com ele e como só tenho pesadelos (infelizmente) os enredos são
barra pesada. Acordo, fico calado, as vezes com um nó na garanta e não tenho
com quem desabafar. Desabafar sobre o Alex só com alguém que o ame e o conheça,
senão não dá.
Se ele estivesse na área certamente iria querer que a gente
se encontrasse. Vamos nessa? Nós, e quem mais estiver a fim, quando a pandemia
passar. Vocês sabem que o Alex teria uma definição precisa, uma opinião genial
sobre isso que estamos vivendo. Por que genial? Porque ele era um gênio. Ponto.
Ele adorava o velho Armazém, em São Francisco, (fechou) onde
de 15 em 15 dias nos encontrávamos as seis da tarde em uma mesa no calçadão de
São Francisco. Ele também gostava (menos, é verdade), do Tio Cotó em São
Domingos.
A ideia é a gente se encontrar no Tio Cotó ou em outro lugar
que seja mais confortável para falarmos dele, de nós, da vida. Como nos
encontros que tínhamos com ele, agendados (ele fazia questão para não haver
furo). Alex tomava dois chopes, fumava uma porrada de cigarros e ia para casa.
Falávamos tanto que a hora virava décimo de segundo.
Seu assunto predileto eram os três filhos, as máquinas que vendia
na sua loja Fênix, que ia de vento a vapor e, claro, “a mulher de minha vida, a
Ana”, dizia orgulhoso. Metia o pau nos governos, no ICMS, contava histórias
engraçadas, turbinadas por seu humor ácido e demolidor.
Enfim, meus amigos, vamos combinar?
Comentários
Postar um comentário
Opinião não é palavrão. A sua é fundamental para este blog.
A Comunicação é uma via de mão dupla.