Anote: na próxima quarta-feira, dia 31, momento mágico no rádio. E ainda, o vácuo entre Bob Dylan e nós
No link, Eduardo Bueno conta um pouco de sua madrugada com Bob Dylan nas ruas de São Paulo: clique e assista:
https://www.youtube.com/watch?v=lvYQ8MHP8Hc
A mitológica caixa
Por falar em Bob Dylan e o segundo volume de suas “Crônicas”? Iam ser três livros, saiu um, muito bem traduzido pelo historiador Eduardo Bueno, que, como já disse, vai estar no programa RoNca RoNca, dia 31 (fechando 2014), quarta-feira, a partir de meio dia, em www.roncaronca.com.br. Sobre o livro, e o segundo e o terceiro volume? Nada. Nem lá fora.
https://www.youtube.com/watch?v=lvYQ8MHP8Hc
Mauricio Valladares
Eduardo Bueno
Joan Baez & Bob Dylan
Na próxima terça-feira, dia 31, a partir do meio dia, o
magistral programa RoNca RoNca, de Maurício Valladares, vai apresentar uma
edição mais do que especial. Mostrará a recém-lançada e mitológica caixa com
seis CDs chamada "The Basement Tapes / Bob Dylan & The Band".
Gravações piratas, tornadas oficiais de Bob Dylan acompanhado pelo The Band.
O programa estará no ar para todo o planeta em www.roncaronca.com.br.
Para falar sobre o assunto, Maurício convidou o historiador
Eduardo Bueno, o Peninha, autor de vários e consagrados livros de história, que
contribuição (e escreveu o posfácio) na tradução da autobiografia de Dylan “Crônicas Volume I”, que saiu no Brasil em
2005.
Bueno é fã ardoroso de Bob Dylan, assistiu a mais de 70
show do bardo no Brasil e em todo o planeta, foi a casa dele nos Estados Unidos,
tornou-se amigo, e numa das vezes que o músico esteve no Brasil (em 1991) resolveu
vagar pelas ruas de São Paulo e Porto Alegre de madrugada observando mendigos e
a fauna como um todo. Eduardo Bueno foi com ele e vai contar em detalhes tudo o
que aconteceu e, óbvio, a vida de Bob Dylan no Ronca Ronca. Amanhã vou publicar aqui na Coluna uma entrevista com
Maurício Valladares sobre esse mega/giga programa mais do que especial.
Por falar em Bob Dylan, tempos atrás recebi um texto com
uma entrevista de Joan Baez (fará 74 anos dia 9 de janeiro) a um site de
celebridades dos Estados Unidos, onde ela toca num assunto que todo mundo
achava que já estava mais do que resolvido: o seu rolo com Bob Dylan (74 anos
em maio). Os dois se apaixonaram e ficaram juntos entre 1963 e 1965.
Baez parece não ter varrido plenamente Bob Dylan de suas
memórias. Gozado é que quando ela esteve no Brasil, em maio de 1981, e a
ditadura a proibiu de cantar sob a alegação de que era subversiva, depois da
entrevista coletiva no Rio ficamos conversando noite a dentro. Ela descasca bem
um espanhol e lá pelas tantas falei de Bob Dylan. Ela ficou muda. E depois
disse que não gostaria de tratar de assuntos mais desagradáveis do que as
censuras brasileira, argentina e chilena; ela foi proibida de cantar também no
Chile e Argentina.
No texto que recebi, ela diz que Bob Dylan foi
dissimulado e levemente mau-caráter com ela. “Logo que nos conhecemos ele
falava até em casamento, mas na semana seguinte ficava tocando violão, fumando
haxixe e maconha, olhando para o teto como se eu não estivesse ali”.
O curioso é que numa das vezes em que esteve no Brasil
(quando se apresentou no antigo Imperator, no Méier, anos 90 eu acho), o
cronicamente mal humorado Dylan, que não queria dar entrevista, saiu do carro
andando em frente ao hotel e alguém perguntou “about miss Joan Baez, what...”. .
Ele parou, e fritou o quase entrevistador com o olhar. Seguiu em frente.
Um amigo meu, que não vejo desde os anos 1980, grande
conhecedor de música folk dizia que o caso de Dylan e Baez foi o velho “amor de
pica, onde bate fica”. Eu sempre discordei dele porque a Joan, antes de namorar
Dylan, era fã do cantor e a questão aparentemente não passava por ingredientes
fálicos e sim pela sua radical militância política e pela recusa de Dylan em
querer se enfiar nas causas dela.
Fato é que ela não superou até hoje, apesar de inúmeras
vezes ter sido vista sorrindo ao lado do músico em diversas ocasiões depois do
barraco entre os dois. A reação dela na minha frente quando falei de Bob Dylan
foi outra demonstração de que o cara deve ter feito uma lambança das grandes. Meu
amigo me dizia, ainda, que Dylan fez de Joan tangerina, chupou e depois jogou o
bagaço fora. Será? Não sei, mas que existe um tufão entre ela e ele, isso há.
Por falar em Bob Dylan e o segundo volume de suas “Crônicas”? Iam ser três livros, saiu um, muito bem traduzido pelo historiador Eduardo Bueno, que, como já disse, vai estar no programa RoNca RoNca, dia 31 (fechando 2014), quarta-feira, a partir de meio dia, em www.roncaronca.com.br. Sobre o livro, e o segundo e o terceiro volume? Nada. Nem lá fora.
O que terá
acontecido? Bueno vai falar sobre. O negócio é esperar e ouvir.
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